sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Diário de Zoey - part.10




I'm Zoey




Continuação de O Diário de Zoey



Aquela reza toda adiantou no início mas depois... Eu acordei subitamente como se a minha vida estivesse por um fio (e realmente estava) você deve estar se perguntando essa garota é louca? Também, mas que fique claro uma coisa... Quando eu acordei a Meg estava conversando com o predador verme gigante e parece que ele estava muito contrariado com a presença dela, será que ele gostaria de estar a sós comigo? Senti um calafrio na espinha. O diálogo continuava sem que eles dessem conta de que eu estava acordada.
- Verner meu amor; você tem que entender que eu não podia deixar Andrômeda morrer - disse ela se jogando nos braços dele, eu percebi isso pelo grunhido dele de reprovação e por tê-la empurrado mas isso não a parou de se jogar nos braços dele - Eles iriam me tirar do caso, você gostaria que o Monk entrasse no caso? Tenho certeza que não. - enquanto ela dizia isso provocava ele fazendo beicinho e passando a mão no corpo como a enfermeira fogosa que era (pronto ganhei outro predador: A enfermeira fogosa) mas como foi que eu descrevi tão bem aquela cena? Você deve estar se perguntando, simples, eu não aguentei a tensão e abri os olhos não perdendo assim o espetáculo que começou. Ele a JOGOU NA PAREDE você não tem noção de como aquilo me feriu, senti o meu coração desfalecer como se tivesse sido dilacerado (pela segunda vez) a lágrima desceu pela minha face e nesse momento ela havia tomado o lugar que inicialmente era dele, jogando-o na parede esfregando-se nele, provocando-o, mas ele parecia uma estátua de mármore, ele não reagiu as carícias petulantes dela, aquele verme ficou me observando observar. Parecia que me ver triste ainda mais sendo por ele o machucava também, de alguma forma. Eu não podia deixa-la possuí-lo... Ele é meu. Então fingindo que havia acabado de acordar eu chamei pelo nome dela.
- Meg... - Disse com a voz rouca e fraca - Eu preciso de você... - Ela saiu em disparada ao meu encontro
- Está tudo bem meu amor?
- O que ele está fazendo aqui? - Quando eu disse ela nem vacilou ou ficou desconcertada, agiu com uma naturalidade descomunal, como se fosse uma verdade absoluta, se eu não houvesse visto todo aquele espetáculo acreditaria nela sem pestanejar
- Ele veio te ver, queria saber se estava melhor.
- Eu poderia falar com ele a sós? Por favor. - Pela primeira vez vi surpresa no olhar dela, ela bem que tentou mas não conseguiu disfarçar a curiosidade. Concerteza estava se mordendo por dentro, mas foi coerente e se retirou fechando a porta, trocando olhares de mim até o predador.
- Eu peço desculpas pelo que viu, quanto mais eu tento concertar as coisas mais...
- Posso fazer uma pergunta pessoal? - disse interrompendo-o
- Pode, claro. - Ele disse desconcertado - O que você quiser.
- Existe alguma garota do campus que você não tenha... Você sabe! - Ele sorriu de forma descarada e com malícia, Epa! Ele está me interpretando errôneamente.
- Você. - ele esperava que eu ruborizasse ou algo assim, mas eu mantive o equilíbrio emocional, porque havia ficado fria depois do que vi, aquilo me gelou por dentro e por fora.
- Que piegas. - ele percebeu que aquela tática não ía colar, eu odeio cantada barata. Ele sorriu; dessa vez cauteloso.
- Zoey; o que exatamente você quer de mim? Queria deixa-la com ciúmes? Provavelmente conseguiu, quer me deixar mal pelo que estou fazendo? Concerteza conseguiu. Eu não te entendo, há segundos você chorou porque me viu com outra e agora fica me dando gelo, simplesmente não te entendo.
- Eu não quero estar com alguém que além de meu professor se deita com todas as garotas do campus. - Ele pareceu refletir por um tempo sobre aquilo e concluiu
- Você quer um compromisso é isso?
- Ah! Fala sério eu não...
- Me deixe terminar de falar, - Enquanto ele falava caminhava de um lado para o outro - Você quer que eu seja só seu não é isso?
- Eu não quero nada, só disse...
- Tudo bem, eu aceito.
- Eu não te pedi para aceitar nada.
- Se essa é a condição por mim tudo bem, não vou estar com mais ninguém além de você. - Depois de dizer isso ele se aproximou de mim e com carinho me beijou, foi de forma tão harmoniosa que senti a minha cabeça girar, ele havia quebrado todas as minhas resistências eu não tinha força para negar aquele beijo! E quando ele me olhou foi de maneira terna, fez o meu coração palpitar de amor. Mas e quando ele enjoasse de mim? Ele iria fazer comigo o que fez com Andrômeda? Ía me matar? Aquela palavra gelou o meu estômago e o medo tomou conta de mim. Ele pareceu perceber a minha angústia, era impressionante presenciar a sintonia que havia entre nós.
- Zo? O que foi? Você está me deixando preocupado.
- Quando você terminar de me usar vai me matar como fez com Andrômeda? - disse rudemente, confrontando-o. A sua expressão mudou e o meu estômago doeu ou seja pisei em terreno perigoso.
- Zo o que você pensa que eu sou?
- Vamos acabar com esses joguinhos, eu já disse o que eu acho que você é.
- Um verme?
- É. - ele riu sem humor, como se eu tivesse dito que Papai Noel existe ( sem noção)
- Zo, dá pra você se concentrar no agora? Eu não vou te matar tá legal?
- Pelo menos não enquanto eu for útil.
- Não dá mesmo pra conversar com você, não é? - Ele começou a marchar em direção a porta, com pisadas fortes que traduzindo significavam que ele estava irado, e concerteza é comigo.
- Você vai embora - a sensação de vê-lo me dar as costas me desesperou tanto que a minha voz subiu duas notas, ele parou e ficou pensando um bocado enquanto eu o observava sentada em cima da maca, ele voltou com relutância e com o ódio ainda claro em seus olhos exceto em sua face que era gélida. E disse:
- Você me confunde - ele disse com uma agonia tão triste em sua face que não resisti e o abracei, aquilo o desarmou. Eu estava tão enfurecida com o Verner que nem me dei conta de o quanto ele estava lindo ( como se fosse possível) ele estava com uma calça jeans escura e uma camisa de algodão com gola pólo toda listradinha, era tão impossivelmente possível tê-lo nos meus braços que corei. Ele percebeu e me abraçou com mais força, depois levantou o meu rosto com o dedo dizendo
- Você é a minha Vênus que inspira o amor no meu coração. - e depois começou a recitar uma linda poesia - Te encontro nas manhãs flutuando

