O Diário de Zoey!

O Diário de Zoey - part.1


 I'm Zoey





Esse é o primeiro capítulo de O Diário de Zoey!









Mais uma segunda feira de aula, uma chatice completa e nada p/ fazer

#Professores chatos

#assuntos chatos

#amigos chatos

#trabalhos e exercícios chatos

tudo muito tedioso e comum, ah! E namorado chato, ou melhor insuportável.Fala sério; não tem nada de legal ou divertido para fazer, além do mais acho que vou terminar com ele, não o desejo como um dia gostaria de desejar um homem. Não consigo amar garoto algum, nem odiá-los, é cientificamente comprovado que eles amadurecem mais tarde, eu até li num blog uma matéria super legal nO Diário da TPM e lá dizia que é normal que eles façam brincadeiras sem graça, eu sempre dou risada desse tipo de situação, por mais que seja comigo... E quando eles me ponham apelidos faço o mesmo com eles e não esquento a cabeça ou tento matá-los como todas as minhas colegas, mas isso não vem ao caso, hoje a noite vou me encontrar com o meu namorado e terminar tudo, eu não o suporto mais, ele me liga pra tudo até quando espirra me liga e fala que acha que está ficando resfriado, que não sei o que e não sei o que mais lá, ou seja a conversa sempre rende e eu sempre termino o telefonema com eu tenho que ir, tenho aula agora, minha mãe está me chamando, tenho muito dever, a gente se vê mais tarde, entre outras desculpas que só digo se forem verdadeiras, pois odeio mentira e segredos. A aula de biologia esta um saco e estou como uma louca tentando prestar atenção, mas não esta dando de jeito nenhum...

- Esta muito distraída hoje não é Zoey?- Aff'z é o idiota do senhor Verner, é exatamente isso que você está pensando, ele é um verme, eu tenho um grande sonho de confeccionar uma camisa p/ ele e teria escrito I'm idiot (Tradução - eu sou um idiota), mas ao invés de fazer todo este discurso e falar o quanto eu o considero um IDIOTA eu simplesmente olhei p/ ele com a minha cara de esnobe, dei um sorriso débil e disse:

- É que estou muitíssimo distraída hoje - E ah! Só p/ deixar claro que toda a turma estava me encarando como se eu estivesse dito que tenho AIDS, subido na mesa e começado a pular feito uma louca desvairada porque estava a fim de extravasar e zoar com a cara de todo mundo...Fala sério, quem esse tal de Verne pensa que é? Pra completar o idiota estava sorrindo de forma encantadora, todas as garotas da sala estavam suspirando, porque p/ elas ele é um gato, o professor mais novo e belo de todo o campus. Tudo bem, eu descrevo ele p/ vocês, e aí vai:

*Tópico1: Cabelos castanhos e repicados (me lembra o corte de Taylor Lautner) na verdade são esses cortes da moda que os tops usam de forma desalinhada, e que sempre dão um charme, mas nele parece uma arma... Você não entendeu não é? Depois eu explico.

*Tópico2: Olhos verdes enigmáticos e ao mesmo tempo sarcásticos acreditem ele é do tipo intimidador, mas comigo isso não cola.

*Tópico3: O porte físico atlético, eu fiquei sabendo que ele era uma verdadeira máquina quando se fala em futebol e natação e que ainda manja alguma coisa no basquete, isso enlouquece qualquer garota, além do belo bronzeado adquirido pelo mesmo quando prática natação... Conclusão ele é um gato, como se não bastasse ele é o crânio em biologia, simplesmente tem todo tipo de pós-graduação e doutorado, apesar de ainda odiá-lo. Eu acho que ele é o único homem além de familiares que eu tenho algum sentimento, e tinha de ser logo ódio?Mas não importa. O sorriso logo esmoreceu quando percebeu o meu tom sarcástico e muito sério ele me perguntou quantas espécies haviam de homo sapiens, era lógico que ele queria me deixar desconcertada e me humilhar na frente de todo mundo, mas para a minha sorte eu sempre tinha discussões com o meu pai sobre assuntos acadêmicos , e ele me fez essa mesma pergunta quando me viu estudando (ele sempre se mete nos meus estudos) eu respondi que não tinha a mínima idéia de quantas espécies tinham, ele simplesmente olhou nos meus olhos como se fosse falar a cura para a AIDS e com um sorriso amarelo e maroto disse: um , logo como o meu pai eu olhei nos olhos do meu lindo professor com um sorriso amarelo e maroto não como o de alguém que esta fazendo uma revelação, mas como alguém que simplesmente fez a lição de casa e esta orgulhoso por isso e respondi:

- Apenas um professor

- E você sabe o porquê Zoey?

- Porque homo significa homem e sapiens espécie

- Muito bem, alguém aqui fez a lição de casa direitinho. - Ele sempre tenta me diminuir na frente da turma, eu o odeio, que sujeitinho mau caráter, por isso juntei forças p/ olhá-lo e responder a altura e sem perder a classe

- Se eu tivesse um bom professor e que me explicasse direito toda a matéria eu não iria precisar chegar em casa estudar adoidada, garanto.- ele deu mais um de seus sorrisos maléficos com uma pitada de ironia e prosseguiu a aula com aquele sorriso dele de canto de boca, fala sério amaldiçôo aquele sorrisinho de deboche, simplesmente amaldiçôo.

Acho que vou arrombar a porta da casa dele e fazê-lo meu prisioneiro, com torturas diárias que nem no clipe de Pink da música please, don't leave me (tradução- por favor, não me deixe), mas fala sério eu quero muito que ele me deixe e que fique bem longe de mim, mas como muita miséria pra uma garota adolescente é pouco depois da aula fui obrigada a ficar.

- Zoey, você é uma das minhas melhores alunas e...- fala sério eu não vou ter que ter esse papinho com esse moleque desprezível, por isso eu o interrompi antes que começasse as indagações irônicas.

- Se vai começar o sermão...

- Ei, ei...Relaxa, ninguém falou nada de sermão, tá legal?É um fim de semana numa conferência só com os alunos feras de biologia, o que você acha?

- Nossa não sei nem o que te dizer...

- Que tal demorou?

- Claro que eu vou, demorou!



O Diário de Zoey - part.2



I'm Zoey






Continuação de O Diário de Zoey





O tão esperado massacre da serra elétrica começou. Porque? O meu namorado estava na saída da escola conversando com a vaca da Andromeda, não me pergunte o porquê uma mãe em sã consciência colocaria o nome de uma criatura assim, segundo ela tem alguma coisa haver com a mitologia grega e que Andromeda havia sido uma princesa, apesar de que ela merece esse nome p/ lá de esquisito (peço desculpas se alguém tiver esse nome, mais é que na raiva eu pensei isso mesmo) ela mais parece um andróide com aquela cara de robô, a senhorita perfeita e que está sempre sorrindo, com aquele impecável cabelo longo e escuro, aqueles arregalados olhos azuis. Tudo bem tenho que admitir que ela é até bonitinha, de uma forma estranha, mais bonitinha.Só que a pergunta que não quer calar é: Porque ela está conversando com o meu namorado?Aquele...Aquela...Argh! (pensamentos incoerentes surgiram na minha cabeça e foi mais ou menos isso que pensei) EU MATO ELA E ELE, andando de forma odiosa e com pisadas mais que firmes, fortes, me aproximei do casalzinho que se divertia com a minha miséria, fiquei lá parada esperando uma explicação que não vinha. Ele nem percebeu a minha presença, era como se ele estivesse hipnotizado por ela (Ps.: Ele nunca esteve assim por mim), aposto que Andromeda estava adorando aquela atenção que o meu "mô" me dá (Ps.: ele me chamava por aquele monossílabo parece cafona, eu sei, mas quando ele falava ganhava um significado nobre) e essa atenção está sendo transferida toda p/ ela...Snif!Snif!Snif...Ele não pode fazer isso comigo, tudo bem eu já sei o que você vai dizer: que eu estava me questionando sobre o fato de terminar, e eu ía, mas...É um sentimento de posse que me domina e ele tecnicamente ainda é meu.Aff'z eu mato qual dos dois primeiro? Que dúvida cruel, e então como se estivesse deixando de olhar para uma deusa do Olimpo para olhar uma simples mortal e demonstrando o esforço requerido para assim fazê-lo , o mô pela primeira vez olha pra mim ( e devo dizer que estava surpreso em me ver)

- Zoey, você demorou para sair da sala hoje! - Acredita que ele ainda fez cara de bravo, deve ser porque eu estou atrapalhando, quer saber de uma coisa? Eu não vou mais atrapalhar nada.

- Um pouco, você já tem companhia não é? Desculpe interromper. - e saí tentando reunir o máximo de dignidade possível, Andromeda estava com a maior cara de vencedora do miss Universo. Tinha que ser logo com ela? Mas nesse momento meus pensamentos foram interrompidos por um brusco puxão pelo braço, e quando eu vi quem tinha me puxado o sangue literalmente subiu a minha cabeça (tava mais vermelha do que quando se come pimenta malagueta)

- O que foi? - eu gritei em meio ao desespero

- o que deu em você? Andromeda é apenas uma amiga e nada mais.

- Então pega o seu nada mais e seja muito feliz.

- Mô? Você tá com ciúmes?

- É claro que não - rebati, mas ele fingiu que não me ouviu e continuou

- Isso quer dizer que você ainda gosta de mim, eu achei que você queria terminar comigo hoje à noite, mas pelo visto foi só impressão... - Com um olhar de fúria interrompi aquela fala agourenta e que concerteza não era verídica, ele era meu e quando o vi trocando flertes com outra garota eu fiquei furiosa, porque feriu o meu orgulho, só isso.

- Eu não te entendo mô, simplesmente desisto de entender.

-Ex-mô eu vou te explicar uma coisinha...Nuca mais eu quero te ver, simplesmente você feriu o meu orgulho, só isso. Acabou tudo, vá ficar com o seu andróide e me deixe em paz.

- Vou mesmo, ela pelo menos é doce e meiga enquanto você é seca por dentro, mais seca que o deserto que divide a África e mais parece uma velha. Andromeda pelo menos gosta de mim, e me dá o devido valor.

- É porque você é meu namorado, quando ela perceber que eu não quero mais nada com você, depois de desfilar por um mês ou até menos com você (porque é só pra isso que você vai servir pra ela, pra se exibir) ela vai te chutar e eu vou rir.

- Isso é despeito, porque ela é muito mais bonita do que você, só isso.

- Quer saber de uma dá licença porque essa conversa é perda de tempo. - e saí deixando ele sozinho, p/ voltar p/ ela, estou arrasada ( e garanto que não é por ele) porque ele tinha que vir atrás de mim? Agora ela vai ter motivo de sobra p/ cuspir e escarrar em cima de mim, todo o campus parou p/ ver a seção humilhation* , e p/ piorar (como se fosse possível) o verme, ele mesmo o senhor Varner estava lá. Eu não o humilhei como ele fez comigo, eu não disse de quando ele falava abobrinha e eu só sorria p/ incentivá-lo a não ficar sem graça, ou quando contava aquela piada terrível e eu simplesmente lhe roubava um beijo, porque não podia mais escutar aquela droga de piada - rsrsrs - ou até quando a mãe dele estava doente (só p/ constar ela é muito gente boa) eu fui p/ lá ajudei ele a cuidar dela, ele é muito ingrato, isso sim. Fala sério eu não sei como saí de lá de queixo erguido, estou até vendo o campus todo não deve falar de outra coisa e o pior é Andromeda que deve estar dando coletiva porque foi o pivô da separação, eu preferia a morte a esse mar de...Os soluços deram espaço ao vazio e o vácuo que ocupava a minha mente e não me deixavam mais pensar, e com a mão no rosto abafando o mesmo rosto que a pouco presenciou o próprio declínio social, o meu rosto ardia, mas ardia de vergonha um calor sem tamanho tomou conta de mim, acho que se chama ódio. A minha vontade era de pular no pescoço daquela infeliz, e enquanto eu estava aqui andando sem rumo pelo campus e a mão no rosto para esconder o meu estado lastimável (eu estava corizando e com meleca até, e o rosto totalmente molhado de lágrimas que não paravam de descer e com as bochechas rosa de vergonha, além da dor de cabeça) em quanto tudo isso acontecia comigo ela estava lá aproveitando toda a glória e se sentindo uma deusa do Olimpo, e do nada uma mão me acariciou e me aninhou em seus braços, um pensamento subitamente veio a minha cabeça se o mô está pensando que vou perdoá-lo por causa disso está muito enganado (você deve estar pensando como ela sabe que é um homem? Porque esse corpo exala testosterona e estrutura máscula de um atleta), mas o meu corpo me dizia de alguma forma que não podia ser o meu mô, ops! ex-mô, porque ele era muito musculoso para o m...quer dizer ex-mô e muito grande o ex-mô ele não é assim tão grande e forte. O meu corpo de alguma forma sabia quem era que me alentava e me dava conforto, só que a minha mente não queria saber quem era, era como se houvesse um bloqueio, como se só o meu sub consciente soubesse e ele controlasse o meu corpo de alguma forma e o meu consciente não tinha noção de quem era. Então timidamente abri os olhos para saber o que o meu sub consciente e o meu corpo tinha certeza. Foi uma surpresa para mim abrir os olhos e descobrir quem estava a me confortar, ao olhar em seus olhos não consegui disfarçar a surpresa; portando olhos arregalados, lágrimas que cessaram (o meu estoque uma hora tinha que acabar) e boquiaberta ele me olhou de forma que me senti nua, como se ele pudesse naquele instante ler a minha alma, e quando eu digo nua, não me refiro ao fato de estar literalmente nua, e sim no fato de figurativamente estar nua, porque quando me olhou não foi como um homem que olha para uma mulher que está sofrendo, e sim como um amigo olha para uma amiga que sofre e que está afogada num mar de desespero.Ele me conduziu a um banco próximo e me aninhou em seus braços para que pudesse ensopar a sua camisa branca, mas já estava melhor e o olhei mostrando a dúvida que em mim habitava, na verdade foi um olhar questionador e sem hesitar ele me respondeu, interpretando a minha expressão com facilidade.

- Eu odeio ver uma mulher chorando - eu fiquei surpresa não pelo fato de ele demonstrar fraqueza por ver uma mulher mal, mas por ele me considerar uma mulher, e não respondi nada, então ele se sentiu a vontade e continuou

- Ele te humilhou na frente de todo mundo, enquanto você só falou o que sentia e foi sincera.

- Não preciso que diga algo para me fazer sentir melhor.

- Você está sempre me interpretando de forma errônea, só estou falando o que penso de acordo com o que vi.

- OK! Já disse, agora vá embora.

- Tudo bem, tchau. - assim que ele foi embora, que você já deve ter imaginado quem era (isso mesmo, o senhor Varner) eu me levantei e fui para o meu quarto.



