quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Diário de Nicholas Morgenstern part. 8


Nicholas Morgenstern


...Eu... Onde estou? Essa decoração de casamento, e... Peraí eu sou o noivo? Bom, eu estou num altar de casamento, e está tocando a marcha nupcial e Alice?! Ela vem em minha direção com aquele lindo vestido branco e aquele maldito chapéu que me impedia de admirar a sua beleza por completo, ela não parecia triste a vejo até sorridente, como isso é possível? Ela vai se casar a força e ainda sorri. Quando o padre perguntou se ela gostaria de ser a senhora Morgenstern ela simplesmente disse sim, e a cena muda ela está me pedindo permissão para dançar com o Jonathan eu concedo é claro, e foi então que eu vi aquele maldito escondido na sombra no caminho da plantação: Jack Jackson, o pai de Alice, fui até ele e perguntei o que queria ele sorriu me entregou uma carta e disse para entregá-la em mãos aos destinatários e que se eu o seguisse ele matava o meu bando, meus amigos, desgraçado!... E ai eu finalmente acordei desse maldito pesadelo, droga! O pior é ser verdade, eu estou indo entregar essa maldita carta como um maldito mensageiro, um peão jogado de um lado para o outro nesse joguinho de poder. Argh! Amaldiçoado sejam.
Levantei, o sol ainda não havia nascido; mas não ia tardar a acontecer e eu sabia que não conseguiria dormir mais o que não me surpreende com tanta coisa em minha cabeça logo teria cabelos brancos de tanto pensar e me torturar. A ronda estava com o Skinner, o mandei dormir já que eu estava bem desperto. Não fiquei muito tempo a sós com meus pensamentos, ao que parece não sou só eu que estou com dificuldades para dormir, Jonathan levantou e sentou ao meu lado, a princípio nada disse mas a medida que o tempo foi passando ele que estava cabisbaixo de súbito levantou a cabeça quase como se tivesse tido uma revelação, deu um sorrisinho, e me olhou nos olhos como se pudesse desvendar todos os meus segredos se me olhasse o suficiente, sorriu de novo e olhou para o leste onde pôde ver os primeiros indícios de dia e finalmente falou, o que me tirou de minha agonizante reflexão dos fatos - Nic, eu não sei se devo ficar preocupado. Você é o meu melhor amigo, na verdade você é como o irmão que eu não tive e não minta nem negue a verdade para si e para mim, mas você está apaixonado por Alice!? - eu não entendi se era uma pergunta ou uma afirmação e preferi não questionar a linha de raciocínio de John - É o que eu acho, mas o que eu realmente quero saber é o que você acha?
- John, eu nem sei o que te dizer, a verdade é que não sei o que dizer para mim mesmo então estou focado apenas em meu dever, em minha honra, e consequentemente a promessa que fiz para Elliot de proteger Aly, estou fazendo isso.
- Você abriu a carta?
- Sim, é claro. Eu jamais levaria uma armadilha para Elliot, aliás você foi ótimo despistando os capangas de Jack, devo dizer que eu jamais pensaria no óbvio. Dizer para eles exatamente o que iríamos fazer, para que eles tivessem que consultar  Jack, e que assim tomássemos a dianteira e chegássemos antes deles. Brilhante!
- Obrigada Nic, no entanto não mude o rumo da conversa tentando me ludibriar com seus elogios sinceros. - eu ri como sempre faço quando esse homenzarrão sagaz me pega no pulo do gato.
- Fui pego! - me rendi.
- Eu só quero o seu bem, se for se apaixonar pelo menos tenha  a dignidade de assumir para si mesmo, antes que seja tarde demais para consertar qualquer bobagem.
- Obrigado pelo conselho amigo, ou melhor: irmão, mas agora já esta em tempo de acordar estes preguiçosos antes que perdamos nossa vantagem.
 Após todos de pé a cavalgada foi intensa, paramos apenas para uma rápida refeição ao meio dia e continuamos até exaurir os cavalos que a noite foram recompensados com: água, alimento e um belo descanso. Quando liberei meu cavalo a noite minhas pernas doloridas tremiam, sentei e estirei as pernas. Paul me trouxe um pouco de água, sentou do meu lado refletindo meu movimento para que as suas próprias pernas também parassem de tremer e nós dois rimos, ele disse - Estamos parecendo uns maricas que não conseguem nem montar um cavalo, tremendo que nem vara verde.
- É exatamente o que parece sua mulherzinha. - respondi.
- Nic...
- Sim?
- Você sabe que Alice ficou sozinha, desprotegida né?
- Ele não vai fazer mau a ela, ele quer vingança. Jack esperou esse tempo todo por Elliot e Maryse ele não vai estragar tudo fazendo mau a Alice, não agora que está tão próximo de conseguir o que ele quer.
- Nós vamos chegar amanhã, você já sabe o que vai dizer a eles quando os encontrar?
- Nada, eu não tenho nada a dizer a eles. Os fatos vão dizer por si só. Vou entregar a carta para que leiam e tomem sua decisão, e logo após voltamos. Isso é tudo. Estamos apenas cumprindo nosso dever.
- Você é quem sabe.
- É claro que eu sei, agora toma sua água de volta e bebe pra parar de falar besteira o que não vai te impedir de pensar nelas, infelizmente.
- Nossa como tá sensível, mulherzinha.- e o merda saiu correndo e eu atrás dele para lhe dar uns cascudos, saímos embolando pela relva, quando eu o alcançei, e nos esmurramos um bocado. Foi divertido. Comemos a caça que Skinner, Jonathan, e Jared trouxeram; eu e Paul já havíamos armado acampamento, todos foram dormir, a primeira ronda foi a minha, e quando a minha ronda já estava acabando ouvi um barulho acordei Jonathan fomos juntos olhar a oeste de onde vinha um barulho de cavalgar de cavalo, era alguém bem vestido, num cavalo vistoso, um garanhão sem dúvida, nos olhamos por algns segundos tentando decidir o que fazer. Estávamos agachados, Jonathan deu de ombros querendo dizer "você decide o que quer fazer" então eu levantei e ele acompanhou o movimento, atirei  para cima e disse em alto e bom som - Se você não descer desse maldito cavalo, colocar as mãos aonde eu possa ver, e se identificar eu vou estourar os seus miolos entendeu? - e o que eu não esperava aconteceu, uma voz familiar disse - Nic? - a voz do desgraçado do Elliot, o que esse idiota fazia no meio da noite aqui, logo aqui? Ele desceu do garanhão, e seguiu minhas instruções porque eu não estava brincando sobre atirar pra matar e por fim se identificou - Eu sou Elliot Jackson e você Nicholas Morgenstern meu amigo eu presumo.
- Eu presumo. - o imitei com uma voz afeminada bem baixinho, a ponto de apenas John que estava ao meu lado ouvir, e não se conter com um riso abafado pela mão.
- Posso? - o idiota disse com os braços abertos como se esperasse que eu ainda fosse aquela criança remelenta que ele conheceu a muitos anos atrás, o contemplei apenas com uma mão estendida que ele comprimentou com muita alegria. Suspirei e tirei a carta de minha bolsa surrada, que carrego comigo o tempo todo até mesmo dormindo se puder, não disse nada e me afastei com John em meu encalso. Me aqueci na fogueira, Jonathan era o próximo na ronda, então fui me preparar para dormir antes de ter que voltar para casa amanhã, espera eu disse casa? Estou ficando um molenga mesmo, pensando em deixar essa vida de lobo alfa. E aparece o retardado do Elliot, nada de soneca então, suspiro.
- Dick mandou um mensageiro de barco que chegou no porto esta tarde. Logo após você sair da sala dele Jack apareceu lá e disse que ele o havia enviado a mim, e que eu teria que voltar para em fim ele poder defender sua honra  e por isso estou a sua procura.
- E decidiu cavalgar sozinho a minha procura? Ficou maluco? Isso não foi nada inteligente, além de quê, poderia ser uma emboscada e eu poderia ter estourado esse seu cabeção desmiolado.
- Eu sei, mas confio em você Nic. Sempre confiei. Você está em posse de meu bem mais precioso.
- Esta se referindo a menina que você abandonou em São Francisco? Esta falando de Alice? A sua filha que você deixou na mão de um homem de caráter dúvidavel e seu bando.
- Eu fiz isso para a proteção dela, e posso te contar tudo o que quiser, posso explicar tudo. Acorde seus homens e cavalgue comigo até o porto tem um navio já pronto para levar-nos de volta a São Francisco. Eu preparei uma comitiva inteira que já esta a bordo, apenas esperando vocês. Vamos. - Fiz o que ele mandou, acordei a todos e fizemos o que Elliot mandou, entretanto tenha certeza de que ele me deve umas informações e ele vai respondê-las ou eu não me chamo mais Nicholas Morgenstern. Temos muito o que esclarecer e eu não estou conformado com essa sua postura de ofendido "amigo".