pelas ruas ainda desertas da cidade.
No café, voando em liberdade, nua,
buscas um lugar, uma mesa vazia.

Vai amanhecendo o dia. Há fumaça no ar.
todos se agitam rumo ao trabalho
(mas, primeiro tomar um cafezinho),
corre, corre, vai correndo o dia.

Nessas manhãs te encontro voando,
a face revestida de felicidade, nua,
os gestos ingênuos de sensual carinho.

De manhã, Vênus Terrena, não pousas, flutuas.
Emociona relembrar tuas ancas desmaiadas,
nuas, redesenhadas contra a claridade... - E foi naquela harmonia que adormeci em paz, sem sonhos ou pesadelos rondando a minha mente.


Autoria: Yasmin Oliveira

Copa do Mundo 2010






Copa do Mundo 2010



E quando achardes que o período áureo é eterno?
O orgulho e a prepotência será a sua fraqueza
E quando pensardes que ainda é tempo de recuperação
e vitória? Ainda assim as trevas prevaleceram.

A infelicidade de uma nação é o sortilégio da outra
A falta de competência em um só aumenta a capacidade do outro
E quando quiserdes mesmo que em pensamento atentar com
a vida do seu próximo; independente dele ter mérito
ou não por tal punição...
Ainda assim não serás digno do paraíso.

Numa guerra só um vence
mas mesmo assim o vencedor não é melhor que o vencido em nada
se ele utiliza da falta de caráter para ter vantagem
mesmo que indigna sobre o adversário,
o vencedor sobre o vencido só demonstra fraqueza
estrutural; simulando teatros mesquinhos e degradantes.

O mal cheiro deflora no campo de batalha
da falta de coragem e avidez daquele que se esconde
atrás de juízes falhos e humanos que não são
onicientes; os falsos e fingidos não herdaram
a graça eterna.

E aqueles que não lutaram por aquilo que desejavam
vão agora arrepender-se pelo resto de suas vidas por
não terem lutado o suficiente;
um lutador sozinho num campo de batalha não
consegue vencer um exército; é preciso todos
participarem para vencer.

Não adianta desertar porque os desertores
quando retornam as suas casas
recebem os indignos justiceiros que atentam
contra a sua vida; sendo que esses mesmos
desertores em campo ainda conseguem favorecer
o adversário sendo o ponta pé para o inevitável destino.

E como parte dessa nação que gostaria de ter
obtido a deferência necessária para
uma vitória justa... Choro de amargura e pezar
como somente um poeta pode sentir
E me acho poeta porque assumi o papel de
porta-voz de uma nação que chora no leito de morte
e dor.



Autoria: Yasmin Oliveira