O Diário de Zoey - part.3



I'm Zoey







Continuação de O Diário de Zoey







Você deve estar pensando horrores de mim, e eu mereço sei disso. Fui apática com o senhor Varner, devia ter deixado ele me amparar mas tive medo, medo de depois ele rir da minha cara, e me fazer sentir pior do que já estava, medo de confiar nele e me decepcionar. A minha vida virou de cabeça para baixo, e nada do que fizer vai modificar o que aconteceu. Vou pedir desculpas aquele convencido arrogante, porque não agi de maneira correta, eu admito. Como uma segunda-feira que tinha tudo para ser tediosa e odiável tornou-se o massacre da vida de Zoey? Sim, porque Zoey sou eu. Mesmo que ele me trate com indiferença eu devo desculpas a ele. Terça-feira o dia de pedir desculpas e vamos nós (ou no caso e aí vou eu), além de ter que pedir desculpas àquele verme vou ter que encarar todo mundo por causa daquele escândalo do dia anterior, e é como dizem (e eu adaptei para a minha vida) toda a miséria para uma singela adolescente é pouco, muito pouco. Adentrei no colégio como se estivesse entrando numa casa mal assombrada, e tenho que dizer estava me borrando porque as garotas me olhavam torto e os garotos riam da minha cara na maior sem nem se preocupar se era na minha frente (em outra ocasião eu preferiria que fosse na minha frente, mas eu nunca me senti tão humilhada, ninguém queria sentar ou falar comigo, nem os garotos p/ pedir a lição de casa, que eu anunciei a Deus e o mundo que estava pronta, e ainda perguntei quem queria, ofereci...E só um garoto quis e depois agradeceu, é um esquisitão desses que fuma e é muito vacilam, acho que nem devia estar sabendo do que aconteceu, porque ele nem se importou de que estava todo mundo olhando p/ ele com a maior cara de você esta sentado com a garota que tem AIDS ou algo assim, ele olhou p/ mim como se entendesse a minha dor e soubesse o que aconteceu ontem, sei la acho que foi o jeito dele de me dar apoio, não importa se ele não é a melhor companhia, pelo menos não estava sozinha, ele sentou do meu lado e fingiu prestar atenção na aula, mas eu vi ele com o fone de ouvido escondido pelo capote, rsrsrs), começaram as aulas de português que eu não sou muito fã mas prestei atenção, porque não havia o que fazer, quando acabou a aula fiquei aliviada, peguei as minhas coisas p/ sair da sala, ele me acompanhou, tínhamos os mesmos horários para a minha sorte, ele era divertido e me fez rir mesmo quando estava a ponto de chorar, um completo estranho drogado estava me consolando a que ponto de degradação a minha vida emocional chegou, mas acho que estar com ele é a única opção, pois um excluído só anda com outro excluído ou existe outra opção? Acho que foi por isso que ele me escolheu para ser sua parceira no laboratório, o professor Varner não gostou nada...Será que o verme esta pensando que ele esta querendo se aproveitar de mim porque eu sou excelente (modéstia parte) em biologia?Pois se ele esta se aproveitando de mim, eu estou dele, ele tem dificuldades nas matérias e eu emocional, não que ele seja o melhor exemplo de equilíbrio...Mas enfim, não importa. Eu ainda não disse o nome do meu amigo não é? Você já deve estar se perguntando ele é um sem nome?Não...Sei que ele tem nome mas não consigo me lembrar qual é, porque eu nunca havia prestado a atenção nele, e tô meio sem coragem de perguntar e ele se zangar, rsrsrs. Ele acabou de me mostrar uma equação muito machista:



Eu dei um tapa naquela criatura, e disse

-você é um idiota

- eu sei...Mas admita que é verdade

- talvez, vocês homens são uns convencidos, como se aturar vocês já não fosse o suficiente

- rsrsrs - Nesse momento estávamos indo para o intervalo e um amigo dele, que diga-se de passagem é muuuuuuuuuuuuuuuuuuito mais estranho do que ele, tudo bem pode ser preconceito meu, mas é porque você não o viu, e que Deus me perdoe mas parecia o enviado do satã. Fico toda arrepiada só de pensar. Ele tem umas companhias p/ lá de tenebrosas. O amigo dele se aproximou e me olhou dos pés a cabeça como se eu fosse um alien, e começou a conversar com o meu amigo ( que eu não sei o nome) como se eu não existisse.

- Cara você tem que vir comigo, larga a ovelhinha aí e vamos embora lobo mal.- e deu uma gargalhada mortal, eu admito que sou mega medrosa e não tenho motivo para fingir que não, eu fiquei megarrepiada.

- vai na frente que depois eu vou. - nessa hora o "amigo" dele foi embora (coloquei aspas porque eu percebi que ele não ficou nada feliz com a visitinha)

- olha eu tenho que ir depois a gente se fala

- OK - Foi só o que consegui pronunciar e fiquei observando o meu amigo ir embora...Snif!

Fui para aquele lugar tenebroso que se chama refeitório, e o pior fui sem amigo, e como se não pudesse piorar fui sem amigo pedir desculpas ao cara que eu mais odeio e que apelidei de verme.

Aí vou eu, quando entrei naquela porcaria de lugar senti um vento gélido congelar meus ossos, e é agora que começa não nos cinemas mas na vida real o filme A Hora do Pesadelo.

O Diário de Zoey - part.4



I'm Zoey





Continuação de O Diário de Zoey!





Eu acho que vou ficar com A volta dos que não foram porque sinceramente eu estou perdendo a coragem de falar com ele. Eu o avistei numa mesa com alguns atletas do último ano e fui até lá para não prolongar a minha penitência porque fala sério? Não foi pedra que eu atirei na cruz não, foi uma montanha inteira porque será possível que eu tenho que passar por essa humilhação em praça pública de me redimir com o egocêntrico do Verner? Me aproximei parando na sua frente, ele me olhou com estranheza e na hora, o papo que fluía como uma pluma escorregou que nem sabão, everybody (todo mundo) da mesa interrompeu a conversa (tradução falavam de mim). Eu juntei dignidade, não sei de que buraco e disse sem pestanejar

- Professor Verner, peço desculpas pela maneira com o tratei ontem - e sem esperar uma resposta saí do refeitório e começei a vagar no Campus sem destino ou direção, e quem eu encontro? Andromeda, ela estava lá mais uma vez com o meu ex-mô sem um pingo de vergonha na cara, e que eu faço com essa sem vergonha? Mato? Nãããão, simplesmente o mel que paira sobre a boca dela vai fazer-se amargo. Sem perder tempo coloquei meu plano em ação, andei em direção ao casal com um sorriso frio e gélido, que Andromeda deve ter classificado como puro ódio, porque não tirou o sorriso triunfante do rosto na certa achando que eu iria armar outro barraco, mas estava errada; e o meu ex-mô estava lá com cara de paisagem, quando me viu ficou meguenvergonhado, não sabia aonde enfiar a cara, rsrsrs. Todos que estavam ao redor; estavam ansiosos por uma nova fofoca, mas eu prometi dar a eles mais do que uma fofoca, e sim uma verdadeira lição de etiqueta.

- Oi Andromeda, ex-mô.- cumprimentei-os acenando com a cabeça - Vocês formam uma casal muito lindo, eu só vim p/ pedir desculpas pelo jeito como me comportei ontem, eu sei que foi imperdoável, mas se ainda assim puderem fazê-lo....Eu agradeço. - depois do que disse fui embora, a galera lá, esperando que eu não levasse desaforo p/ casa e eu ali, tranqüila dando uma de atriz, eu podia ganhar um prêmio de Hollywood como atriz revelação. O melhor de tudo foi ver a cara daquela garota exibida, estava tão surpresa que ficou boquiaberta quase entra mosca e o ex-mô então....Ficou sem acreditar me olhou como se fosse um alien, ninguém esperava que eu fosse ser tão gentil e ainda pedir desculpas, fazer o quê? Eu tenho classe. Mas lá estava eu andando de novo sem caminho e sem destino depois da minha triunfal vitória com um andróide imbatível, mas pelo visto não imbatível p/ mim.Foi nesse caminhar que do nada me veio um desejo louco e incontrolável de voltar ao lugar aonde repeli o professor Verner, eu queria e queria,e queria por que queria, é só o que sei, mas a sirene tocou avisando que está na hora de voltar para a sala de aula...Por mais que a minha mente dissesse que era incoerente tudo aquilo, o meu corpo não queria me obedecer era come se tivesse vida própria, e foi assim que acabei me deixando vencer e fui até aquele maldito lugar e foi chegando lá com esse conflito interno que me deparei com aquele mesmo banco, eu imaginei que ele fosse estar vazio, mas não estava, e advinha quem estava naquele maldito lugar? O senhor Verner; sentado naquele banco, imóvel como uma pedra, na verdade eu diria como uma estátua de um deus ou melhor como se o próprio Apolo tivesse sido congelado ou petrificado e ainda assim conseguisse irradiar a sua luz e vibração, e eu como uma mera mortal estivesse admirando aquele deus, na hora tive que reprimir um suspiro que ficou intalado na minha garganta, e antes que ele me visse começei a me afastar, pois o mesmo não havia se dado conta da minha presença, estava com a mão escondendo a sua face como se estivesse a chorar e era um choro amargo de arrependimento e ódio, eu precisava ir embora, só que não tinha forças o meu corpo me traíu, e me levou direto para o abatedouro. Eu não sabia que ele estava lá, eu juro, e não tinha como saber.Antes que ele me visse eu me virei e quando estava dando o primeiro passo para sair daquele tormento infindável escuto o meu nome.

-Zoey?

-O-oi - consegui gaguejar, ele sorriu do meu desconforto, mas não ousou tirar a mão daquele lindo rosto, me privando assim de sua austera beleza, uma pergunta surge, como é que ele percebeu que tinha alguém aqui e pior; que esse alguém sou eu? Não perdi tempo e verbalizei a minha dúvida

- Zoey, eu só senti que não estava sozinho e não foi difícil saber que era você quem me observava.

- Hã? - Enquanto conversávamos ele ía sentindo-se a vontade, e quando percebi estava a admirar aquele rosto, que me fazia vibrar, era como se ele tivesse iluminado todo o ambiente com a sua beleza divina e pura, mas os seus olhos estavam úmidos, e lágrimas escorriam em sua face, não consegui controlar a minha mão que coçava e queria enxugar aquele rosto manchado pelo desespero e eu o enxuguei, ele não se importou deixou que eu cuidasse dele, diferente de como o tratei, e o diálogo continuava.

- O aroma do seu perfume é inconfundível

-Ah! - disse desconcertada com as suas palavras que me envaideciam -

-Mas isso não importa Z! - Z?Eu ganhei um apelido novo tão bonitinho, eu amei mas não disse nada e nem podia se não ele ía ficar muito convencido e apesar de não ter dito nada ele reparou na minha satisfação, tradução: ficou um olhando p/ cara do outro sorrindo de maneira boba, e depois de um tempo que p/ mim pareceu uma eternidade , mais que concerteza duraram apenas segundos, subitamente acordei daquele pesadelo e prontamente me levantei e disse que tinha que ir, e em disparada corri p/ sala de aula sem nem esperar resposta. (Ps.: Eu estou perdendo aula de matemática, o professor deve estar uma fera comigo) cheguei à sala de aula sem ar, completamente esbaforida e ofegante, nunca corri tanto em minha vida. O professor me olhou com piedade. Piedade? É isso mesmo acredite se quiser com piedade; era um olhar amoroso quase fraternal, ele veio até mim e de forma preocupada e carinhosa me perguntou o motivo do atraso, se eu estava bem, e etc. Eu queria falar a verdade, mas a pergunta que não quer calar é, qual é a verdade? Se é que existe verdade. Tentei me concentrar em coisas leves, que ele poderia absorver e sem mentir.

- Professor eu estava com o senhor Verner, me desculpe pelo atraso.

- Tudo bem minha filha, escolha uma carteira e sente. - Minha filha? Esse não é o professor que eu conheço, e ele detesta atraso... Eu sei disso porque no meu primeiro dia aqui, uma tal de Alice não sei de quê chegou atrasada na aula dele, e nooossa ele virou uma fera só faltou ser literalmente, porque ele ficou vermelho de raiva com a displicência da garota e roxo quando soube mais tarde por uns dedos-duros que foi porque ela estava paquerando o garoto mais popular e gato de todo o campus, Conrado, e parece que ele sentiu-se lisonjeado com a paquera dela, por causa de uns piercings que ela tem que deixam um garoto como ele fascinado. Resultado; até hoje ficam, mas o professor ligou para os pais dela e descascou todo o pepino, coitada. Agora sim; você entende o meu desconforto, não é porque eu quero que ele ligue para os meus pais, é porque tem algo de muito errado nessa escola e eu garanto que vou descobrir. Agora é uma questão de honra!



O Diário de Zoey - part.5



I'm Zoey





Continuação de O Diário De Zoey!





"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."Clarice Lispector



Fui sentar na única cadeira vaga da sala e que era bem do lado do meu amigo, fiquei intrigada com a presença dele, pois ele não ía matar aula?Realmente está tudo de cabeça para baixo!

- Você não ía para não sei onde com o seu amigo? - Ele me olhou cabisbaixo, tradução alguma coisa aconteceu com ele e pelo visto não foi boa, ele nem me respondeu, só ficou me olhando como se tivesse visto fantasma; eu não estou tão feia assim, ou estou?

Nesse momento tive que arquivar aqueles pensamentos para mais tarde porque o meu querido professor anunciou uma atividade que quem acertasse toda iria ganhar ponto bônus e o melhor era em dupla todos ficaram orisados , e o meu amigo foi salvo pelo gongo. Eu percebi um brilho no olhar dele, era como se ele não esperasse que eu fosse sentar-me com ele, como se eu pudesse de alguma forma deixá-lo da mesma forma que ele fez comigo, me largando as traças, só que eu não estava chateada, foi até bom que ele não precisou me ver pedindo desculpas e eu ainda tive tempo de dar uma liçãozinha naquela vaca odiosa.Não pensei duas vezes antes de juntar as carteiras correspondente a mim e a você já sabe quem, alguns garotos tiveram a cara de pau de me pedir ajuda e eu olhei-os com o meu rostinho mais inocente e disse que já tinha dupla, as garotas ficaram me olhando com uma dúvida não verbalizada e que estava estampada na face de todas, nenhuma dupla conseguira realizar toda a atividade e as que conseguiram não estavam todas as questões certas salvo uma dupla e você já deve saber a de quem foi...Isso mesmo, a minha. Eu estava muitíssimo concentrada no trabalho que realizava e não pense que eu deixei o Philipe de fora não, ele me ajudou a fazer tudo e eu só precisei dar uns pequenos empurrões e ficou tudo certo, resultado: ponto bônus. Ah! Você deve estar se perguntando como agora você sabe o nome dele? O professor veio até a nossa carteira e disse:

- Zoey e Philipe parabéns pelo belo trabalho em equipe e vocês dois merecem o ponto bônus, e Philipe peço-te desculpas o julguei de forma errônea.

- Tranquilo professor, eu já estou acostumado.

- Mas não devia! - E depois ele saiu e ajudou o resto da turma a fazer algumas questões cabeludas que assustariam o próprio Barack Obama e nós que já não tínhamos mais o que fazer na sala fomos liberados nos dando tempo de sobra para esclarecer algumas coisinhas.

Eu o fitei de forma interrogativa para que ele previsse que ia enfrentar uma inquisição, pois todos os hereges merecem pelo menos uma oportunidade de se redimir e revogar os seus ensinamentos e então essa foi a dele. Ele sorriu de maneira encantadora e que de certa forma me deixou tonta, e pensando bem até que ele era bonitinho. Cabelo preto e liso na altura do pescoço, ombros largos, músculos levemente a mostra através de uma camisa preta com a manga cuidadosamente dobrada e uma bermuda até graciosa de cor clara e que lhe caía bem. Ele não parecia um deus como o professor Verner mas um semi-deus estava a sua altura; eu me lembro de ver muitas novatas babarem por ele, mas aí outras garotas alertavam nas de que ele não era o tipo de garoto que elas gostariam de se envolver, e é como os garotos do campus sempre dizem: enquanto elas são inimigas ganhamos mais, mas quando se juntam saí de baixo porque aí vem fogo. Mas voltando ao que realmente interessa, eu falava do Philipe (só p/ você saber eu não estou gostando dele) eu só estou relatando o que vejo. Ele estava ali me olhando de forma sedutora com aquele risinho convencido na boca, agora com a confiança já recuperada.

- Porque você ía filar aula? - fui direto ao ponto e sem perder tempo, não aguentava mais aquela dúvida.

- Eu ía fazer exatamente o que você e seus amiguinhos sabem que eu faço. - Eu olhei p/ ele incrédula, nem acredito que ele estava me tratando daquele jeito, quer saber de uma coisa eu não vou ficar escutando essa porcaria, dá licença. E saí, deixando-o sozinho falando com o nada porque não é justo que ele fale comigo daquele jeito deve ser por isso que não tem amigos e nunca vai ter, senti-me ofendida eu nunca o julguei e ele agora me trata com se eu não fosse nada...Que ódio ferrenho me picou agora! Ele não fez nada nem me procurou...Nada, simplesmente sentou-se num banco próximo e fez ar de derrota.Derrota?Pois é derrota e isso me parece estranho, quando o Philipe falou comigo era como se não fosse ele, e uma coisa não está clara como:

Porque ele veio assistir aula se ía filar?