Ass: Yasmin Oliveira!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Diário de Alice Jackson part.7


My name is Revenge.

Alice Jackson

Enquanto orava; pedi a Deus desculpas pelo meu sentimento de vingança, por querer matar o meu marido. Que Deus me perdoe, mas eu não quero odiar ninguém mas...eu fui abandonada, isso tem que me absolver deste pecado que neste momento assola a minha alma, é muita humilhação para uma garota de São Francisco. O barulho lá fora ficava cada vez mais ensurdecedor, eu não estou aguentando a minha curiosidade, entretanto não quero dar o braço a torcer e me dar ao desfrute dos saciamentos mundanos, como a curiosidade, mas devo dizer que estou tentada a sair. Como não há nada que me prenda a igreja, já que à missa pelo visto não haverá mais; vou sair, e desfrutar do meu prazer mundano salvo que eu resisti o máximo que pude. Sou uma heroína!
Quando saí avistei a mulher mais linda que já vi em minha vida, nunca tinha visto uma mulher tão formosa e elegante, exceto pela minha mãe que era uma flor delicada, e essa mulher me lembrava a minha mãe pela sua beleza e altivez. Cabelos negros, bem penteados, estava preso num penteado delicado com uma presilha muito cara isso era óbvio, o vestido então era um luxo, mas sem muitos babados e brilhos e paetês, o rosto era delicado, me lembrava uma boneca de porcelana. Não pude ver mais detalhes referente a essa desconhecida, todavia vi o homem que a acompanhava, deveria ser seu marido pela forma como a segurava, a sintonia que eles compartilhavam, a intimidade como se olhavam, espero algum dia ter algo assim com Nicholas...Espero...espero não matá-lo ou serei a viúva mais nova da cidade, risos.
Pelo que puder ver havia uma comitiva de nobres com este casal, era uma gente muito arrumada e refinada, os vestidos de muitas delas não era particularmente de meu gosto, mas enfim, não pode-se dizer que não eram exuberantes, com aqueles babados, paêtes...e você pode ter uma noção do resto. Os homens então estavam alinhadíssimos, pena a moda masculina estar um pouco exagerada, bufante, e feminina. Não que a minha opinião valha de coisa alguma, por isso a expresso com certa reserva, pois como não canso de dizer é o meu gosto o que não significa necessariamente nada, e é uma pena ressaltar que vocês estão a principio sujeitos a concordarem comigo, já que os mesmos não possuem uma opinião parcial dos relatos da minha história, a minha verdade contada. A minha visão ficou poluída com aquela parada improvisada, me canso rápido de tanta cor e informação junta, me entedia, gosto de coisas simples, e isto tudo era papagaiada demasiada.
Vontade de ir para casa não me falta, muito menos perna, todavia não deixarei Emma preocupada com meu sumiço, não seria justo, logo terei que esperar todo esse furdunço acabar e me encotrar com todos da fazenda. Inclusive com aquele peraltinha que me tira a paciência, e que deve estar aprontando todas na parada. Enquanto eu pensava que o padre ia ter uma síncope, o mesmo esta paparicando a nobreza de não sei lá da onde. Vendido, aprisionado pela luxúria desse mundo. Nem o padre se salva.
Encontrei Emma na multidão - aquele furdunço conseguiu criar uma multidão na minha pequena cidade - avisei-a que estava me retirando e indo para casa sozinha, estava insatisfeita.
O caminho de volta foi de calmaria como previsto, já que a cidade toda estava ocupada prestigiando os hereges que atrapalharam o culto. Quando cheguei em casa que susto não foi ver os cavalos de Nicholas e seu bando atados a pilastra de uma casa adjacente a propriedade, não sei nem como reagir. Fiquei um longo tempo analisando as opções a seguir; conclui que o melhor seria agir naturalmente, como se ele nunca tivesse ido embora - por hora agirei assim - porque o que pertence a Nicholas Morgenstern esta guardado e Revenge é meu nome secreto, continuei andando até a cozinha porém ouvi vozes e hesitei, parecia que havia borboletas em minha barriga ansiando para sair, comecei a suar pelos poros das mãos, e meu coração ficou acelerado ao ouvir o destacado som de sua gargalhada. Aquele som me encantou mais que tudo, todavia fiz cara de poucos amigos, entrei na cozinha, fiz o almoço, servi primeiro ao meu marido- que me olhou um pouco bobo, um pouco surpreso pela minha reação. Não discordo de sua reação, de primeiro intento teria eu colocado para fora toda a minha ira e frustração, mas a paz estava comigo e é claro: a astúcia - , ele comeu - servi os outros que foram ainda menos discretos com seus olhares furtivos a meu marido- , eles comeram, e só então eu comi. Depois de arrumar a cozinha pedi licença - ao sair ouvi eles comentarem sobre o porque eu não matei o Nicholas naquele exato momento, e porque eu não estava nem ai para esses malditos, e a resposta é que eu sou superior e estou guardando o meu espetáculo para hoje a noite, me aguarde Mr. Morgenstern - e decidi ler o diário da minha mãe pela centésima vez - nunca havia mencionado não é? Ficou curioso para saber o porque? Então continue lendo o meu diário, a minha verdade não calada, contada, revelada, posta perante ti. Te aguardo aqui, neste mesmo diário, para continuar instigado a me entender.

Ass: Yasmin Oliveira!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Diário de Nicholas Morgenstern part. 6.


 Nicholas Morgenstern

Será que assustei Alice? Se sim, consegui o esperado. Foi só o que pensei, eu tenho coisas para resolver e não quero ter que me preocupar em dissimular até com minha mulher, só não posso informá-la de tudo - seria tão perigoso quanto. Depois do desjejum fomos para a cidade e fui conversar com o sr. Dick. Meus companheiros insistiram em entrar apesar de minha má vontade - não estava muito para platéia, era algo mais particular - no entanto eles jamais me permitiriam esse momento.
- Nicholas? O que fazes aqui?
- Acho que sabe muito bem Dick, eu vim cobrar uma dívida.
- Dívida? - perguntou um tanto inseguro, olhando para meus amigos, facilmente confundidos com capangas; ele praticamente tremia. Me controlei para não rir, Dick parecia um pardal assustado; não, que não tivesse motivo.
- Sim, eu preciso que cumpra com sua palavra. Preciso que me diga onde o maldito do Jackson está.
- De qual Jackson estamos falando? Porque eu conheço quatro.
- Estou falando de Elliot Jackson, não haja como se não soubesse.
- Eu não sei onde ele está. - tirei uma faca do bolso e me aproximei dele, coloquei a faca em seu pescoço e educadamente continuei o diálogo.
- Melhor que não grite ou posso fazer uma besteira - disse enquanto pressionava cada vez mais a faca em sua garganta, mas não o suficiente para ferí-lo, a princípio queria apenas assustá-lo a menos que houvesse a necessidade de alguma medida mais drástica - E se não cooperar posso fazer uma besteira maior ainda, espero que agora tenha uma resposta mais adequada - o Skinner riu e disse algo do tipo "depois desse seu olhar sanguinário, você sabe que eles sempre têm" e Jonathan concluiu "é melhor que tenham", essa conversa paralela assustou ainda mais o sr. Dick, percebi que o mesmo logo teria uma síncope então me afastei e o dixei respirar, e continuei - Já tem uma resposta satisfatória sr. Dick? - Ele apenas escreveu um endereço em um pedaço de papel e disse para nunca mais visitá-lo, o que não depende da vontade dele e sim da minha, todavia deixaria como está, por enquanto.
Preciso seguir esta pista enquanto está fresca, fui até a fazenda, Alice tinha ido ajudar na plantação e ama estava muito ocupada no forno, arrumei minhas coisas e fui embora. Até pensei em deixar um bilhete, entretanto não serviria de nada, pois não poderia colocar nada além de tive que ir, não podia dizer meu destino, nem quando voltaria, nem eu sei! Ela vai ficar melhor sem um bilhete que demonstre que eu me importe, odeio ilusões, logo não as transmitirei a ninguém. A poeira da estrada castigava meus olhos e o calor era intenso a essa hora da tarde, mas eu só conseguia pensar em uma coisa: eu precisava achar Elliot e Maryse, era importante.
O que será que está passando na cabeça de Alice? Será que está com raiva? Espero que seja fácil amansar a fera quando voltarmos, no entanto o importante agora é achar os pombinhos e contar que a vida de Alice está em perigo. Estou preocupado, e preciso saber se o plano deles de fugir deu certo e porque eu não podia saber de tudo, estou com um nó na cabeça e cansado demais para continuar a cavalgar, além do fato de já ter escurecido. Fiz sinal para Jonathan e ele repassou as ordens de parar, todos precisamos comer e de um merecido descanso, pois amanhã tem mais.
Paramos num vilarejo sem nome, fomos numa taberna bebericar e matar a fome. Acampamos fora da cidade, como sempre fazíamos, não digo que estava com saudades de dormir com um bando de macho que não cheira tão bem quanto a minha Alice, entretanto gosto de sentir a natureza e dormir no relento, me faz me sentir mais livre, sem barreiras. Dessa vez, o sentimento não é bem esse. Há algo diferente, não me sinto tão livre; na verdade me sinto preso a ela e a àquela maldita paisagem da janela - só Alice para me deixar insone por causa de uma maldita encosta, e insone por pensar nela! A minha Alice Morgenstern. Argh! Como essa garota consegiu me deixar desse jeito? Se eu contar isso pra os meus amigos eles vão rir, parece que finalmente uma mulher mecheu comigo, talvez mais do que fisicamente - isso me preocupa - eu tenho uma missão e não vou me desviar dela, não posso.