Porque ele estava cabisbaixo e não queria me olhar nos olhos?

E porque do nada ele decidiu fazê-lo e me tratar de forma arrogante?

Eu nunca o tratei mal, e nunca o julguei e nem tratei pior ou melhor do que ninguém, tem algo errado nessa história também. Hã? Você não acredita quem veio conversar com o Phil, o senhor Verner e o Phil não está nada amável, o que será que eles estão conversando ou melhor gritando, o Philipe se levantou e está gritando com o professor, está irritadíssimo e mostrando os dentes ( ah! Só p/ você saber eu estou escondida atrás de umas latas de lixo observando tudo boquiaberta e guardando um silêncio mortal, tradução virei detetive - rsrsrs) o Phil foi embora muito bravo deixando o sorridente e triunfante senhor Verner para trás com ar de vitória, seja lá o que for não é coisa boa e pensando bem existe a possibilidade daquele verme ter manipulado o meu amigo contra mim, mas a pergunta é porque ele faria isso? O que ele ganharia me deixando isolada? Sozinha eu sou mais fraca isso é incontestável, uma pessoa sem amigos é mais vunerável ao mundo e ...Eu não sei o que pensar, o que sei é que eu devo sair daqui agora porque a turma vai ser liberada a qualquer momento e se me verem aqui eles vão descobrir que eu estive ouvido a conversa que não é verdade mas eu gostaria de ter ouvido, como é que eu vou sair daqui sem que me vejam? Que droga! Por um milagre divino eu vi a Alice (que eu citei anteriormente sobre o professor de matemática) estava passando e eu fingi que o meu brinco havia caído e ela me ajudou a procurar e depois começamos a conversar

- Zoey, você agora é a queridinha do professor? - eu sorri porque não podia contá-la de minhas suspeitas e tentei me esquivar.

- Imagina, é só por causa da seção humilhation* de ontem - ela sorriu e não deixou a conversa morrer, Andromeda passou naquele exato momento e nos flagrou rindo e de mãos dadas como se fossem melhores amigas. Talvez a Alice não saiba mas ela acabou com a vida social dela naquele exato momento em que falou comigo.

- Talvez você não saiba mas acabou de dar um tiro no pé!

- Acredite eu sou capaz de fazer qualquer coisa para irritar aquela metida!

- E porque tanto ódio dela?

- Ora então você está realmente mal informada, quando ela soube que o Conrado não estava mais caidinho nela, ficou irritadíssima e fez de tudo para que ele me visse com outro garoto, como não conseguiu investiu nele como a vaca que ela é, e você sabe não é? A carne é fraca, eu fiquei com tanto ódio... - Agora entendi o motivo do interesse dela em mim, ela está louca para irritar aquele andróidezinho de uma figa. Mas se ela está se aproveitando de mim eu também estou dela, pelo menos não estou mais sozinha.

- Bom, você e todo o colégio sabe que eu e aquele robôzinho não nos damos bem, aí você já sabe não é? Ela tomou o meu namorado, mas sinceramente me fez um favor eu não aguentava mais ele.

- Eu vi você dando o maior fora naquela convencida, depois que você foi embora ela mandou ele pastar literalmente!

- Você estava na hora que eu dei a maior lição de etiqueta nela?

- Claro que estava, quer dizer...Num canto como quem não quer nada, e eu ouvi TU-DO - Eu ri; e não perdi tempo, marquei de encontra-la mais tarde na lanchonete do campus para falar mal daquela prepotente da Andromeda e nos despedimos.

Eu nunca disse aonde vou depois que termina a aula, você deve se perguntar ela é uma sem teto?

Não; eu não sou uma sem teto, dia de semana eu fico no dormitório do campus e nos fins de semana eu vou para casa ficar com os meus pais. Outra pergunta que você deve estar fazendo, você não tem colegas de quarto? Não; eu não tenho. O meu dormitório mas parece um cemitério, porque ele é super vazio, poucas pessoas dormem lá tem quartos que estão vazios só pra você fazer uma idéia do ambiente, quando eu cheguei fiquei com medo, mas agora já me adaptei e como já disse o meu quarto só tem uma residente: EU. Por isso não tem muito o que dizer, logo eu não relato nada. Mas hoje eu resolvi deixa-los conscientes de tudo e não em parte.

O meu quarto é branco

Tem apenas uma janela que é de madeira, sendo a mesma larga e baixa, contendo uma cortina azul

tem dois beliches, e todos com forros branco e azul

Todos os móveis inclusive porta deste quarto são de madeira.

Eu me sinto tão solitária aqui, acho que é por isso que nunca quis falar nada sobre este lugar, mas acho que já me acostumei a esta atmosfera, agora estou imune a estes sentimentos depressivos e que me atormentavam, agora posso ser mais feliz!

O Diário de Zoey - part.6



I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey



Fui encontrar a minha nova BFF (Best Friend Forever) na lanchonete do campus, e fiquei mofando a espera de alguém que não vinha. Andrômeda deu uma passadinha lá só para me pisar e humilhar, só faltou cuspir e escarrar em cima de mim.

- Está esperando alguém? Porque se está desista, ela está ocupada demais no maior chupa-chupa com o gato do Conrado, p/ se preocupar com você queridinha. - Tudo bem, queridinha não ofende ninguém, mas o jeito como ela pronuncia... Parece até esmola, como se de alguma forma ela fosse superior a mim e o máximo de mérito que permitia era a sua antipatia com aquela palavra no diminutivo.

- Obrigada. – disse resignada e saí dali porque a voz dela parecia um agouro que me deixava surda de ódio, e afogada numa cólera maligna que sufocava a minha alma, simplesmente não a suportava e daria gargalhadas em cima de seu caixão sem falar do champanhe que beberia, ou melhor, tomaria banho, mas eu precisaria de companhia para isso e quem eu escolheria para ser meu amante naquele sórdido momento? Você sabe muito bem quem veio a minha mente. Isso mesmo ele. Um desejo incontrolável cresceu dentro de mim de forma inesperada, era incontrolável, como se os meus pés governassem o meu corpo ao invés do meu cérebro, a razão dizia não vá, mas no meu íntimo eu queria, eu precisava... E se ele estivesse lá de novo? Parece que eu só vou ao cinema para assistir filme de terror chega de A Hora do Pesadelo, eu simplesmente não agüento mais. Mesmo assim o meu corpo me traía incansavelmente, eu não quero mais conviver com essa tensão, eu não vou mais tentar fingir que não me importo com a sua presença, nem ignorá-lo e se encontrá-lo lá... E daí? Eu não vou deixar de freqüentar os lugares por causa daquele vermezinho insignificante, p/ mim chega desse joguinho eu não sou uma peça do tabuleiro dele, sinto que de alguma forma ele me manipula não completamente como acontece com as minhas colegas de sala ou como todas as garotas do campus, entretanto ele tem algum poder de persuasão sobre mim, não sei como me impor perto dele, aqui é fácil organizar meus pensamentos, só que na presença dele as coisas mudam de figura e tudo fica embaçado. Sinto-me ludibriada por aquele ser fascinante, quando me lembro dele me tocando e acariciando, chego a me arrepiar. Penso nele com aquele rosto endeusado, com a angústia na face, uma angústia que parecia ter se enraizado e que não era natural daquele deus que iluminava a minha vida de forma tão clara e obscura, ao mesmo tempo em que sinto vontade de acariciar o seu rosto e aninhá-lo em meus braços, sinto vontade de renegá-lo para longe de mim, com nojo de sua arrogância e prepotência... Meu rosto passou de pálido e lívido para o vermelho e logo após o roxo, meus pensamentos foram cortados por uma cena indescritível, ou melhor, emocionalmente indescritível, nem acredito no que vejo... A vaca da Alice estava na maior pecação* com o Conrado; então eu devo parabenizar Andrômeda pelo serviço prestado. Não teve nem a coragem de esconder aquela pouca vergonha de mim e de todos os outros do campus, eu mato essa... Pensamentos incoerentes atrapalharam o meu raciocínio, com aquele sentimento maligno que se apossou de mim fui até ela e dei-lhe um puxão pela camisa que ouvi um barulhinho, ops! Acho que rasguei a camisa dela, mas não importa porque eu nem tinha me dado conta, o escárnio e ódio eram tão nítidos em minha face que o Conrado se encolheu na minha presença, e vale ressaltar que ele é um dos melhores atletas do campus, ele é simplesmente um monstro. Ela me olhou como se pudesse me estrangular, mas depois reconsiderou a hipótese e apenas me ignorou, por fim dando continuidade à seção Desentupidor de privada (esse filme é novo), deu até nojo de vê-la grudada a ele pareciam que tinham se fundido, ela o agarrou como a vaca nojenta que ela é, argh! Ela simplesmente me ignorou? Não entendo, essa garota é louca? Alice não deve ter consciência de que a blusa dela esta rasgada e ela esta cercada de alunos fofoqueiros que amam uma confusão. Eu a cutuquei dessa vez com impaciência ao invés de ódio, e quem me olhou com fúria foi o convencido do Conrado.

- Você não se esqueceu de nada não Alice? Tipo... Um compromisso que você tinha numa certa lanchonete? – Ela me olhou calculando se podia ou não confiar em mim e olhando para os lados para ter certeza de que a platéia havia perdido o interesse e houvesse se dispersado, pelo que percebi; ela não queria chamar a atenção e me chamou para um canto com um gesto, fazendo um sinal para Conrado de: a gente se fala mais tarde.

- Olha aqui, eu só vou dizer uma vez, então preste atenção: não podemos ser amigas, não me leve a mal, você realmente é legal mas...

- Mas o quê?

- VOCÊ É MEIO BURRINHA NÃO É? Então eu vou tentar te explicar: eu não quero ser sua amiga, nunca quis, só queria era irritar aquela vaca da Andrômeda e não podia ter feito melhor, agora Conrado é só meu. Troca justa não? Eu já vou, não quero que ninguém me veja com você porque se ela souber... Não quero nem ver a zebra que vai dar e ah! Nunca mais fale comigo, muito menos me interrompa quando eu estiver com o Conrado, nunca mais, fui bem clara? – acho que murmurei algo do tipo “OK” ou sei lá o quê, não importa. Depois que ela saiu praticamente não movi um músculo, fala sério, eu ainda estava digerindo aquelas palavras; porque Andrômeda tem interesse em me isolar, e deixar sem amigos? tudo bem já sei o que você vai dizer: você só vive brigando com essa menina, ela roubou o seu namorado só de perversidade, ela tenta te humilhar na frente de todo mundo, ela te odeia porque você tira notas boas e por último porque você é a garota que o professor de biologia mais implica. Sinceramente eu não entendo porque essas loucas dessas garotas iriam querer que o professor implicasse com elas, só por causa da atenção? Talvez; mais sei lá viu... Porque ela desistiria de uma maldadezinha pessoal por outra? Será que o ódio que sente por mim vai além do habitual? Ou ela anda fazendo uns favores para agradar o querido verme? Será que... Não eu devo estar louca, além do mais você não vai quere escutar isso, eu estou falando sério... Você não vai querer saber o que eu estou pensando, não adianta discutir eu não vou dizer argh! Tudo bem eu digo, agora preste atenção, e se estiver lendo alto diminua o tom porque eu pensei que... Perdi o fôlego, só um segundo para me recompor, eu pensei que... que... que ele pode estar recompensando-a com aquilo que ela mais quer, pronto o alívio tomou conta de mim, colocar para fora me fez muito bem só que logo após a falta de ar me tomou conta, só de pensar nela e ele juntos, acho que até me esqueci de como se respirar, ela e todas as garotas do campus sonham com uma coisa: ele. Só de pensar chego a estremecer. Eu sei, eu sei tudo isso são suposições, sem chance de ser verdade, é uma teoria infundada e sem provas... Ou não. Vamos pensar um pouco, desde segunda-feira Andrômeda tem me atormentado, me deixando sem namorado, arruinou a minha vida social, ninguém mais fala comigo, e quando acho que fiz uma amiga a perco, fora o fato daquele imbecil do Verner ter de alguma forma persuadido o meu amigo, para mim ele vai ser sempre meu amigo! Enfim eu estou sozinha de novo.

O Diário de Zoey - part.7



I'm Zoey





Continuação de O Diário de Zoey









Voltei para o meu quarto e fui ver se conseguia fazer alguma atividade escolar, comecei com matemática que sempre me distrai, ter que descobrir quem é X me faz parecer um detetive eu vou narrar pra você: o sistema de segurança falhou e temos dois elementos no prédio muito conhecidos por X e Y, eles são elementos perigosíssimos então muita atenção, para poder executar a prisão com mais facilidade vamos primeiro encurralar/isolar X na primeira equação, elemento X preso com sucesso, agora ele vai ter que delatar Y ou se não a coisa vai engrossar pro lado dele, Y se entregou sem dificuldades.

Então? Não parece mais fácil? Esse é o meu modo de resolver um sistema sem dificuldades. Agora eu tenho uma pilha de exercícios tediosos de português, que eu aprendo de outra forma, narrando jogo de futebol. Vou mostrar: O grande craque da seleção da Língua Portuguesa ( a crase) entrou no campo de futebol para arrasar com a outra seleção a Escrita, que por sua vez estão pouco a vontade. O jogo começa com o A preposição + o A artigo que tem a mesma função do craque, eles estão fazendo tabelinha e acabando com o adversário, A artigo dá um passe lindo para a crase, só que ela está cercada por locução adverbial e locução prepositiva mas ela dá um chapéu em toda a galera e continua correndo, ela passa a bola para A preposição que continua fazendo tabelinha com A artigo, a Escrita está com medo desse trio que vai se aproximando da zaga, A artigo passa a bola para a crase que está cara-a-cara com o zagueiro, e ele é uma barreira e tanto porque ele é o numeral só que ele não explica horas e o bandeirinha marcou o impedimento porque quando ele recebeu a bola estava depois do zagueiro, a vitória está um pouco apertada e não pense que o jogo termina por aí não... Eu é que vou parar um pouco porque estou cansada e vou dormir. Boa noite!