Ass: Yasmin Oliveira!

O Diário de Alice Jackson part. 5


Alice Jackson Morgenstern

 
Não há nada que me estimule mais do que um desafio. Eu não sei se interpretei bem mas o Nicholas estava me desafiando a desobedecê-lo e isso é estimulante, pretendo pirraçá-lo a primeira oportunidade. O dia seguiu-se como normalmente seguiria - meu marido e seu bando foram a cidade, muito bem vestidos como sempre - não voltaram para o almoço, Emma fez um ensopado delicioso e contando com a presença deles exagerou na quantidade, e os abnegados não deram nem satisfação. Gerenciei os empregados na plantação e dei uns cascudos no Tomy, que garoto peralta! Quando já estava para anoitecer, voltei ao meu antigo quarto - porque não entraria na casa principal toda suja de terra - tomei um banho longo e relaxante me arrumei com um de meus vestidos preferidos - estou de bom humor - e fui ajudar minha ama, o ensopado foi misturado a uns tempêros e foi levado a mesa com o pão que já não estava tão fresco. Comemos muito bem e ainda sobrou muito devo dizer, e nada deles chegarem, todos fomos brincar de imitar, de advinhar, e de tantas outras brincadeiras; até que ficou tarde e fomos dormir. Assim se passou a semana, neste mesmo ritmo calmo - voltei a dormir em minha cama, a usar as minhas roupas. No domingo todos da fazenda se arrumaram e fomos à missa, sempre pontuais chegamos cedo e sentamos nas primeiras fileiras, o culto começou e os louvores das crianças estavam cada vez melhores - me ocorreu que um dia seriam os meus filhos ali, Nicholas me beijou eu posso já ter engravidado - imagino meus filhos e o de Nicholas cantando no coral da igreja...Ah! Nada mais perfeito. Tudo no culto parecia primoroso até que ouviu-se o som de cornetas anunciando a chegada de com certeza alguém ilustre e egocentrico - vamos concordar que não se atrapalha um culto, a menos que se ache mais importante que Deus, o que essa criatura deve pensar? todos sairam da igreja, menos eu e Emma, até o padre foi ver o que atrapalhava a sua missa e repreendê-lo. Eu e Emma olhamos uma nos olhos da outra e suspiramos não iríamos prestigiar seja lá quem estivesse chegando, não havia sentindo sair da missa por qualquer que fosse o motivo, fomos até o altar e fizemos nossas orações, nos sentamos no banco e Emma pela primeira vez na semana tocou no assunto proibido - Em algum momento você vai me contar o porque seu marido foi embora?
- Eu já disse que não sei ama!
- Pra mim você está escondendo o que está acontecendo. - o que de certa forma é verdade, ainda estou seguindo as instruções de Nicholas, mas não será para sempre, não ficarei sob o jugo dele.
- Ama... Eu não estou mentindo, não sei porque ele foi embora, já disse que sei tanto quanto você. Me faça qualquer pergunta e responderei com a verdade.
- O que aconteceu na sua noite de núpcias?
- Nós fomos para o quarto, ele me ajudou a desabotoar o vestido, saiu, eu me troquei, ele tomou banho e dormimos. Nada de especial. - já estava quebrando as regras tendo que dar detalhes, ops!
- E ele não te disse nada?
- Disse boa noite.
- Só boa noite.
- Boa noite Alice Morgenstern, nada demais não acha?
- Entendo, e pela manhã?
- Ele me beijou, nos arrumamos e fomos tomar café da manhã.
- Só isso?- Emma sabe quando estou mentindo então vou ter que soar bastante convincente enquanto mudo o foco da conversa, e a distraio.
- Emma! Pare com tudo isso agora. O meu marido me abandonou e estou te dizendo que não sei porque, enquanto você desconfia que estou mentindo ao invés de me apoiar nesse momento. - Disse alterando a minha voz, tomara que tenha acreditado, até eu me achei convincente!
- Desculpe querida, ser uma mulher abandonada não deve estar sendo fácil. - isso! Ela parece ter acreditado, amém meu Deus por isso. Ainda não está na hora de revelar os detalhes da minha vida com Nicholas, vida essa que não durou quase nada, alguns dias, eu devo ser a mulher da cidade abandonada mais rápido.
- Na verdade, esta sendo ótimo. Salvo quando você me lembra que sou casada.
- Me desculpe, prometo não importunar-lhe mais com estes assuntos. Gostaria de sair e ver o que está acontecendo?
- Acho que vou ficar aqui e ler um pouco a minha bíblia, prefiro não conhecer o herege que ousa interromper o louvor desses anjinhos que cantam animosamente. Posso cometer uma loucura! - ama riu do meu humor negro, e saiu para matar a curiosidade.
Eu, Alice Jackson Morgenstern, estou definitivamente inconformada com a falta de noticias dele, deve pensar que sou uma idiota qualquer que ele casou, beijou e abandonou! Querido marido, não vai ficar por isso mesmo, mas sou paciente e esperarei você retornar ao lar e me vingarei desta humilhação.

Ass: Yasmin Oliveira!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Diário de Alice Jackson Part. 4

 Créditos- Photographer- Jose Luis Tabueña


Acordei me sentindo totalmente feliz, agora sou uma mulher, ele ainda estava deitado e aconchegado a mim. Abri os olhos e olhei para Nicholas, e que coincidência saber que ele também me observava. - A quanto tempo esta acordado?
- A verdade é que eu acordei bem cedo e me debruçei no parapeito da janela enquanto via o sol nascer na encosta, sabe a minha mulher me disse que era como ver o paraíso e acho que ela pode estar certa. Foi a vista mais bonita que já vi.
- Parece que a sua mulher realmente entende tudo de lugares bonitos! - disse continuando a se referir a mim na terceira pessoa - risos.
- Mas não resisti a voltar para a cama e dormi de novo, tem pouco tempo que despertei.
- Já está tarde?
- Ainda temos tempo... - falou bem baixinho, quase como um suspiro deixando o final para representar fisicamente e não em palavras, talvez elas não fossem suficientes, ele chegou bem perto e apenas encostou a sua boca na minha - na hora pensei que iria engravidar sabe, foi o que pensei de imediato, mas o padre também disse que era permitido esse prazer carnal apenas para os casados, e eu sou casada então eu posso - eu ja vi meu pai encostar os lábios nos de minha mãe e foi tão suave quanto, pensando bem foi agradável. Eu não sabia como reagir, sem perceber estava fazendo biquinho e franzindo o cenho.
- Foi tão ruim assim? - perguntou um pouco preocupado, eu suspirei e respondi - Na verdade não foi isso, eu só não sei como...como...
- Como?
- Como reagir!
- Ah! Tente apenas retribuir.
- Retribuir?
- Er... Beije de volta. - esse era o nome: beijo. Parecia bastante óbvio a resposta, beijar de volta.
- Ok, acho que entendi. Tente de novo. - e então eu fiz biquinho, mostrando que estava pronta, ele riu entretanto me beijou e inicialmente com a mesma doçura de outrora, todavia eu não sei explicar o que aconteceu depois o beijo pareceu de alguma forma ficar mais intenso e com mais sentimento, se é que essa pode ser a classificação adequada para o que quero dizer, parecia que eu estava comendo o pão doce recém saído do forno da Emma, doce mas quente - ficando talvez quente demais - mas eu retribuía e me sinto envergonhada em dizer isso, eu nem o conheço, mas ele é meu noivo. Me afastei dele o mais suave que pude, estava arfando. Tomei fôlego e disse - Desculpe, estou confusa demais. O que foi isso tudo? - ele conseguiu sorrir apesar de também respirar com dificuldade.
- Um beijo. - falou como se tivesse sido a coisa mais natural do mundo e pode até ser para ele todavia eu não estou habituada a esta sensação.
- Não, não foi só um beijo. Quer dizer não que seja uma especialista no assunto, enfim é sempre assim? - falei colocando o meu braço para impedi-lo de levantar da cama, entretanto a minha atitude não foi bem interpretada como o esperado, porque o nosso contato pele com pele parecia que ia nos fazer explodir - e eu nem sei quem é a pólvora e quem é o fogo - fomos chegando cada vez mais perto e... Quase nos beijamos se não fosse minha ama ter batido na porta e dito o desjejum esta sendo preparado, com o susto tive um sobressalto e me afastei a uma distancia segura. Nicholas me olhou nos olhos, pegou nas minhas mãos e me trouxe para mais perto e finalmente se pronunciou - Nem todos tem isso, o que esta acontecendo é o que eu chamo de compatibilidade de corpos. Como se em outra vida os nossos corpos já se conhecessem e carregamos isso para outra vida!
- Acredita mesmo nisso?
- Acredito Alice, tem uma explicação melhor?
- Não tenho, mas pensarei em algo.
- Enquanto você pensa vou ver como eles estão se saindo. - acenei que sim com a cabeça, me levantei e fui ao banheiro, Nicholas provavelmente iria trocar de roupa e eu não presenciaria esta cena. Aproveitei e tomei um banho demorado apreciando cada segundo de limpeza e quando sai - coberta é claro - ele ainda estava lá, trocado de roupa é claro, o que não compreendi. Fingi não me importar, todavia não me agradava Nicholas me observar daquela maneira - como se tivesse olhando para um pedaço de carne - escolhi um vestido qualquer da minha mãe um com estampa florida bem discreta - agradecida - voltei para o banheiro e me troquei, mas claro que não consegui abotoa-lo, sai e pedi ao profissional - Se importa? - e novamente ele delicadamente abotoou, dessa vez demorando-se mais - e bom, ele acariciou minhas costas - fui nas nuvens e voltei - e lógico que fiquei arrepiada por completo.
Sentei defronte a penteadeira e arrumei o meu cabelo com uma trança, o que demorou um bocado, e Nicholas continuava ali me esperando, não entendi nada. - Achei que fosse ver se seus amigos estavam confortáveis! - indaguei curiosa.
- Decidi te esperar. - terminei a maldita trança e descemos, ele fez questão de caminhar de mãos dadas, me parou no meio da escada e disse - Não quero que converse com ninguém sobre o que acontece entre nós, nada. Não quero que ninguém saiba nem mesmo as coisas mais frívolas. - ele foi um pouco agressivo, admito que fiquei com um pouco de medo e me ocorreu que ele me esperava para isso, todavia não sei nada da vida dele, nem tenho o que dizer.
- Eu não sei nada sobre você, acho que não tem o que temer.
- Acredite Alice, o que você tem já é o suficiente. Tenho inimigos muito poderosos, e quanto menos souber melhor para a sua segurança. Então você não vai contar nada nem mesmo para Emma, eu sei que ela é sua ama, sua mãe e melhor amiga, acredite eu entendo tudo isso. Mas se descobrir que desobedeceu uma ordem tão simples quanto essa... Acredite, será melhor se você não tentar descobrir. - falou fazendo uma cara feia de mau, tentei fingir que não estava em frangalhos de medo depois da ameaça, graças ao meu bom Deus não transmiti nenhuma emoção que me colocasse em desvantagem e com a mesma petulância retruquei - Quando a Emma perguntar, e ela vai perguntar, posso pelo menos dizer que dormimos a noite toda porque ontem foi um dia longo? E que me beijou pela manhã? - ele pareceu ponderar.
- Façamos o seguinte, eu não quero que sua ama saiba que te pedi para não contar nada para ninguém, não seria gentil se parecer que a estou excluindo da sua vida. Logo toda vez que precisar contar algo para ela, primeiro converse comigo e se não houver nada com que tenha que temer... Tudo bem, a propósito não vejo nenhum problema, apenas conte como se fosse algo normal e nada de detalhes.
- Como preferir. - foi a minha resposta educada. Descemos de mãos dadas e todos os presentes na casa nos observavam, servi-lhe o café da manhã e depois todos puderam comer - inclusive eu que descobri estar faminta. Muitas coisas para pensar, esse homem é muito misterioso e não nego que entro em palvoroso só de pensar nas coisas terríveis que posso encontrar, e no lado negro dele exposto na descida da escada. Apavorei-me. Preciso estar preparada para reagir contra esse homem caso precise, não vou deixá-lo me surpreender, e não posso pedir ajuda. Estou sozinha nessa.