Zzz... Eu sei que só posso estar sonhando, porque? Porque eu estou lavando o rosto na beira de um rio, o vento acariciando o meu rosto suavemente, a minha roupa é tão bonita, é um vestido com um tom de verde familiar que caiu como uma luva no meu corpo e que ainda deixava uma brisa envolver as minhas pernas e os ombros, estava descalça mas não havia importância porque com aquela relva macia sob os meus pés, quem iria desejar estar calçada? Eu só não entendia o porque eu me encontrava naquele lugar, porque aquele sonho não parecia ser meu, parecia ter sido idealizado para mim. Que estranho! Se tivesse piscado naquele instante teria perdido a entrada teatral e pernóstica do senhor Verner. Ele aproximou-se de mim, ficando mais próximo do que eu realmente queria, ele estava usando nada mais nada a menos que uma bermuda preta, muito bem desenhada, com o peito nu que parecia ter sido esculpido pelo próprio Zeus se é que ele não era Apolo e irradiava testosterona agora mais do que nunca. Eu não consegui disfarçar o quanto estava impressionada com ele e o quanto ele me fazia vibrar com a sua figura máscula, ele concerteza percebeu, não tirava aquele sorriso de canto de boca simplesmente devastador e que faria o homem mais lindo da face da terra ter inveja dele se é que ele já não o era. De repente ele ficou sério, aquilo acabou comigo, foi como se tivesse recebido um soco no estômago, e caramba doeu. Parecia que o seu riso faceiro iluminava a noite como o sol ilumina a escuridão e a transforma em dia, só que no caso dele era uma iluminação pálida como a lua, mas não significava pior e sim mais segura e mais romântica, sedutora, eu estava ludibriada e bêbada da sua presença. Ele parecia confuso e começou a falar o nome de Andrômeda, eu fiquei agitada e ele segurou o meu braço querendo que eu ficasse só que ele não parava de conversar com ela, eu quis sair correndo mas ele não deixava, era muito forte... Eu fiquei angustiada e gritei:

- ME LARGA! - na hora eu acordei e foi um alívio. Estava transpirando e as lágrimas jorravam pelo meu rosto, a angústia havia se apossado da minha alma, estava assustada demais para dormir e quase que por instinto levantei da cama, tomei um banho; vesti uma calça jeans, uma regata branca e um tênis, quase me esqueci do casaco ( lá fora está congelando) e só para você saber são duas da manhã. Eu comecei a vagar pelo campus, sinceramente me arrependi de tê-lo feito porque estava de madrugada e estava congelando, por isso não pestanejei e vesti o casaco. Caminhei bastante até que parei em frente ao dormitório dos professores era como se meu inconsciente quisesse me provar algo, era como se ele quisesse ter certeza de que tudo foi um sonho, eu queria saber se ela estava lá, eu precisava e não ia dormir enquanto não soubesse, calma Zoey isso tudo é loucura relaxa volta pro seu quarto e vá ler um livro ou qualquer outra coisa só não entre aí, é contra os regulamentos, e na moral você está ficando louca, como você confunde um sonho com a realidade? Ufa! Solto um suspiro de resignação e começo o trajeto de volta ao meu quarto, mas toda desastrada eu bato o meu braço numa árvore e sufoco um grito agudo de dor. Tinha que ser logo o braço que o professor apertou? Que droga... Pera ai, tudo o que eu queria era uma prova de que aquele sonho era a mais pura realidade e ai está, meu braço estava vermelho e parecia até uma tatuagem das mãos terrivelmente impecáveis de simetria dele. Volto para a entrada do dormitório e começo a andar em direção a porta e que surpresa ela está aberta, pera ai ela está aberta? Acho melhor voltar( lembra daquele papo de medrosa? Pois é não nego, estou quase me mijando de medo) e se ele for um vampiro e só está me esperando para a sobremesa, sobremesa sim! Porque o prato principal já era. Tudo bem eu tenho muita imaginação mais é que recentemente assisti a um filme de vampiros que só de lembrar gela a espinha ( você deve estar se perguntando, como uma pessoa tão medrosa assisti um filme do qual fica se tremendo toda só de lembrar? Porque nessa época eu namorava um idiota que amava filme de terror e por isso eu fui obrigada a ver aquela porcaria com ele, só de pensar daqueles caninos perfurando o meu pescoço, e me fazendo delirar de pura dor, sugando a minha força vital... Argh! Não é real, não é real) voltando para a fatídica realidade e tentando sem sucesso deixar de lado aqueles pensamentos satânicos de minha morte de maneira infernal, eu estou tomando coragem e entrando na toca do lobo. Só tem um probleminha, qual é o quarto dele? De repente eu escuto um som que veio da última porta do corredor ( eu só percebi porque a porta estava entreaberta) quando me aproximei e observei o que estava acontecendo ali o meu rosto perdeu a cor, eu teria desmaiado ou até tido um ataque de epilepsia, pena que eu estava em estado de choque para essas duas opções, porque só assim para não ver o que eu vi, mas ainda bem que eu fiquei quietinha, porque se não me descobririam. OK eu vou dizer o que aconteceu. O professor Verner estava acariciando o corpo nu de Andrômeda com sensualidade e massageando para aumentar o prazer, ela gemia de contentamento, ele parecia satisfeito consigo mesmo e sempre muito arrogante com aquele risinho convencido nos lábios, outra coisa que notei foi que ele queria que aquilo terminasse logo, ele queria satisfazê-la o mais rápido possível, ele queria que ela fosse embora e eu que ele não a tivesse possuído. As lágrimas ameaçavam ceder, era uma dor aguda que vinha do meu peito, o meu coração parecia estar no ritmo errado a depressão tomou conta de mim, eu queria desabar no chão, sumir, que simplesmente abrissem um buraco na terra e me jogassem dentro porque eu sozinha não tinha forças para fazer nem metade. De repente ele mudou de expressão, foi do escárnio para a surpresa. Por um segundo os nossos olhos se encontraram e agora eu sabia de onde conhecia aquele tom de verde (o vestido do sonho) era o mesmo tom daqueles olhos que eu amava, ele ficou paralisado, olhando nos meus olhos. Ele não conseguiu manter o olhar por muito tempo, baixou a cabeça como se tivesse envergonhado do que fazia, mas é claro que Andrômeda tinha que atrapalhar aquele momento, com os murmúrios de irritação dela. E ficou enfurecido com ela, e ele por sua vez demonstrou repúdio por ela. Eu saí correndo dali o mais rápido que pude e me esbarrei com um homem. Não tive coragem de levantar a cabeça e ver quem era só o abracei e chorei horrores.





O Diário de Zoey - part.8



I'm Zoey







Continuação de O Diário de Zoey









Depois de ensopar a camisa de eu não tenho a mínima idéia de quem seja, eu comecei a me acalmar e pensar no que havia acontecido... Eu me lembro muito bem deles dois em cima da cama dele ou seja eu acertei, devia confiar em mim mesma e seguir meus instintos, até agora eu acertei tudo, mas eu preferia não ter visto eles dois juntos, eu não sei porque aquilo doeu demais, mais do que deveria, eu simplesmente não posso gostar dele, calma Zoey só lembre como respirar. Vou tentar me concentrar no que está acontecendo agora, por exemplo: esse completo estranho está me consolando como se me conhecesse e tivesse guardado para si um grande afeto por mim, mas sinceramente não dou a mínima para quem seja, só não quero sair de seus braços, ele fez menção de me afastar um pouco para poder ver o meu rosto, mas eu não autorizei com algum murmúrio baixo que o deteve, então ele me guiou para que sentássemos num banco próximo, mas eu só conseguia pensar nele. Como se já não houvesse acontecido desgraça demais para uma vida inteira nessa hora começou a chover. Acredite era tudo o que eu mais queria, levantei subitamente e comecei a pular e cantarolar The Scientist de Coldplay...

Come up to meet you, tell you I'm sorry. - Vim pra lhe encontrar,

Dizer que sinto muito,

You don't know how lovely you are - Você não sabe o quão amável você é

I had to find you, tell you I need you- Tenho que lhe achar,

Dizer que preciso de você,

And tell you I set you apart - Dizer que a abandonei

Tell me your secrets, and ask me your questions - Conte-me seus segredos

Faça-me suas perguntas

Oh let's go back to the start - Oh, vamos voltar pro começo

Running in circles, coming up tails - Correndo em círculos,

Perseguindo a cauda,

Heads on a science apart - Cabeças num separado silêncio

Nobody said it was easy - Ninguém disse que seria fácil,

It's such a shame for us to part - É uma pena (nós) nos separarmos

Nobody said it was easy - Ninguém disse que seria fácil,

No one ever said it would be this hard - Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim

Oh take me back to the start - Oh, me leve de volta ao começo...

Eu estava me libertando daquele sentimento louco, a chuva limpava da minha mente os acontecimentos ruins daquela madrugada, era tudo o que eu precisava. Como na música eu queria que tudo voltasse a ser como era, eu quero a minha vida de volta, desde segunda-feira tudo mudou drasticamente e eu não sei o que fazer, a madrugada de hoje só provou que tem algo de muito errado, principalmente no fato de: uma aluna ter relações sexuais com o professor, eu nem sei o que eu vou fazer estou mais perdida que cego em tiroteio e só existem duas opções:

Ou eu finjo que nada está acontecendo

Ou eu entro nessa com tudo para descobrir o que de errado sucedeu nessa porcaria de campus

Ou será que sempre houve e era tudo por debaixo do pano? Nessa hora escutei alguém chamando a minha atenção com um pigarro, ah! é mesmo, nem me lembrava que tinha companhia, e agora é a hora da verdade quem estava me consolando era? Quando vi quem havia estado comigo a curiosidade estampada no meu rosto deu espaço para a decepção, era o Phil. Porque esse desmiolado para começo de conversa estava ainda aqui? O meu corpo ficou tenso por causa da pressão que a minha mente exercia sobre mim, estava tomada pela cólera maligna, queria arrancar o seu coração e despedaçá-lo assim como fez comigo nesta tarde, ops! Correção ontem... É que já é de madrugada para ser mais precisa é quarta-feira. Ele levantou os braços como se estivesse dizendo eu me rendo, ele concerteza percebeu que eu não o havia perdoado.

- Me desculpe!

- Agora é me desculpe, muito obrigada por ter ficado comigo quando eu mais precisei. Aliás você não me deve nada, eu nem te conheço direito.

- Mas conhece mais do que a maioria, conhece mais até do que a minha mãe.

- Olha não envolva a sua mãe nisso porque ela não tem como se defender.

- Eu só quero que me desculpe, só isso.

- E porque eu deveria dar ouvidos a você, hein?

- Eu não posso falar, vai ter que confiar em mim.

- Ah tá! Eu vou ter que confiar em você, tarefa fácil não acha.

- Pára de gritar, se não podem nos ver juntos.

- Legal. Ninguém mais quer ser visto ao meu lado, eu devia andar com uma placa dizendo Tenho Amigos Invisíveis. - Ele riu, mas sem humor nenhum porque o sorriso não chegou até os seus olhos, ele estava azedo como se tivesse chupado limão.

- Eu estou indo para o seu quarto para conversarmos melhor lá. Tchaul. - Ele falava comigo sempre sussurrando para que não o ouvissem, será que alguém nos escutava? Tive a impressão que sim, de que alguém me observava de longe, claro que tonta! O senhor Verner devia estar nos vendo, acho que o Phillipe tem medo dele, será que ele o havia ameaçado ontem? Sei lá mas eu não quero pagar para ver, eu tenho medo dele furioso, e é como ele deve estar. Eu saí correndo, não queria ficar lá sozinha, porque se ele aparecesse, aiaiai, o que ele faria comigo? Será que tentaria me convencer de que tudo aquilo que vi não era nada do que pensava ser? Ou será que tentaria me seduzir sordidamente para que fosse mais uma de suas amantes? Era isso que Andrômeda era?

Quando cheguei ao meu quarto estava completamente sem ar e um pouco suada, mas o Phil não estava lá. Será que aquele verme fez algo com ele? Eu o mato se ele fizer algum mal ao Phil eu juro, é uma promessa. Tirei a roupa molhada que já fazia uma poça, tomei outro banho (bem quentinho), e não aguentei mais o cansaço e desmaiei de sono.Tive um pesadelo terrível aonde o meu amigo me pedia para ajudá-lo mas eu estava com tanto medo que me borrei literalmente e pior depois entrei numa espécie de transe, caramba ele morreu na minha frente, não me lembro bem como ou o se alguém o havia matado, só me lembro que ele havia morrido porque eu não fui capaz de salvá-lo, acordei gritando o nome dele. Quando olhei o relógio ele ainda marcava 5 da manhã, eu só havia dormido duas horas de relógio, advinha quem estava sentado ao lado da minha cama? Era o senhor Verner, eu dei um pulo da cama, ele sorriu divinamente, e aquele sorriso me assombrou, ele se levantou e disse:

- Calma, está tudo bem! O seu amigo está te esperando do lado de fora. Só entrei para saber se está bem. - a cada palavra pronunciada o meu rosto ía perdendo a cor, estava pálida de MEDO. Ele já estava fechando a porta para o meu alívio mas resolveu voltar o meu corpo voltou ao mesmo estado de tensão , ele pareceu perceber mas continuou fingindo que nada havia acontecido

- Você não quer falar com ele?

- Claro, claro - respondi rapidamente, ele sorriu de novo, mais dessa vez foi mais espontâneo, o sorriso quase alcançou os seus olhos

- Sobre o que você viu... - com um gesto eu o parei e disse

- O senhor não me deve explicações! - ele suspirou com resignação e pensou um pouco sobre o que eu disse, era como se ele quisesse dizer algo, mas pareceu deixar essa conversa para mais tarde e saiu para o meu alívio. Então agora é a hora da verdade e eu tenho certeza que ele sofreu algum tipo de lavagem cerebral pelo verme, mas tudo bem eu estou psicologicamente preparada, que venham os trovões!

O Diário de Zoey - part.9





I'm Zoey





Continuação de O Diário de Zoey





A hora da verdade já começou, começou desde o momento em que eu o vi. Nunca havia o visto tão bem e sóbrio, mas isso lhe proporcionou marcas roxas debaixo dos olhos como se fossem hematomas (eram olheiras), ele estava com uma camiseta preta em V e calça Jeans nunca o vi tão bem e tão mal ao mesmo tempo, a angústia estava presa em seus olhos era como se ele quisesse me abraçar e me dizer algo mas não podia e ao mesmo tempo não queria, eu não sabia se corria e abraçava ele ou se mandava ele ir embora, mas aquele olhar era perturbador eu não aguentei, e tomei uma decisão... Mesmo que ele me renegue e rejeite-me preciso abraçá-lo e é isso que eu vou fazer. Eu corri até ele e o agarrei, ele ficou surpreso e desarmado com a minha atitude totalmente espontânea afinal nem eu mesma esperava aquela repentina vontade. Mas logo a consciência recobrou-me os sentidos e o larguei e pedi desculpas pelo ímpeto com algo do tipo:

- Desculpe; não sei o que deu em mim!

- Tudo bem.

- Você não tem nada para me dizer? - Parecia que ele queria prolongar muito aquele momento - Se você não vai dizer nada pode ir embora. - Ele achou graça de alguma coisa que fugiu a minha pessoa, pois riu de forma descarada - Zomba de mim?

- Não, não. É que quando eu cheguei você me abraçou e agora me expulsa? Não compreendo.

- Você pode dizer logo o que deseja eu quero dormir, e estou impossivelmente cansada.

- Você tem razão são 5 da manhã e concerteza você está cansada. Olha...Eu só queria te dizer que...

- Que...

- Que... Eu gosto muito de você e que... Desculpas por toda essa maluquice.

- OK, agora vá embora eu ainda tenho pelo menos uma hora de sono.

- OK, Good Night* - Ele fez menção para que me deitasse e depois beijou a minha testa (eu corei, mas acho que ele nem percebeu) e foi embora me deixando finalmente em paz. O sono me espera e dessa vez sem pesadelos, por favor!

Eu queria muito não ter tido pesadelos, mas foi algo impossível dessa vez (como das últimas) tudo o que eu via era Andrômeda gritando, apavorada. Ela queria a minha ajuda, que estranho eu não entendia nada eu nem conseguia vê-la, mas sabia que era ela... O desespero tomou conta de mim. Eu acordei gritando ou pelo menos acho que gritei, pois não saiu nenhum som da minha boca seca, consegui acordada me lembrar de tudo com uma nitidez apavorante. Eu agora entendo porque eu não conseguia vê-la, porque simplesmente eu estava observando tudo com o ponto de vista dela, e por isso as emoções eram tão reais... Eu não pronunciei nenhuma palavra desde que acordei, parecia que estava muda, a minha garganta doía muito, ah! Eu acho que sei o porquê disso tudo... Eu estou rouca e sem voz por causa do banho de chuva, ou seja, estou megagripada. Quem está do meu lado? Você deve conhecer aquele filme Predadores, eu estava me sentindo justamente nesta porcaria porque predador verme gigante estava lá de novo aguardando que eu acordasse.

- Bom dia Zoey!

- Bo-bom dia – disse com dificuldades e muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito rouca, ele logo ficou preocupado e veio ver se eu estava com febre, ele começou a fazer umas caretas e a listar os meus sintomas.

- Febre concerteza alta, olhos vermelhos, rouca... Você está sentindo a garganta inflamada?

- Sim, sim. – Ele sempre sorri quando me vê desconcertada e zonza com a sua aproximação. Quando ele tocou a minha testa febril foi tão... Tão... Indescritível. Ele é tão indescritível.

- Zo? Você não está nada bem não é?

- Tomei chuva, fiquei um tempão com a roupa molhada, além de dormir com o cabelo ensopado e ter tido a pior noite de sono da minha vida.

- Espero que eu não tenha tido alguma influência no seu sono e na sua gripe.

- Claro que tem, não venha dar uma de desentendido, a culpa é toda sua. Se não fosse aquela merda de sonho... – Eu explodi, porque era isso que eu era... Uma bomba relógio pronta para explodir. Me controlei, respirei fundo. O que aquela merda de sonho tinha haver com ele? Eu não estou insinuando que... Oh não! Sem chance, então ele é o quê? Um feiticeiro? Aff’z isso está ficando macabro e eu estou pisando em terreno perigoso, ele não pode achar que eu sei que tudo isso é real ou se não as coisas podem ficar como para Andrômeda, será que era isso? Ela sabia demais. Mas era só um sonho e na noite passada também foi só um sonho e que sonho, de certa forma era megarreal. Ela precisa de mim, mas aquilo já deve ter acontecido porque se eu estou usando como base o sonho anterior... Foi algo do presente, não esse sonho é diferente. Eu tenho que achar aquele predador (andróide infernal). Ele percebeu que eu estava confusa e decidiu mudar de tática.

- Conte-me sobre esse sonho que você teve...

- Esquece; é muito piegas... Vai ficar parecendo que eu sou um daqueles tipos que é apaixonada pelo professor.

- E você não é? – A pergunta dele me pegou de surpresa, foi como receber um soco no estômago. Ele mudou de estratégia de novo. Será que depois de tirar de mim a minha virgindade e pureza vai me jogar fora como se fosse um feto e fizesse parte de uma gravidez indesejada, como fez com Andrômeda? Sei lá.

- Oh não, claro que não!

- Olha Zo; não é nenhum pecado admitir seus sentimentos. – Aquela conversa estava tomando um rumo que eu não queria e ele falava tudo confortavelmente da sua cadeira que se encontrava a cabeceira da minha cama, e falava como se fosse o meu analista (não que eu tenha um, mais uma vez a minha mãe obrigou todo mundo de casa a ir ao analista porque segundo ela é algo que é essencial para uma vida saudável, ou seja sempre conversar com um profissional, eu não vi nada de diferente em mim ou qualquer outra pessoa daquela casa, principalmente no meu irmão mas voltemos a realidade).

- A real é que eu o odeio tanto que se não fosse meu professor eu já o teria matado e pra confirmar isso eu coloquei um apelido em você de...

- De Verme?

- É. Como sabia?

- Eu sei de tudo.

- OK, senhor onisciente.

- Você não me leva a sério não é? Mas tudo bem, vou mostrar que falo sério. – nesse momento tudo pareceu se transformar em pó. Ele me beijou e era tão doce a sua boca e o seu hálito tão frio e irresistivelmente incrível. Se tivesse piscado não ía perceber que ele se aproximava, foi tudo tão rápido. Foi um beijo que me deixou completamente sem ar, ele tentava incansavelmente quebrar barreiras que eu cuidadosamente coloquei para me proteger de situações como essa, quando percebi ele já estava em cima de mim e tentando tirar a minha roupa. Eu não sei da onde tirei forças (até porque eu não queria) para dar um pulo da cama. Eu explodi de novo e gritei com ele.

- SEU VERME DESPREZÍVEL E ABOMINÁVEL VÁ EMBORA DESSE QUARTO E DA MINHA VIDA. EU QUERO VOCÊ BEM LONGE DE MIM, E NUNCA MAIS ME TOQUE OU ME BEIJE, ENTENDEU? – Eu respirava de forma ofegante e fazia gestos desesperados e... Comecei a chorar e desabei no chão perdendo assim a consciência, acho que desmaiei. Quando acordei estava na enfermaria e apavorada gritei para chamar a enfermeira Ela apareceu sobressaltada e me observava tentando me examinar e seja lá o que viu quando sintonizou com os meus olhos a fez estremecer, ela me abraçou e começou a chorar (eu senti um cheiro estranho como o de sangue) comecei a ter vertigem aquele cheiro me deixa enjoada. Ela me segurou e recolocou na maca. Eu a chamei e disse com a voz rouca e fraca:

- Existe a possibilidade de que eu tenha sido estuprada? – Ela ficou perplexa com a minha pergunta.

- O professor Verner tocou em você?

- Eu não sei... Eu não me lembro eu juro. Alguém antes dele chegar pode ter tocado em mim eu não sei... Estou me sentindo suja... Argh! Me ajude! Faça o teste pra saber eu te suplico. – Ela fez o que eu pedi sem muitos questionamentos, concerteza percebeu a minha angústia, eu estava concerteza desesperada. Perguntei a ela da onde vinha aquele sangue, ela ficou surpresa com a minha pergunta. Meggie era o nome dela mas todos a chamavam de Meg, Ela começou a jogar água sanitária no chão e esfregar com murmúrios do tipo “Eu não sou paga para esfregar o chão” ou “Eu estudei tanto para trabalhar como uma doméstica?” eu ri baixo mas ela captou o meu humor e disse:

- Do que você está rindo? Nada disso é engraçado, uma garota da sua idade foi encontrada no bosque toda ensangüentada. – Na hora o assombro tomou conta de mim e um grito agudo escapou da minha boca

- Andrômeda? A culpa é toda minha eu devia... Devia ter ficado consciente e ter ido atrás dela, ela não merecia... Eu sei que ela era uma chata, mas... Ela não merecia! – As lágrimas jorravam da minha face como uma cachoeira eu senti o meu rosto incendiar de ódio, eu comecei a levantar da maca e andar, mas a Meg me parou a tempo

- Você sabe quem foi? – Eu revirei os olhos – Não tem certeza é isso? – Eu fiz que sim com a cabeça – Não adianta você sair daqui e tentar matar/estrangular o professor Verner.

- Como? ...

- Como eu sei?

- É.

- Todos sabem das coisas que o Verner faz, mas ninguém faz nada. São todos cúmplices, eu não quero que isso continue...

- E porque ninguém faz nada?Que droga.

- Eu sei. Só que não adianta você chamar a polícia, tem que ter provas, entendeu? Tem que provar que ele está fazendo muita coisa errada.

- Como?

- Ele tem alguns amigos policiais, promotores, juízes, advogados, embargadores e por aí vai, ele é um homem influente, inteligente e muito esperto. Tem um detalhe...

- E qual é?

- Ele está muito descuidado.

- Hã?

- Exatamente, ele gosta de você. De um jeito doentio mais gosta. Andrômeda me fez algumas confissões antes de ir ao hospital.

- Ela está viva?

- Claro que sim. Eu a encontrei a tempo!

- Graças a Deus!

- A Deus não a você.

- Como assim?

- Você delirava enquanto dormia e descreveu onde estava Andrômeda e disse salvem-na.

- Eu disse isso? Impossível.

- Foi sim. Eu fiquei preocupada e bisbilhotei para saber dela e parece que não estava nem na sala de aula e nem no dormitório matando aula...

- Mas ela podia ter fugido do campus, ou sei lá...

- Eu só fui mesmo porque você acordou e segurou a minha mão com força, me olhou nos olhos (e devo dizer que você estava devastadoramente angustiada) e falou no meu ouvido “Salve-a ou leve para o túmulo esse peso por não tê-la salvado”, devo dizer que fiquei apavorada...

- E o que eu disse depois?

- Nada de significante.

- Como assim nada de significante?

- Desmaiou de novo e depois voltou a delirar. Você está sob muita pressão não é? – Acenei com a cabeça que sim, ela continuou – Você sabe o porque uma pessoa tem como suor sangue?

- Sim, é quando ela está sob grande pressão. Um exemplo clássico foi Jesus.

- Exatamente, foi isso que aconteceu com você.

- Hã?

- O que aconteceu com Jesus.

- Eu não queria que ela morresse, eu a odeio sei disso, mas gostaria que alguém velasse por mim, que fizesse o mesmo. – disse cabisbaixa - Mas ela não o faria se estivesse no meu lugar e eu no dela, concerteza.

- E isso tem importância? – dei de ombros, pois eu não tinha noção da resposta. Voltei para a maca, estava cansada e precisava dormir. Sabe aquela música de Nxzero – Só rezo? Que ele canta que só reza pra ficar bem? Pois é, eu só rezo para dormir sem pesadelos e sonhos, e é claro: eu só rezo pra ficar bem!

O Diário de Zoey - part.10







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Continuação de O Diário de Zoey







Aquela reza toda adiantou no início mas depois... Eu acordei subitamente como se a minha vida estivesse por um fio (e realmente estava) você deve estar se perguntando essa garota é louca? Também, mas que fique claro uma coisa... Quando eu acordei a Meg estava conversando com o predador verme gigante e parece que ele estava muito contrariado com a presença dela, será que ele gostaria de estar a sós comigo? Senti um calafrio na espinha. O diálogo continuava sem que eles dessem conta de que eu estava acordada.

- Verner meu amor; você tem que entender que eu não podia deixar Andrômeda morrer - disse ela se jogando nos braços dele, eu percebi isso pelo grunhido dele de reprovação e por tê-la empurrado mas isso não a parou de se jogar nos braços dele - Eles iriam me tirar do caso, você gostaria que o Monk entrasse no caso? Tenho certeza que não. - enquanto ela dizia isso provocava ele fazendo beicinho e passando a mão no corpo como a enfermeira fogosa que era (pronto ganhei outro predador: A enfermeira fogosa) mas como foi que eu descrevi tão bem aquela cena? Você deve estar se perguntando, simples, eu não aguentei a tensão e abri os olhos não perdendo assim o espetáculo que começou. Ele a JOGOU NA PAREDE você não tem noção de como aquilo me feriu, senti o meu coração desfalecer como se tivesse sido dilacerado (pela segunda vez) a lágrima desceu pela minha face e nesse momento ela havia tomado o lugar que inicialmente era dele, jogando-o na parede esfregando-se nele, provocando-o, mas ele parecia uma estátua de mármore, ele não reagiu as carícias petulantes dela, aquele verme ficou me observando observar. Parecia que me ver triste ainda mais sendo por ele o machucava também, de alguma forma. Eu não podia deixa-la possuí-lo... Ele é meu. Então fingindo que havia acabado de acordar eu chamei pelo nome dela.

- Meg... - Disse com a voz rouca e fraca - Eu preciso de você... - Ela saiu em disparada ao meu encontro

- Está tudo bem meu amor?

- O que ele está fazendo aqui? - Quando eu disse ela nem vacilou ou ficou desconcertada, agiu com uma naturalidade descomunal, como se fosse uma verdade absoluta, se eu não houvesse visto todo aquele espetáculo acreditaria nela sem pestanejar

- Ele veio te ver, queria saber se estava melhor.

- Eu poderia falar com ele a sós? Por favor. - Pela primeira vez vi surpresa no olhar dela, ela bem que tentou mas não conseguiu disfarçar a curiosidade. Concerteza estava se mordendo por dentro, mas foi coerente e se retirou fechando a porta, trocando olhares de mim até o predador.

- Eu peço desculpas pelo que viu, quanto mais eu tento concertar as coisas mais...

- Posso fazer uma pergunta pessoal? - disse interrompendo-o

- Pode, claro. - Ele disse desconcertado - O que você quiser.

- Existe alguma garota do campus que você não tenha... Você sabe! - Ele sorriu de forma descarada e com malícia, Epa! Ele está me interpretando errôneamente.

- Você. - ele esperava que eu ruborizasse ou algo assim, mas eu mantive o equilíbrio emocional, porque havia ficado fria depois do que vi, aquilo me gelou por dentro e por fora.

- Que piegas. - ele percebeu que aquela tática não ía colar, eu odeio cantada barata. Ele sorriu; dessa vez cauteloso.

- Zoey; o que exatamente você quer de mim? Queria deixa-la com ciúmes? Provavelmente conseguiu, quer me deixar mal pelo que estou fazendo? Concerteza conseguiu. Eu não te entendo, há segundos você chorou porque me viu com outra e agora fica me dando gelo, simplesmente não te entendo.

- Eu não quero estar com alguém que além de meu professor se deita com todas as garotas do campus. - Ele pareceu refletir por um tempo sobre aquilo e concluiu

- Você quer um compromisso é isso?

- Ah! Fala sério eu não...

- Me deixe terminar de falar, - Enquanto ele falava caminhava de um lado para o outro - Você quer que eu seja só seu não é isso?

- Eu não quero nada, só disse...

- Tudo bem, eu aceito.

- Eu não te pedi para aceitar nada.

- Se essa é a condição por mim tudo bem, não vou estar com mais ninguém além de você. - Depois de dizer isso ele se aproximou de mim e com carinho me beijou, foi de forma tão harmoniosa que senti a minha cabeça girar, ele havia quebrado todas as minhas resistências eu não tinha força para negar aquele beijo! E quando ele me olhou foi de maneira terna, fez o meu coração palpitar de amor. Mas e quando ele enjoasse de mim? Ele iria fazer comigo o que fez com Andrômeda? Ía me matar? Aquela palavra gelou o meu estômago e o medo tomou conta de mim. Ele pareceu perceber a minha angústia, era impressionante presenciar a sintonia que havia entre nós.

- Zo? O que foi? Você está me deixando preocupado.

- Quando você terminar de me usar vai me matar como fez com Andrômeda? - disse rudemente, confrontando-o. A sua expressão mudou e o meu estômago doeu ou seja pisei em terreno perigoso.

- Zo o que você pensa que eu sou?

- Vamos acabar com esses joguinhos, eu já disse o que eu acho que você é.

- Um verme?

- É. - ele riu sem humor, como se eu tivesse dito que Papai Noel existe ( sem noção)

- Zo, dá pra você se concentrar no agora? Eu não vou te matar tá legal?

- Pelo menos não enquanto eu for útil.

- Não dá mesmo pra conversar com você, não é? - Ele começou a marchar em direção a porta, com pisadas fortes que traduzindo significavam que ele estava irado, e concerteza é comigo.

- Você vai embora - a sensação de vê-lo me dar as costas me desesperou tanto que a minha voz subiu duas notas, ele parou e ficou pensando um bocado enquanto eu o observava sentada em cima da maca, ele voltou com relutância e com o ódio ainda claro em seus olhos exceto em sua face que era gélida. E disse:

- Você me confunde - ele disse com uma agonia tão triste em sua face que não resisti e o abracei, aquilo o desarmou. Eu estava tão enfurecida com o Verner que nem me dei conta de o quanto ele estava lindo ( como se fosse possível) ele estava com uma calça jeans escura e uma camisa de algodão com gola pólo toda listradinha, era tão impossivelmente possível tê-lo nos meus braços que corei. Ele percebeu e me abraçou com mais força, depois levantou o meu rosto com o dedo dizendo

- Você é a minha Vênus que inspira o amor no meu coração. - e depois começou a recitar uma linda poesia - Te encontro nas manhãs flutuando

pelas ruas ainda desertas da cidade.

No café, voando em liberdade, nua,

buscas um lugar, uma mesa vazia.

Vai amanhecendo o dia. Há fumaça no ar.

todos se agitam rumo ao trabalho

(mas, primeiro tomar um cafezinho),

corre, corre, vai correndo o dia.

Nessas manhãs te encontro voando,

a face revestida de felicidade, nua,

os gestos ingênuos de sensual carinho.

De manhã, Vênus Terrena, não pousas, flutuas.

Emociona relembrar tuas ancas desmaiadas,

nuas, redesenhadas contra a claridade... - E foi naquela harmonia que adormeci em paz, sem sonhos ou pesadelos rondando a minha mente.

O Diário de Zoey - part. 11



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Continuação de O Diário de Zoey



Despertei com o som de uma conversa nervosa e tensa, distingui de imediato a voz da minha mãe e a julgar pelo tom de voz ela estava prestes a entrar em ebulição.

- Henry! Quem essa Meggie pensa que é? Eu estou quase perdendo a paciência - disse ela aos gritos, ele bufou

- O que foi? Está querendo dizer que eu sou desequilibrada? - melhor interromper essa conversa antes que as coisas piorem

- Mãe... - consegui dizer com a voz fraca, ela ficou perplexa

- Minha filha! - ela sussurou na minha orelha cheia de emoção - Está tudo bem com você?

- Sim mãe.Tudo bem. - Espero que sim, acrescentei mentalmente - Henry?