Ass: Yasmin Oliveira!

O Diário de Alice Jackson Part. 3



A cerimônia acabou tarde, estava exausta. Me dirigi ao meu antigo quarto, muito arrumado - sou um pouco compulsiva com limpeza, ok, talvez muito - mas o importante é que eu tinha me esquecido por um minuto que agora sou uma mulher casada e não a garota durona que assumiu a fazenda da família. Fiquei paralisada, com medo, o futuro parecia tão incerto. E de repente senti uma mão acariciar de leve o meu ombro, como se quisesse chamar a minha atenção - ok, todo mundo já imagina quem é, inclusive eu - me virei bem devagar enquanto ouvia a sua voz dizer suavemente - Sabia que te acharia aqui!
- E-eu - gaguejei ridiculamente - eu acho que não estou no quarto certo, deve ser o cansaço. - me forçei a dizer, sem conseguir não franze o cenho. Ele sorriu da minha patética confusão, idiota!
- Achei que estava fugindo de mim, mas já que você conseguiu explicar tudo de maneira tão clara... - disse sarcasticamente deixando a frase morrer sem concluir - ai que ódio, quem ele pensa que é? Eu sai do quarto e fui caminhando em direção a casa principal apressadamente, ele correu até me acompanhar - Se ofende tão fácil.
- E o senhor tem uma enorme dificuldade de conversar com uma dama, milord!
- Ai-ai! - ele suspirou e depois disso não ouvi mais a sua voz. Subimos para o quarto que ficava a norte da casa, mas tinha uma janela que ficava a leste e eu poderia ver o sol nascer na encosta tão distante, sentei e sorri ao imaginar acordar com aquela paisagem esplendorosa, o nascer do sol em sua magnânima forma, perdoando a noite pelo frio. Nicholas me viu sorrir e pela expressão em seu rosto não entendia o porque eu estava sorrindo - havíamos brigado, pelo que ele deve ter considerado uma idiotice completa - entretanto respondi a pergunta silenciosa - Quando era muito pequena eu acordava bem cedo para poder entrar escondido dos meus pais no quarto deles e amanhecer o dia debruçada no parapeito da janela e vislumbrar o sol nascendo nesta paisagem pitoresca, a sensação é de que... Você está vendo um pedaço do paraíso, entende? - Ele acenou que não, mas não me contive e continuei desta vez de pé e não sentada, fazendo gestos para complementar o que dizia - Eu sei que não, mas parece que o sol se esconde atrás daquela encosta mais a longe, pode ver? - mostrei na janela - meu pai uma vez me levou lá para ver se tirava essa teoria louca da minha cabeça e o que posso dizer? Ele me convenceu, ficamos acampados lá dois dias e eu descobri que o sol não se escondia na encosta. Foi um de nossos melhores momentos, mas você precisa ver o sol nascendo nesta janela. Parece que a luz dissolve toda a tristeza que esta paisagem pudesse oferecer. Simplesmente amo essa vista! - e sorri timidamente, quase um suspiro. Nicholas apenas me observava, nada mais fazia além de me observar e pensar. Decidi procurar uma camisola para dormir, escolhi uma simples - não necessariamente por timidez e sim porque sou uma garota simples como disse anteriormente, não gosto de muitos adornos - ele aproximou-se e desabotoou o meu vestido como se tivessemos intimidade para isso, como se não fosse a nossa primeira noite - subiu um arrepio na minha nuca, me contive o máximo que pude, ele estava sendo tão delicado. Quando acabou saiu e me deixou me trocar com privacidade - para o meu alívio - depois quando voltou entrou no banheiro e pelo barulho tomou um banho saiu coberto mais não vestido, escolheu uma roupa e se vestiu ali mesmo, óbvio que quando vi que ficaria nu me deitei logo e fechei os olhos, afinal eu sou uma dama e não estou acostumada a observar a nudez de homem algum - fui criada por Emma para ser uma lady, e a minha educação religiosa também contribuiu muito como já mencionei anteriormente, se o padre pudesse conversar comigo neste exato momento aposto como diria que estou sendo boba, pois sou uma mulher casada e ele o meu marido, mas não pude me impedir de corar.
Ele deitou-se ao meu lado, nos cobriu e bem devagar apriximou-se, suavemente colocou a mão na minha cintura e deslizou pela minha barriga - gelei instantaneamente, mas não me movi - controlei a minha respiração e relaxei, quando pensei que já podia dormir Nicholas encostou-se atrás de mim e aproximou a sua boca do meu ouvido, disse - Boa noite Alice Morgenstern! - e não disse mais nada, tão pouco realizou outros movimentos mais ousados, minutos depois pude perceber que havia dormido. Deveria estar muito cansado da viagem, sem falar dessa festa de casamento surpresa, tudo nesse dia foi intenso. Então é isso que um casal faz a noite? Eles se abraçam e dormem juntinhos? Eu gostei disso, parece tão certo - não que eu entenda de casamentos, todavia me sinto mais mulher depois da minha lua de mel. Será que amanhã vou me sentir mais madura? Serei chamada agora de senhora Morgenstern, é imponente, gosto disso. Parece que o sono também está me dominando então boa noite seja lá quem for que se interesse pela vida de uma garota como eu, quer dizer agora sou uma mulher completa.
Miss. Morgenstern.