- Oi meu amor! - meu pai é um homem de poucas palavras, ao contrário da minha mãe que tem pavio curtissimo (rs)

- Oi - disse com um sorriso fraco, que saudade daquele homem! Há quanto tempo não os vejo? Acho que desde o cruzeiro que fizemos nas minhas férias. Tentei me levantar, mas foi inútil não tenho forças nem pra levantar uma palha, então o Henry me ajudou (ele é como um pai pra mim), minha mãe estava silenciosa demais e de costas, eu nem sei o que se passa na cabeça dela, tem algo nisso tudo que não me agrada! Eu podia sentir a tensão que emanava dela, podia quase tocar no desconforto que ela sentia, podia ouvir o som desconcertante da sua respiração que falhava nos momentos que ofegava, ela estava arrasada, eu sabia que chorava. Mas porque? Abruptamente ela virou-se e pude ver a angústia que consumia todo o seu ser (pode parecer drama, mas só digo o que vi) ela me fitou com uma urgência descomunal e verbalizou de forma confusa o que tanto a afligia

- Minha filha?! Me diga... Não nos poupe a verdade... Alguém abusou de você? - Enquanto ela falava eu franzi o cenho - Eu sei que é um assunto complicado, mas... Eu não aguento mais essa tensão. Eu preciso saber! - Eu levei um minuto para entender o que ela queria dizer, e quando percebi fiquei chocada, eles não vieram me ver porque eu estava mau, mas porque achavam que eu havia sido estuprada? Quer dizer que se estivesse apenas doente eles não viriam? Que tipo de família é essa que eu tenho? Essas dúvidas me assombraram então eu estremeci diante daquele mar de incertezas, fundo demais para uma adolescente insignificante como eu. QUE DROGA. Minha mãe interpretou errado as minhas reações e começou a gritar como sempre faz quando tem uma ADP (ataque de pelanca) então os dizeres começaram com algo do tipo "eu sabia" seguido de "eu carreguei essa garota por nove meses para isso?", ela se descabelou, enfim, deu a louca na coroa, mas como sempre em nenhum momento ela me ouviu. Fingiu que eu nem existia, que é exatamente o que faz desde que ela e o meu verdadeiro pai se separaram... Pera aí! Cadê ele? Não importa, aliás ninguém se importa! Eu tentei chamá-la mas ela estava ocupada demais com o seu discurso sobre como a vida era cruel com ela, etc, e etc... Enquanto isso o Henry apenas me observava atentamente, para saber o que se passava dentro da minha cabeça, mas eu só estava irritada pelo fato deles não me ouvirem, era só isso! O Henry ainda me olhava, encontrei piedade naqueles lindos olhos azuis, aquilo era a gota d'água. As lamúrias começaram a ficar insuportáveis, e eu parecia uma bomba relógio que quando chega ao ápice cabum! Estoura...



- CHEGA! Dá para vocês pararem? - O Henry não entendeu muito bem a parte do vocês pela expressão de incredulidade, apesar do Henry não ser o meu pai de verdade é como se o fosse, eu o conheço muito e o admiro, porque cá entre nós qualquer um que consiga ficar mais de 5 minutos ao lado da minha mãe merece congratulações. Minha mãe ficou super ofendida e começou a tagarelar muito mais, eu fechei os olhos e a minha cabeça latejava. O monólogo da minha mãe prosseguia me irritando e dando nos nervos. Eu não sou nenhuma inválida e nem pretendo ser. Para sair dessa maca eu seria capaz de doar metade do meu cérebro e é isso o que eu vou fazer, levantar e não pensar em mais nada, não sou nenhuma patricinha mimada e nem uma senhora complexada. Me levantei (ignorando a vertigem que me acertou em cheio e que insistia em me derrubar) mas não desisti, fiquei de pé, peguei as minhas roupas e tomei um banho. Quando eu saí da enfermaria minha mãe tentou me impedir puxando meu braço, mas eu consegui me soltar e fui caminhando lentamente pelo caminho até o meu dormitório, enquanto o Henry conversava com a Martha.

- Ela precisa de ar puro!

-Mas...

- Deixe a menina ir, depois ela volta - Eu adorava isso nele, a liberdade regrada, ele sabia que eu precisava de tempo. Respirei fundo, e o ar puro do campus invadiu as minhas narinas em contentamento destas que vieram com um quê de liberdade, eu não suportava mais ficar presa naquela enfermaria. Foi então que encontrei Alice e para a surpresa geral ela veio falar comigo

- Olá, Bela Adormecida!

- Olá, amiga invisível! - ela gargalhou da minha ironia

- Achei que tinha superado essa fase. - disse risonha e de bom humor

- E eu que você não ía mais falar comigo!

- Fala sério! A garota está no hospital e eu e o Conrado terminamos...

- Oh! que pena... Mas falando em hospital e Andrômenda... Você sabe como ela vai? Estou muito preocupada com ela! - Completei meio constrangida, mais uma vez ela gargalhou com a incredulidade estampada na face, me deixando pior do que já estava.

- Você é a última pessoa que eu esperava que me perguntasse isso, a garota te infernizou e você me pergunta dela? Então é verdade o que me falaram? Oh meu Deus!

- Depende... O que te falaram?

- Você sabia aonde ela estava! - disse com veemência

- Eu tive um sonho, só isso... Apenas coincidência!

- Você é uma garota do tipo PA- RA- NOR- MAL? Eu nem acredito... Eu tenho uma amiga que vê o futuro?

- Hã? Amiga?

- Eu já disse que eu estou falando com você!

- E eu não tenho que aceitar ser sua amiga?

- Você não tem muitas opções de amizade sabia?

- Tá legal! Tá legal; você tem razão, mas fala baixo por favor!

- Eu tenho que ir agora, mas tarde eu passo no seu dormitório pra você me explicar essa história de novo, OK?

- OK! - E dito isso fui embora deixando para trás Alice com o seu entusiasmo frívolo. Chegando no meu quarto fui faxinar aquele ninho de cobra com filhote de cruz credo que apelidei carinhosamente de quarto. Ao terminar me encontrei em exaustão, peguei o meu celular para conferir as mensagens, chamadas e etc... Mas que surpresa tinha uma mensagem do ex-mô falando "precisamos conversar, quando puder me liga!" e outra surpresa já estamos na quinta-feira, ou seja, perdi dois dias de aula. Parece que hoje foi o dia das surpresas, mas ao meu ver nenhuma boa, algumas até razoavelmente boas, mas definitivamente nenhuma excelente, só sei que preciso de outro banho!



O Diário de Zoey part. 12



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Consegui sair do banheiro sem aquelas terríves teias de aranha que tomaram conta do meu cabelo, e a poeira do corpo... Que banho maravilhoso saí com o cabelo cheirando a morango, enrolada na toalha fui até a minha escrivaninha e liguei o meu aparelho de som para escutar The only exception de Paramore (vc eh a exceção), quando voltei a realidade do meu quarto impecavelmente limpo e arrumado encontrei o Phill me observando e que susto, não vou mentir não...EU GRITEI! rs. Ele se aproximou e levantou os braços na minha direção, eu não resisti e o abracei.

- Z?

- Z? Que bonitinho - Ele sorriu

- Não gosta?

- Claro que gosto, é muito fofo!

- Z; você está diferente... - disse fanzindo o cenho - está muito insegura...

- Eu sei, ando dependendo demais das pessoas, do que elas pensam... Mas é que eu estou sozinha nessa!

- Isso não é verdade... Penso em você com frequência... Na verdade o tempo todo!

- Porque não foi me ver?

- O Verner estava lá, eu não quis dividir você no meio - rimos muito dessa hipótese extraída da bíblia (o rei Salomão) - eu tenho que ir - ele me deu um beijo na testa e foi embora, me deixando naquele quarto ao som de Paramore!

Fui escolher uma roupa e optei por uma bermuda jeans; uma blusa de manga longa preta com dois botões na frente (também pretos); e um all star preto com o cadarço branco. Agora é só sair a caça do casal 20, por dedução pura e lógica os meus pés me levaram até a lanchonete e bingo! Eles estavam lá. Eu me sentei ao lado deles e os acompanhei no lanche pedidndo um suco de laranja e um sanduíche natural, casualmente começei uma conversa

- E o John? Porque não veio? - Eles se olharam por alguns segundos com cautela e depois me fitaram tentando encontrar a resposta certa, minha mãe pela primeira vez na vida estava sem fala (que conveniente) então o Henry foi o porta-voz e isso não é bom sinal, já que ele não é muito de falar, a notícia deve ser ruim.

- O seu pai está viajando com a noiva, ela está grávida, ele nem ficou sabendo do estupro nem nada! - ele terminou de falar torcindo um pouco.

- Ah tah! - disse não conseguindo disfarçar a decepção e frustração que me golpeou, minha mãe terminou de comer e começou a tagarelar como sempre fazia, o que de certa forma me consolou bastante, pois precisava escutar amenidades e esquecer coisas mais sérias do tipo: eu sempre fui muito ligada ao meu pai e nós sempre estudamos juntos, e tivemos dicussões acadêmicas, e falamos de namorados, e uma infinidade de coisas, mas ele se casou e nem fala mais comigo, nem me ligou desde essa maldita lua-de-mel e eu respeitei ele querer curtir a mulherzinha mas... A filha dele foi estuprada e ele não está nem aí, aposto que ele sabe de tudo e disse que estava ocupado, ele ultimamente anda muito ocupado, ele nunca foi um pai ruim e agora tem sido o pior, e eu nem posso culpar a minha madrasta ela sempre me tratou super bem... Eu tenho que para com isso ou vou chorar... Calma ZOEY segura a lágrima, segura garota. Você só está pensando besteira. Involutariamente disse

- Ele nem sequer ligou... - uma lágrima escorreu na minha face e eu me odiei por isso, estar chorando por ele... Minha mãe se comoveu e começou a chorar comigo e me abraçar e dizer "vai ficar td bem meu anjo, vai ficar", ou algo do tipo " nós estamos aqui" enquanto essa cena desastrosa se passava a galera ía passando e presenciando aquele momento constrangedor e eu vi o Verner... Ele me olhou de um jeito que eu não gostei, acho que vi ódio, amargura, e algo que não consegui decifrar, talvez decepção... Não sei. Depois ele vai ter q me explicar! Quantas emoções me rodeando, estou beirando o desespero! E esse mistério rondando esse misterioso professor de biologia está me levando a loucura. Minha mãe voltou a falar de amenidades do tipo: ela e o Henry vão fazer outro cruzeiro no final do ano e ela quer me levar com ela de qualquer jeito, falou que a minha prima engravidou aos 15 anos e que lá na casa da minha tia está a maior confusão, e completou todo o falatório dizendo que se eu ficasse grávida por causa do estupro eu poderia abortar, e ainda disse mais, que ía me apoiar no que eu precisasse e eu não precisava me preocupar com nada que se eu quisesse levar em frente a gravidez e depois entregar o meu filho para algum casal, ela conhecia um perfeito e que eu poderia continuar vendo o baby quando quisesse! Eu nem acreditei.

- O que aconteceu com a minha mãe e quem é você? - Ela sorriu e debochou

- Você é muito engraçadinha, eu só estou tentando ajudar...

- Eu sei mãe e agradeço, mas eu nem tenho certeza... Porque nós não vamos até a enfermaria e vemos se já chegou o exame? - O meu padrasto é que estava muito feliz com tudo aquilo (eu estava me dando bem com a minha mãe e nós estavamos uma escutando a outra, isso era encantador, mas sinceramente não sei até quando dura todo esse milagre, rs)

- Eu peço desculpas pelo ataque na efermaria

- Imagina meu anjo, sua mãe exagerou um bocado também! - ela nunca ía admitir que estava desesperada e que exagerou pra caramba (rs), o meu pai substituto só riu. Terminada a refeição fomos na enfermaria pegar o resultado e que surpresa! Quando abri a porta me deparei com uma cena de levantar qualquer defunto (ainda bem que o casal 20 ficou para trás vendo uma roseira incrível, eles tem um mega jardim lá em casa, daí o interesse) eu fiz a maior cara de paisagem como se aquilo fosse super normal, e deveria ser não é? Nos últimos dias estava comum a minha pessoa ser platéia daquele tipo de orgia, ela ficou completamente desconcertada, pediu desculpas e foi no banheiro tomar um banho, enquanto predador verme gigante ficou parado completamente a vontade com a sua nudez e com um sorriso irônico nos lábios carnudos e sensuais, que pernóstico.

- Dá para se cobrir? Os meus pais não vão demorar muito para me alcançar. - Disse com impaciência

- Não precisa se esconder atrás do pretexto dos seus pais estarem vindo... Você está na verdade incomodada porque não resisti a mim.

- Estou realmente incomodada, mas é com a sua cara de pau. Não vale nem o prato que come, e as suas promessas são fajutas como eu previ que eram, aquele papo de "vou ser só seu" - afinei a voz ao tentar imitar aquela voz perfeita - era tudo mentira, como eu sempre soube que era, aliás, como tudo em você é... Uma completa e irrevogavél mentira! - ele estava transtornado... A fúria era evidente em seu olhar, acho que se pudesse me matava ali sem nenhuma cerimônia mas eu fui salva pelas circunstâncias, os meus pais chegaram.

Graças a Deus ele já havia se vestido ou a minha mãe ía ter um ataque cardíaco com tanta beleza e euforia que emanva daquele corpo nu, que trazia consigo uma sensação de adrenalina. No meu ouvido ele disse

- Te espero lá fora - foi tão baixo e tão rápido que eu quase não notei, foi como se o ar sussurasse no meu ouvido algo qualquer que fizesse cócegas e me arrepiasse dos pés a cabeça... E que sensação divina!

O Diário de Zoey part. 13



I'm Zoey









Continuação de O Diário de Zoey





Quando eles entraram o Verner saiu e eu como desculpa disse

- Ela está tomando banho mas já vai sair, se importam se eu der uma volta? Estou muito tensa com o resultado do exame, não precisam esperar por mim para abrir! Eu já volto. - dito isso saí sem esperar resposta, a enfermeira saiu no meu encalço me gritando - ZOEY! ESPERA!!! - Eu olhei para trás e a vi sem ar atrás de mim - O que você queria? - perguntou cabisbaixa

- Sim, o exame.

- Claro, toma. - ela retirou o envelope do laboratório do bolso da calça e após entregar se foi.

- E então Zo? - ele distorceu o apelido que me deu com tamanha ironia que gelou a minha espinha - você foi estuprada?

- Você é ridículo, nem acredito que tenho algum sentimento por você. Dá licença. - fui embora, as lágrimas cediam mas era de raiva, eu nunca senti tanto ódio. Foi por isso que ele estava estranho na lanchonete e depois ficou com ela, tudo porcausa do maldito exame. O que ele esperava? Eu estava com medo e tinha os meus motivos, quem é ele para me julgar? O senhor certinho é que não é. Quem não tiver teto de vidro que atire a primeira pedra! (Pitty). Parece que para ele tudo se resume numa única palavra, a vida se resume em uma única palavra para os homens: SEXO. É só no que pensam! Limpei as lágrimas com a mão utilizando de força exagerada e isso foi bom, pelo menos me levou direto a realidade. Eu voltei para a merda da enfermaria mas não entrei apenas os chamei, eles saíram e me acompanharam até um banco próximo dali aonde o Verner me consolou pela primeira vez. QUE DROGA, tudo me lembra ele! Tirei o envelope do bolso da bermuda e entreguei-o ao Henry, eu ía me sentir melhor se ele pudesse ler e me dizer o que havia nele. E que começe a inquisição porque a herege aguarda o veredicto com extrema impaciência, vamos descobrir se o professor Verner é ou não um predador sanguinário ou apenas um idiota, eu não me esqueci da minha vontade de confeccionar aquela maldita camisa com os seguintes dizeres: I'm idiot!

O meu pai ficou surpreso com a minha atitude nada peculiar, no geral eu já teria rasgado o envelope e visto mas... Dessa vez a coisa era séria e o resultado sendo positivo ou não iria mudar a minha vida independente do meu querer.

- Minha filha, eu quero que saiba que independente de qualquer coisa eu... Eu vou cotinuar te amando!

- Eu sei mamãe! Eu sei.

- Meninas... Não chorem a Zoey está bem, nada de estupros!

- O quê? Nada de estupro? - Eu nem podia acreditar \oo/ eu e a minha mãe demos as mãos e começamos a pular, a gritar, e fazer uma dança esquisita. O Henry gargalhou dessa comemoração nada sutil e concluíu

- Tal mãe, tal filha!

O Diário de Zoey part. 14



I'm Zoey!







Continuação de O Diário de Zoey







Aquela comemoração toda estava muito linda mas... Sempre tem alguém para estragar a festa e esse alguém tinha que ser aquele vermezinho irritante.

- Oi!

- Oi... - minha mãe disse quase sem fôlego para o meu Apolo, concerteza não aguentou olhar para aquele monumento sem ceder aos seus encantos

- Vocês sãos os pais da Zoey?

- Sim - disse minha mãe ainda ludibriada com aquele deus grego que fascinava até mesmo os machos do campus, e isso é porque ela não o viu sem roupa em cima da Meggie ou era capaz de pedir para participar (eca)

- A senhora parece a irmã mais velha e não mãe! - disse ele com veemência exagerada, era impressão minha ou ele estava flertando com a minha mãe? Se é que as pessoas ainda usam esse termo ultrapassado, porque fala sério... Que criaturinha mais abominável.

- Professor Verner essa é a minha mãe Martha e este é o meu padrasto Henry. - apresentei de má vontade, acho que o Henry também não gostou muito dele e não pense que é porque o Verner só faltava agarrar a minha mãe, é porque ele percebeu que aquele serzinho insignificante não presta, até porque o meu padrasto está acostumado a minha mãe ser paquerada o tempo todo e ele só ri, pois sabe que a minha mãe é só dele. Apesar de sempre ficar lisonjeada com os elogios minha mãe nunca daria bola para ninguém que não fosse o maridinho dela! Eu sei que ela o ama, então vou frear essa cena com chave de ouro.

- Eu sou Jasper Verner muito prazer - disse ele beijando a mão da minha mãe com uma cadência proeminente a outra época - professor de biologia da sua filha. - acho que a palavra filha despertou a minha mãe para a realidade que consistia em que ela é uma mulher casada e tem uma filha. A compostura logo voltou. Ela recolheu a mão delicadamente que ainda estava nas garras do psicopata e posiciounou-se ao lado do marido.

- Minha mãe você sabia que existiam graves suspeitas da direção da escola de que o senhor Verner houvesse me estuprado? - falei na maior cara de pau, percebi um leve tremor no Verner, acho que foi raiva mas não me importa. A Martha arregalou os olhos como se a tivessem esbofeteado.

- Mas pelo visto houve um equívoco, já que o exame declara que não houve nada.

- Como você sabe Verner? Nós só ficamos sabendo agora. Além do mais o exame veio lacrado, será que subornaram a clínica que fez o exame para que o resultado fosse outro? Eu acho que isso lhe convém muito ou será que a sua amante, a Meg, está por trás disso tudo? - ele estava pocesso, ele me fuzilou com aquele olhar de ira, a cólera era apenas piada para o que aconteceu com ele. Depois de respirar fundo e tentar se acalmar ( o que ele não conseguiu) disse

- Eu só queria comprimentar, licença. - e se retirou. Estava todo mundo me olhando como se eu acabasse de gritar "os alieníginas estão invadindo o planeta terra", fala sério.

- O que foi? - consegui dizer.

- Foi muita coisa, explique-se? - foi só o que o Henry conseguiu dizer, porque minha mãe estava prendendo a respiração e por isso não conseguia falar.

- Bom... Eu tenho uma richa com esse professor e parece que ele teve um caso com uma aluna do colégio, e ela foi achada ensanguentada no bosque do campus com a minha ajuda, e eu descobri que ele tem um caso com a enfermeira do colégio e quem sabe com quem mais desse lugar.

- E o que você tem haver com tudo isso? - a minha mãe conseguiu recuperar o ar e perguntar, mas era uma pergunta retórica

- Ele quer que eu seja mais uma marionete dele, mas isso nunca vai colar. Você mesma viu o nível de persuasão que ele exerce nas pessoas. Eu não posso sair culpando-o pelas coisas sem provas então... Fica só na provocação! Ele sabe que eu não tenho nada de concreto contra ele.

- Minha filha... Ai meu Deus! Eu tenho que tirar você daqui... Eu tenho que...

- Não adianta mãe, seja para aonde eu for o fantasma do Verner vai me seguir, nem que seja em pensamento. Eu não posso deixar que ele continue propagando o mal aqui, eu não sou nenhum detetive mas vou ajudar como puder, eu sou a única imune ao poder dele de sedução.

- Isso é muito perigoso. - afirmou o Henry, que se pronunciou apenas agora na discussão.

- Eu sei! - é só o que eu podia dizer, nós conversamos um monte e eu contei tudo o que vinha acontecendo, esquecendo propositalmente a parte em que eu me sentia atraída pelo verme, mas isso não importa. Nos despedimos e eles foram embora promentendo não se omitirem mais da minha vida, pois iriam me ligar regularmente e enviar emails e quando pudessem viriam me ver! Eu amei essa nova perspectiva! Talvez haja aquela tal de luz que dizem ter no final do túnel, e é como dizem... A vida é mesmo uma caixinha de surpresas.

O Diário de Zoey part. 15

I'm Zoey









Continuação de O Diário de Zoey!









Eu adoraria sair e dar uma volta com o meu ex-namorado, tipo pra me divertir. As vezes tenho saudades dele, e falando nele... Devo uma resposta, então comecei a caminhar em direção ao meu quarto. Chegando lá eu escuto o meu celular tocar, pelo visto cheguei na hora certa. Ao olhar o visor que coincidência, é o ex-mô.

- Alô?

- Oi! Que saudade.

- Eu também sinto saudades...

- Que bom saber.

- Mas não foi para dizer isso que você me ligou, não é?

- É. Antes de pensar bobagem escuta primeiro, OK?

- OK!

- Andrômeda quer falar com você.

- O que ela quer?

- Ela precisa te alertar sobre algumas coisas, precisa falar com você num local seguro.

- E aonde seria um local seguro?

- Na biblioteca da escola, amanhã depois do almoço. E você precisa encenar um pouco...

- Encenar?

- É; fingindo que ainda a odeia!

- Isso não vai ser muito difícil.

- Para de fazer essa pose toda de machona, eu e ela sabemos que você salvou a vida dela.

- Eu só fiz o que era certo!

- Sei... Olha; eu tenho que desligar. Amanhã a gente se fala... Boa noite mô!

- Boa noite mô! - Depois de desligar o telefone fui tomar um banho refrescante e relaxante, porque você a de concordar comigo que eu mereço relaxar. Mas pelo visto será algo impossível, porque a porta da Alice está no meu quarto me esperando para esclarecer algumas coisas, mas eu estou tão cansada... Que mania dessa galera de nunca bater na porta, eu tenho que criar o hábito de trancar essa porcaria. Mas pensando bem ainda bem que é Alice, porque eu estou apenas de toalha... Fui me vestir como desculpa para retardar o interrogatório, pois evitá-lo será impossível com a inquisidora Alice. Então sem mais como poder enrolar digo que comece A hora do horror estrelado por Alice Hale.

- Então? Me conte tuuuudo! - ela disse sem conseguir conter o entusiasmo

- Alice, nó somos amigas agora, certo? - ela acenou que sim com a cabeça com bastante paciência demonstrando que estava preparada para o que viesse, o que era muito bom - Eu preciso ter certeza de que posso confiar em você, você entende não é?

- Entendo!

- Que bom! Te peço que por favor não me julgue...

- Ok, mas conte logo. - disse sem sinal algum de irritação

- Eu ando tendo sonhos, sonhos que nem eu sei explicar. É algo paralelo entre a realidade e a fantasia, na verdade acontece praticamente simultâneamente, entende?

- É tipo visões?

- Sim, mas nem eu as entendo... Isso nunca havia acontecido comigo antes, só para ficar claro, eu tive esse sonho com Andrômeda e por isso sabia aonde ela estava.

- Deixa eu ver se eu entendi tudo. O Verner é louco por você mas cata outras garotas, ele é um psicopata que come e depois descarta menininhas, você é tipo a super heroína ( a única que pode detê-lo ) por causa desses poderes de advinha, é isso?

- É... - disse meio incerta, ela entendeu o que eu quiz dizer, mas do jeito dela e com a linguagem dela - mas que fique bem claro que só vejo coisas relacionadas a ele. - eu nem sei como ,mas ela entendeu muito bem o que eu disse, tanto que eu a vi se arrepiar, então eu não sou a única a entender que ele é perigoso!

- Eu quero te ajudar!

- O quê?

- Exatamente, e não pense que é só por você... Eu tinha uma amiga aqui do Campus, na verdade eu só vim pra cá por causa dela, sabe? Ela só vivia de papo com esse verme e depois desapareceu, ela me disse que eles estavam juntos, sabe? E ela como Andrômeda simplesmente evaporou e ninguém se deu conta. Primeiro ele isolou ela, tipo ela tava sem amigos e depois foi se aproximando dela, dando colo, como ele tentou fazer com você e aí ela sumiu... - Alice começou a soluçar, e a cascata que ela lutava para evitar desceu rio abaixo - ela nem sabia que eu vinha, era uma surpresa.

- Quem era essa sua amiga? Eu entrei no meio do ano passado mas posso tê-la conhecido.

- Rachel!

- Pensei que ela tinha voltado para casa.

- Você a conhecia?

- Claro! Ela era minha colega de quarto, ela deixou algumas coisas no quarto porque ela disse que voltaria com os pais para pegar, mas nunca voltou. Pensei que ela havia ficado sem tempo e deixou pra lá. Se quiser pode ficar com elas!

- Muito obrigada! Estou sem palavras para dizer o quanto isso é importante para mim.

- Relaxe... Eu bem sei o que sua amiga passou!

- É por isso que eu preciso te ajudar.

- Ok! Mas posso fazer uma pergunta indelicada?

- Hã?

- Sobre o Conrado.

- Ah! Pergunte o que quiser.

- Porque vocês terminaram?

- Porque nunca ía dar certo.

- Seja menos evasiva se puder.

- Para quê você quer saber?

- É importante que eu saiba caso eles tentem usar o Conrado de novo.

- Ok!... Ele me traíu com essas baba-ovo da Andrômeda, satisfeita?

- Sim. Falando no diabo... Andrômeda marcou de se encontrar comigo na biblioteca depois do almoço.

- Depois do almoço?

- Sim, nunca tem ninguém nesse horário.

- Isso é. Mas se a idéia é não parecer suspeito... Não vai conseguir não. A não ser que você entre pela porta dos fundos.

- Eu não sabia que a biblioteca tinha uma "porta dos fundos"

- Mas tem.

- Como você sabe?

- Você é muito curiosa.

- Olha só quem fala.

- Eu trabalhei lá no primeiro semestre e acabei descobrindo algumas coisas.

- Você fez isso pra descobrir o quê? Ou melhor, o que você descobriu?

- Eu posso te contar amanhã? Estou morrendo de sono e cansadíssima, eu prometo que conto amanhã. - Ela quase jurou de pé junto e eu ri e deixei por isso.

Eu achando que a criatura ía embora e devo dizer que na minha agonia eu nem percebi que tinha uma mala em frente a cama ao lado da minha, a mesma cama em que a Rachel dormia.

- De quem é essa mala?

- Dãã é minha né?

- Hã?

- Agora que eu encontrei uma nova melhor amiga, você acha que eu vou deixá-la dormir sozinha?

- Não tinha pensado por esse âmbito.

- Pode se acostumar em me ter como sombra, porque eu me transferi para o mesmo quarto que o seu e as mesmas aulas.

Sinceramente eu gostei dessa nova perspectiva, e eu tenho certeza que irei me acostumar, na verdade agradecer por essa nova tagarelice matinal, ou melhor diária, pelo menos não vou ficar só, eu sinto que com alguém como Alice do meu lado eu nunca mais vou ser abandonada, sinto que posso confiar nela.

- Fico feliz que você fique comigo, quem sabe assim param de invadir o meu quarto?

- Quer dizer que é só para isso que eu sirvo?

- Claro que não Alice...

- Claro que não? Você acabou de dizer isso.

- Alice?

- Não me venha com Alice... - E assim continuou as briguinhas que eu sempre contorno e que fazem da minha amizade com Alice forte, ela é ou não é uma figura? Adoro essa garota terrívelmente irritante!



O Diário de Zoey - part. 17



I'm Zoey!



Continuação de O Diário de Zoey



Quem sou eu? Há, fala sério! Vocês já se esqueceram de mim? Galera, eu sou Zoey... E peço desculpas pela interrupção, eu sei que sentiram a minha falta e garanto que o sentimento é mútuo. Eu estou hospitalizada no mesmo hospital que Andrômeda outrora esteve. Nem sei por onde começar. Que tal do fim?Ali estava eu (Zoey) petrificada pelo pânico e sem entender nada, ele era muito feio - eu nunca senti tanto medo na minha vida, eu quase fiz pipi na roupa, eu sei é mega constrangedor - aquela coisa era horrenda e fantasmagórica e... tão... tão... Familiar. Eu sabia que conhecia aquele monstro, parece loucura não é? Eu sei mas... Eu nunca minto! Nem que a minha vida dependesse disso eu não conseguiria, sou péssima atriz. Ele... Aquilo, vinha na minha direção com força total e era como se eu fosse o seu lanchinho, Andrômeda estava do meu lado chorando como um bebê, eu nunca a vi assim... Com tanto medo. Ela gritava e de repente percebi que não era ela e sim eu! Eu gritei de pavor e ela apenas me acompanhou. Estávamos aterrorizadas, e foi então que a minha mente funcionou com o jato de adrenalina que o meu corpo drenava do meu pânico, aquela coisa foi o que atacou Andrômeda e isso não poderia ser o Verner porque ele estava ao meu lado, ajoelhado (para ser exata) como se fizesse uma referência a um rei e ele parecia gostar, então como ato de sobrevivência fiz o mesmo e obriguei a andróidezinha a calar a boca e me imitar. Toda essa cena realmente o retardou, mas não seria para sempre. Ele se aproximou e olhou nos meus olhos, era como se me examinasse, tentasse ler meus pensamentos e descobrir os meus maiores segredos, e talvez, só talvez tenha conseguido (eu não sei da onde tirei forças para encará-lo com tanto desprezo e indiferença, Ei cara; eu como monstros piores do que você no café da manhã, otário) eu tenho certeza que ele entendeu o recado gentil. Ele logo se cansou do nosso joguinho-mental e foi até Andrômeda e refez o ritual, ela entrou numa espécie de transe e eu tive a impressâo de que era isso que deveria ter acontecido comigo (e quase senti alívio) mas ela estava em perigo, era como se ele sugasse a força vital dela... Ela ía morrer e eu tinha que fazer alguma coisa. Quando me dei conta fúria havia sido injetada nas minhas veias e eu gostei disso, me queimava por dentro. Me levantei e fui enfrentar aquela merda que estava tentando sugar a vida da garota que eu pretendia ser amiga. Em tom de desafio gritei surdamente

- Olá bonitão! - ele gargalhou da minha débil tentativa de chamar a sua atenção, mas eu sabia que ele havia adorado o insulto. Parece que não o desafiam a décadas e eu deveria sentir medo, na verdade deveria me cagar de medo, só que eu estava confiante demais eu jamais iria voltar atrás e deixá-lo tomar conta das minhas emoções, eu estava decidida a enfrentá-lo e não permitir que ela morresse. Mas ninguém vai morrer (já basta a Rachel) não quero que mais ninguém suma, nunca mais.

- Gostou de mim... Alteza - fiz o meu máximo para que ele se concentrasse apenas em mim, distorci a minha fala com o máximo de sarcasmo que pude e ele pareceu querer me enfrentar, ele ansiava por isso. E depois de tanto tempo ele resolveu olhar para mim com aquele sorrisinho macabro no canto da boca distorcida e costurada, eu me arrepiei dos pés a cabeça. Ele arremessou Andrômeda sem o menor interesse sobre o fato de ela sobreviver, ela voou uns 20 metros até colidir com a parede da biblioteca houve um baque surdo, acho que ela fraturou todas as costelas, e isso é sério. Qualquer um acharia que ela estava morta, mas apenas eu que a observava atentamente poderia ter visto o mínimo movimento que ela fez com o dedo, e foi incrível perceber a sintonia de nossos pensamentos, como se ela dissesse "eu estou bem, aguardo o seu sinal para podermos sair desta furada" ou seja a bomba relógio estava na minha mão. Ele veio na minha direção lentamente e sem pressa e pela primeira vez ouvi a sua voz nítida e cortante.