Ass: Yasmin Oliveira!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Diário de Alice Jackson Part. 2



Passamos o dia todo arrumando aquela maldita casa principal - e graças à Deus eu já a vinha conservando - porque é a casa que a minha mãe viveu em matrimônio com o meu pai e em adultério com o meu tio ou pai biológico, nem sei a verdade. No meio de tudo isso, eu nem sabia mais o que pensar. Estava com medo. Muito medo. Para começar eu nunca vi um homem sem roupa, nunca mesmo, e eu nunca beijei um homem - o padre diz que é o pior pecado existente, o da fornicação, e uma mulher pode engravidar em apenas um beijo - eu sempre fui católica praticante, sempre achei que a pureza da mulher fosse o essencial, e suas virtudes seriam reveladas a partir daí. Não que eu tivesse tempo para namoricos, sempre assumi as responsabilidades da fazenda, já que o meu pai transformou-se em um bêbado inveterado. Enfim, a diferença entre mim e uma freira é a batina.
A tarde Emma veio me chamar para servir o almoço e eu disse que iria assim que terminasse de arrumar o leito que outrora fora de meus pais e que agora seria meu e de um desconhecido, entretanto eu arrumaria tudo e ficaria perfeito. Continuei a arrumação até que minha ama veio me chamar - Alice, o seu noivo disse que só almoça se você serví-lo, e não deixou ninguém comer até que ele coma. Melhor se apressar minha menina, se não esses homens vão derrubar a cozinha! - sinceramente aquele homem esta me tirando todo o bom censo, mas é o meu noivo e como diz o padre Laurent "uma mulher deve sempre ser submissa as vontades de seu marido" no meu caso noivo. - Claro ama, vou agora mesmo! - fui e o servi, quando tentei servir os outros ele disse - Não, a partir de hoje você só serve a mim. - fiz uma reverência e saí para continuar com minhas obrigações.
Terminei de arrumar o quarto, devo dizer que as cortinas bordadas em tons claros de rosa formando rosas - risos - ficaram lindas, combinando com o forro da cama e fronhas, a mobília estava bem conservada, e depois de polida ficou majestosa, o tapete então? Ah! ficou lindo. Eu estava perdida em pensamentos, nem vi que alguém havia entrado no quarto até ouvir a sua voz - Nossa! - era ele, Nicholas! - Parece que alguém teve um trabalhão para deixar esse cômodo perfeito. - me esforcei para não demonstrar meu sobressalto, quase consegui, se não fosse a minha postura rígida. Ele percebeu; se assim não o fosse não teria estampado um sorrisinho de canto de boca - nada presunçoso por sinal - e já que ele havia percebido resolvi assumir - Espero que não costume andar nas pontas dos pés que nem ladrão, ou meu coração não aguenta!
- E espero que não se assuste sempre com besteira, ou não vou poder fazer muito. - devolvido na mesma moeda, ele deve pensar que isso é um jogo, homens.
- Gostou? - apontei para uma parede qualquer do quarto.
- Sim, está muito bonito e virginal se me permite completar. - eu ri, muito delicado da parte dele tentar não escandalizar uma "moça de família" - como Emma se referiu a mim - com a palavra virginal.
- Agora que já caçoou o bastante, devo dizer que o padre já chegou e que deve-se preparar. - apenas fiz que sim com a cabeça e abri o guarda-roupa da minha mãe com os mais lindos vestidos, e peguei o do seu casamento, ele era perfeito. Muito singelo devo dizer, sem camadas e supérfluos bufantes, o caimento era simples mas muito gracioso, cheio de detalhes desde o bojo até a cintura e as mangas longas eram de renda e não me fariam suar. Poderia ficar horas falando da beleza do vestido de casamento mais bonito que já vi, estava tão imersa em meus pensamentos que nem o vi sair mas ouvi minha ama entrar. Me preparei, coloquei o vestido e Emma arrumou o meu cabelo e colocou o chapéu que foi da minha mãe- como disse, sem exageros - o que muito me agrada.
Desci as escadas da casa e todos da cidade estavam lá, eu não sei como eles descobriram e como ou porque havia decoração de casamento e comida de casamento na parte sombreada de fora da casa, eu fiquei tão emocionada que me controlei para não chorar, só podia ser obra de Emma. A olhei no fundo dos olhos, a mulher que me criou - Isso tudo é obra sua! - tentei ser severa e falar como se fosse uma acusação, todavia não obtive êxito.
- Quando mandei o Tomy ir a cidade chamar o padre, mandei também que convidasse o povo para o seu casamento e que cada um trouxesse uma comida ou não participaria da festa.
- E mesmo assim eles todos vieram.
- Você sabe que muitos deles lhe tem muito afeto, e os outros não suportariam não participar da fofoca da semana.
- Você tem razão ama. - e a abracei apertado, a minha velha ama, com quem sempre poderia contar. Ela estava muito bonita, com um vestido cor de pêssego que usava apenas em ocasiões especiais e me levou até o altar - já que era a única responsável por mim -  e me tornei Alice Jackson Morgenstern. Dá para acreditar? Nem sei o que esperar da minha vida de casada só quero que não seja igual a dos meus pais, não vou trair e nem quero ser traída. Mas o meu casamento não foi realizado na base do amor e sim de um contrato...Estou perdida e não sei o que pensar, no entanto vou aproveitar a minha festa de casamento e o resto deixarei para quando acontecer, não vou antecipar sofrimento!
O homenzarrão - que mais tarde na festa descobri que se chamava Jonathan - me convidou para dançar, é claro que com a permissão do meu marido, e dançamos. Admito que para um homem daquele tamanho ele dançava divinamente, dancei com o Nicholas cara a cara, corpos próximos. Este homem me fascina! E devo admitir que o chamar de meu marido não é tão ruim assim.