- Camponesa, o jogo para você está só começando. - e BUM! Eu não me lembro de mais nada porque tudo desapareceu e eu acordei neste maldito hospital e não tenho notícias de Andrômeda e é claro os adultos não falam nada, agem como se eu fosse louca e precisasse de tratamento, apesar de que eu acho a mesma coisa, ei... eu quero um psiquiátrica pra ontem! Eu ainda sinto aquele medo, e um arrepio forte na nuca só de lembrar daquela voz cortante perto de mim, dá uma vontade louca de gritar e dizer me internem ou melhor me matem. Eu não quero mais saber de monsros ou estupradores e pessoas que precisam de uma heroína como Alice disse a tempos atrás na parte 15 de O Diário de Zoey, que saudade da minha pequena cheia de piercings. Mas eu nunca me esqueço dele, ás vezes eu escuto o eco da voz dele na minha mente dizendo sempre a mesma coisa: "Camponesa, o jogo para você está só começando" a gargalhada fecha a paranóia. Que todos gravem em lápide o que vou dizer agora, eu não vou desistir, o sugador de vidas irá pagar pelas maldades que fez e ainda há de fazer, eu prometo!

O Diário de Zoey - part. 18



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Continuação de O Diário de Zoey!





Bom...parece que ocorreu um problemão, alguém mecheu nas minhas coisas e no meu diário virtual e parece que deletou a parte 16 de O Diário de Zoey, ele sumiu. Lá explicava o porque do meu desaparecimento, eu me despedia das pessoas que amava e enfim... Tudo fazia sentido. Que droga! Odeio ser repetitiva, principalmente comigo mesma, acho que vou ter que explicar tudo de novo!

O Diário de Zoey - part. 16



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Continuação de O Diário de Zoey - Parte 16





E foi quando eu achei que ía começar a entender que fui pega de surpresa, por algo que nem eu sei explicar. Os dias foram se passando e lembra daquela palestra só para nerds que eu fui chamada? (Parte 1 de O Diário de Zoey) foi cancelada, e não me pergunte o porque. Alice continuava a me encher, mas de um jeito legal. É melhor que ficar sozinha! O mô não me ligava desde aquele dia e eu tava ficando louca de vontade de falar com Andrômeda e descobrir tudo, mas ele não retornava as minhas ligações e aquilo estava me afligindo , enquanto Alice me exauria ao máximo!

- Zzz...Oi? Cadê você? - é ela, eu preciso muito de um momento por isso sinto muito Alice. Eu me joguei de baixo da cama e fiquei quietíssima. - Será que ela pulou a janela e saíu? Eu nem vi! - e foi embora, saí relutante do meu esconderijo. Vai que ela volta? Enfim, tudo parece calmo mas ele não vai me enganar com essa falsa atmosfera, as coisas não vão terminar em pizza. Acho que vou dar uma volta, e para variar sem Alice. O corredor parecia vazio exceto pela garota de longos cabelos preto, ela se esgueirava no corredor temendo ser vista, mas estava nervosa demais para não ser notada. Pálida feito pastel eu a observei com atenção e percebi que era Andrômeda, ela percebeu que eu a observava e me fitou com urgência. Eu entrei no quarto, deixei a porta aberta e sintonizei o meu aparelho de som em uma rádio qualquer ninguém poderia saber que estávamos juntas (faz mal a minha reputação, rsrs), ela entrou relutante no meu quarto e disse

- Me encontra na biblioteca em meia hora é urgente e será muito perigoso, está na hora de você conhecer o verdadeiro lord, é ele que está por trás de tudo. Não era o que você queria? Saber de tudo? Então se sinta morta neste exato momento, provavelmente você não irá voltar nunca mais. - E foi embora tão rápido quanto entrou. Eu deixei um bilhete para Alice agradecendo por ela existir na minha vida e deixei um recado para os meus pais, um rápido adeus. A última coisa da qual preciso é chorar agora, fui tomar um mega banho e vesti uma roupa qualquer, eu concerteza não estava pronta mas de algum jeito eu ansiava por isso. E se eu nunca mais responder... Me perdoem mais é algo que preciso fazer, e talvez eu nunca mais volte. As minhas dúvidas continuam crescendo e eu não sei quem é o responsável por todos estes males, mas sei que não vou ficar parada esperando por um milagre. Mãos a obra!

O Diário de Zoey - part. 19



I'm Zoey!









Continuação de O Diário de Zoey!





Acho que agora vocês entendem um pouco de toda está loucura. Eu sei que tudo parece insano, mas eu... Eu fico até meio envergonhada de falar mas... Eu tô chorando tá legal? Eu só queria não participar, nem lembrar de toda essa merda. Você deve estar pensando e cadê os seus amigos? Tipo: Alice, Andrômeda, mô, ou o Phil e quem sabe até o Verner? Já que ele não é o louco por de trás de toda essa merda e parece que estou atolada nela! Ninguém vem me ver, é como se eu não existisse mais. As pessoas aqui são esquisitas, se eu olhar fixamente para elas eu não as vejo direito... É como se elas fossem fantasmas e vivem me dando um remédio que é para mim dormir e descansar, mas quando tomo eu apago geral, sou quase uma prisioneira nesta loucura. Eu só tenho a vocês que leem o meu diário, se é que ainda fazem isso. Eu ando bolando um super plano maluco, eu estou testando os nervos deles com coisas do tipo "será que você poderia abrir a cortina eu estou muito pálida e preciso tomar um sol" a enfermeira ía abrir na boa, mas você deve ter sacado que na verdade eu só queria saber aonde estava, e eu andava sem a menor noção de data e hora. Apareceu um médico do nada e surtou geral com a enfermeira (e se me lembro bem o nome dela é Serena), ele começou a dizer que eu precisava descansar e a luz era uma distração para o meu sono e eu não conseguiria repousar o suficiente. Me obrigou a tomar aqueles malditos remédios de novo, ou foi o que ele pensou... Eu não tomei aquela merda de verdade, até parece que vocês não me conhecem, eu apenas fingi que engoli antes de ele me dar a água com a desculpa de despensá-la. Quem consegue não engulir uma maldita pílula bebendo água... Eu não. Fingi que estava com sono e começei a cochilar e peguei no sono profundamente, quando a corja de mau feitores foi embora eu fiquei alerta e trêmula, tá na cara que estam armando para mim e isso não vai ficar barato não. Eu ando dando uma de ninja esses dias, eu peguei o celular de uma faxineira emprestado sem ela saber, quando ela passar aqui amanhã eu devolvo e digo que ela esqueceu. Eu me lelvantei e abri uma pequena brecha da cortina, eu sou meio paranóica e não quero que ninguém saiba que eu ando fora da cama e olhando pela janela porque vai me deixar super encrencada. Vão saber que eu não tomei o remédio. Eu acho que sei aonde estou, na verdade é bem perto do campus, mais do que eu imaginei que fosse, e não é o mesmo hospital que Andrômeda ficou, pois o dela era mais perto da capital... Peguei o celular furtado e liguei para Alice o celular chamava e não atendia e quando eu quase perdi a esperança ela atendeu, a princípio eu não disse nada vai que não foi ela que atendeu e eu começo a tagarelar coisas confidenciais? Tá legal, eu admito que tô surtando!

- Alô? Quem me incomoda as três da manhã?

- Ahn, me desculpe Alice não foi a minha intenção mas eu preciso da sua ajuda!

- Oh meu Deus! Z? É você mesma? - ela começou a falar cada vez mais alto, isso não daria certo. Porque eu não liguei para o Phil por exemplo? Porque eu não tenho o número dele, infelizmente.

- Sim, sim. Você tem que calar a boca e me escutar. Eu não tenho muito tempo, daqui a pouco a Serena deve voltar e conferir se eu estou dormindo, com febre... essas coisas. Eu estou naquela clínica para malucos perto do campus, sabe aonde é?

- Pera aí, você está internada numa clínica pra gente doida?

- Eu não sei! Só sei que você precisa me tirar daqui imediatamente. Fala com o Phil, eu sei que ele vai te ajudar.

- Amiga, os alunos estavam comentando que você tinha enlouquecido e tinha sido internada numa clínica. Foi a Meggie que autorizou.

- Depois você me conta só vem me buscar. Eu achei que tinha mais tempo mas ouço passos no corredor, preciso fingir que estou dormindo... Tchaul, vem me buscar! - a medida que falava passei a voz baixa a sussurros, espero que ela tenha me escutado. Corri para a maca tentando não fazer barulho, enfiei o celular na calsinha e fingi que dormia profundamente, espero estar me saíndo bem. Eu sabia que ela me observava, eu sentia a minha pele formigar. Ela riu.

- Pode parar de fingir garota, eu admito que é uma ótima atriz mas... Eu vi que você não tomou o remédio, e eu ouvi uma faxineira comentando com uma recepcionista que tinha perdido o celular e se alguém o achasse... Enfim, você está acordada. - Eu não abri os olhos, não ía dar esse crédito a ela, continuei como se não tivesse sido flagrada. - Estou perdendo a paciência garota - ela falou após uns 2 minutos de silêncio, o que é muito gozado... O nome dela é Serena e ela já perdeu a paciência? Tá, eu admito que foi uma péssima piada, mas ajuda a tirar a tensão. - Eu não quero te fazer mal, eu só estou querendo te ajudar. - Essa falsidade toda estava me dando nos nervos, até parece que ela quer me ajudar, ninguém quer. Eu fiquei tanto tempo fingindo que estava dormindo que acabei convencendo a idiota. O meu disfarce estava quase perfeito até que o vacilo foi total, o celular começou a tocar e sorte minha que eu coloquei no silencioso mas ele tinha um display e ele estava brilhando e eu me ferrei. Num quarto totalmente escuro qualquer luz faz a diferença e ela notou, ela disse:

- Você quase me convenceu pirralha! Mas parece que você esqueceu de desligar o celular, este que você está escondendo na sua calsinha. Eu sabia! - Agora não dava mais para esconder, eu abri os olhos e me levantei da cama com aquele olhar de cala a boca ou eu te mato e disse:

- Senta e cala a boca. - Ela me obedeceu sem pestanejar - O que você quer para manter essa maldita boca fechada?

- Eu sou da Força Tarefa Especial garota, e estou trabalhando disfarçada.

- E daí?

- Me deixa terminar de falar, ok?

- Só se você falar rápido...

- Então deita e volta a fingir que está dormindo antes que alguém perceba. - Eu fiz o que ela mandou só porque era o sensato a se fazer, mas eu ainda não confio nela. - Eu tenho uma equipe, na verdade eu faço parte dela, o comandante é o Monk... - rapidamente o flashback veio, eu me lembro da Meggie dizendo para o Verner você não quer que o Monk entre no caso não é meu bem? Eu sei quem ele é. Com os olhos fechados eu fiz um blefe sábio - A Meggie também é agente de vocês?

- Como você sabe? - eu gargalhei e ela percebeu que era um blefe e ela caiu feito um pato.

- Eu deduzi.

- Você é boa garota tenho que admitir. Você estava ajudando-a não é? Como informante?

- Foi o que ela fez vocês acreditarem?

- Como assim nos fez acreditar?

- Eu e ela nos odiamos fervorosamente.

- Então como ela sabia da outra garota? E ela disse que te mandou para cá para que... Estivesse protegida.

- Nisso eu acho que ela tem razão de alguma forma, mas quem disse que eu quero estar segura? E fui eu quem disse onde Andrômeda estava.

- E como você sabia? - Ela viu que eu fechei a cara daquele jeito adolescente de eu não vou falar! E sorriu com sinceridade da minha careta. - Não seja tão infantil!

- Se eu te disser não saiu daqui nunca mais!

- Confie um pouco em mim.

- Você acredita em coisas sobrenaturais?

- Tipo vampiros e forças do mal?

- Mais ou menos isso, é mais monstros e... Ter a mente conectada com coisas anormais e ter sonhos que se confundem com a realidade!

- Nossa, com você acontece o tempo todo?

- Eu também tenho visões, e... Eu a vi sozinha e pedindo socorro. Tive pena dela, apesar de ela ter arruinado a minha vida literalmente. Ela é o cão em forma de gente! Argh!Uma amiga minha ficou de me tirar daqui.

- Foi para ela que você ligou?

- Sim.

- Alice?

- Sim.

- Você confia nela?

- A minha vida.

- Então ela deve ser de confiança. - e então Alice bateu na minha janela com o Phil do lado dela meus heróis e começou a tagarelar como sempre - Deve ser de confiança? E você nem me defende? Fala sério, eu achei que éramos amigas. - Eu os coloquei para dentro. O Phil estava sorrindo até ver a Serena, e ela quando o viu franziu a testa e se eles se conhecem... São colegas dessa mesma Força Tarefa Especial- O Phil demorou pra caramba fazendo o plano, pegando a planta da clínica e descobrindo aonde você tava nessa porcaria de lugar. Mas chegamos! E quem é essa aí? - Eu olhei para ele esperando que ele respondesse, ele suspirou e disse - Ela é uma agente disfarçada de enfermeira - E ela ainda com a testa franzida disse - O que você está fazendo aqui agente Phillipe? - Alice não estava entendendo mais nada e eu não a culpo por isso - Pera aí, eu estou tendo uma síncope ou isso tudo é real?

- Calma Aly, eles são agentes e querem descobrir as merdas do colégio.

- E você sabia disso o tempo todo e não disse nada?

- Alice... Vem aqui comigo um segundo. - Eu a levei para o banheiro e cochichei o mais baixo que pude para que ninguém ouvisse - Aly, eu também não sabia de tudo, eu nem desconfiava que ele era agente, eu só sabia da Meggie, e mesmo assim nem tinha certeza. Fica fria e fingi que entendeu tudo, depois a gente resolve! - E então voltamos, e escutamos a bronca que ele estava levando.

- ... Você veio resgatar a linda donzela sem informar nada para o Monk? Aonde você acha que está? Num conto de fadas?

- Sinto interromper, mas se os berros de todos persistirem a clínica toda ouvirá! - o Phil me lançou aquele super olhar de gratidão e eu aquele de se fosse por mim, eu sei que faria o mesmo. A louca da Serena respirou fundo e disse - Eu vou avisá-lo de sua participação em minha missão e... Acho que está fora! - Ela falou toda presunçosa, eu trinquei os dentes. Ela estava humilhando e pisando no meu melhor amigo, isso não ia ficar barato. - Eu acho melhor você calar a sua boca...

- Ou se não o quê?

- Você precisa de mim, na verdade todos vocês querem saber o que eu sei.

- E você quer negociar?

- Negociar? Não. Mas saiba que eu só falo com alguém da minha inteira confiança, e tenha certeza que essa pessoa não é você. - Ela super fez uma cara feia e Alice ficou esfuziante, ela também não gostou da enfermeira, na verdade eu e Alice odiávamos enfermeiras-agentes. A Serena pegou um aparelho minúsculo e ligou para o chefe.

- Monk? A pirralha é mais esperta do que pensamos, ela descobriu o meu disfarce, o da Meggie e o do Phil... ou seja se uma pirralhinha descobriu todos os nossos agentes disfarçados então os vilões também devem saber. Eles devem estar milhões de passos na nossa frente e parece que ela só confia no Phil e fez acusações graves contra a Meggie. Resumindo a coisa ta feia! Nos vemos daqui a meia hora, ela vai embora daqui fugida com dois amigos do campus, eles vieram buscá-la. Ok, tchau. - Após terminar o telefonema olhou pra gente e disse - Liberados para fugir! Ainda vamos nos encontrar Zoey, temos muito que conversar.

- Eu estarei esperando.- e então fugimos, eu estou muito feliz por poder voar como um pássaro para a liberdade! Ah! se eu também pudesse fugir da realidade...









ESPEREM POR UM DESFECHO EMOCIONANTE...













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