Ass: Yasmin Oliveira

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O Diário de Alice Jackson Part. 1



Adoro a sensação da brisa suave no meu rosto, parece que tudo desaparece quando sinto aquela sensação, e que sensação, devido ao calor para mim até o mais simples vento é motivo de regozijo. Que verão terrível este, e o pior é que estou sozinha na administração da pequena fazenda da minha família - comparada a de grandes fazendeiros - mas a terra é bem fértil, o outro problema é o número reduzido de empregados. Mas eu não reclamo da vida que levo, na verdade eu a abraço com carinho. Sou uma garota simples, e sinto prazer em coisas simples. O meu dia tem sido calmo, eu acordei de manhã e com a minha ama fomos fazer o café da manhã para tomar com mais quatro empregados, comemos pão fresco com leite e começamos com os afazeres do dia. Muita coisa pra fazer na fazenda e muita gente cobrando dívidas que eu não fiz - e sim ele. Muitas vezes isso me aborrece, entretanto não me abalarei ele não merece nem isso. Ser fétido em espirito.
Como ia dizendo antes de pensamentos irados, tudo seguia seu caminho como sempre - não nego que a minha vida é dificil mas creio que Deus jamais me daria uma carga que não pudesse suportar. Estava refazendo uns cálculos - coisa que faço muito pela manhã enquanto o sol está dando a maior festa, e a tarde vou supervisionar o trabalho dos empregados na plantação - quando ouvi muito barulho. Eu tenho certeza que tem gente gritando, ouvi cavalos trotando a toda velocidade, barulho de tiro? Sim, sim ouço barulho de tiro e penso "meu Deus, o que faço?" e talvez não tenha tomado a decisão mais sensata - eu admito foi uma péssima idéia - mas fui lá fora colocar ordem na minha fazenda. Quando sai vi o maior caos, os empregados estavam correndo, tentado proteger-se de homens montados em cavalos, muito bem vestidos, e definitivamente de fora da cidade. E tinha um deles que era simplesmente divino, bronzeado - e quem não era com esse maldito verão que mais parece o inferno - olhos azuis, cabelos negros, e com certeza o "manda-chuva", o resto - o bando - tinha mais umas cinco pessoas armadas e sem nenhum pudor em atirar a luz do dia, a coisa ficou feia. Todavia reuni força interior e fui enfrentar as feras.
Caminhei elegantemente, sem me intimidar, com aquela minha típica expressão de desafio e disse - Quem é o líder? - e claro o lindo principe de olhos azuis respondeu - Eu meu bem, em que posso ser útil?
- Que tal tirando o seu traseiro junto com o dos seus comparsas? - os idiotas começaram a gargalhar e tirar sarro dele, mas o mesmo também riu sedutoramente o que não pode significar boa coisa.
- Pensei que fosse católica praticante.
- Acho que isso não é da sua conta, mas só para esclarecer católicas falam traseiro. Como também falam que seus amiguinhos são uns idiotas. - na hora eles pararam de rir e seguraram com mais firmeza a arma, um deles até a mirou em mim, não me importei mas a minha ama - Emma - ficou na minha frente como se fosse me proteger, eu a empurrei de volta ao grupo dos empregados que estavam agrupados dentro da casa tremendo de medo, e não os culpo, são gente que trabalha no campo não pistoleiros.
- Muita ousadia a sua de falar dessa maneira milady!
- Discordo, muita ousadia a sua entrar dessa forma na minha fazenda e sem a minha permissão!
- Mas eu não preciso da sua permissão, essa terra me pertence.
- Prove! - foi a única coisa que consegui pronunciar com o medo crescendo dentro de mim, de que fosse uma realidade, mas disse aos gritos.
- Com todo prazer - ele desceu do cavalo e o amarrou no pilar de madeira da casa principal e veio em minha direção que estava numa das casas secundárias (que é onde fica o meu escritório) a leste da casa principal, e o maldito tinha uma espécie de bolsa masculina, bem rústica que veio abrindo no meio do caminho e tirou de lá uns papéis e continuou a falar - achei que não perguntaria nunca.
- Do que se trata estes papéis?
- O seu pai me passou todos os seus bens, inclusive você querida. Alice Jackson; parece que você agora me pertence! - e entregou aquela papelada e estava tudo certo, os papéis diziam a mesma coisa e haviam sido autenticados por dois tabeliões, um da capital e o outro daqui mesmo - foi o sr. Dick, e pela data isso tem tempo; meu pai já saiu daqui de caso pensado e me vendeu - o sr. Dick nunca me disse nada e meu pai me vendeu como se fosse uma mercadoria e não a sua filha. Depois que mamãe foi embora fugida com o irmão mais novo do papai a nossa relação nunca mais foi a mesma, todos dizem que eu me pareço com o outro, e que meu pai não é meu pai. Então sim, eu acredito que ele faria isso comigo e disse - Não precisava fazer tanta algazarra se só iria tomar o que lhe pertencia. Entretanto fique a vontade para tomar posse de tudo o que lhe pertence, só lhe peço um favor,se encontrei graça em seus olhos, que não despeça os empregados porque estes vivem aqui desde muito pequenos e outros nasceram aqui, e amam esta terra tanto quanto eu. - enquanto eu falava não me envergonhei, nem abaixei a minha cabeça para ninguém, fui firme mas muito menos arrogante, e eles riram de mim e falaram "parece que alguém esta aprendendo o seu lugar" ou "isso mesmo querida, continue com o rabinho entre as pernas" e pior "Vamos Nicholas, mostra quem manda!", eu os odiei cada segundo que me ridicularizarão - e teria que pedir perdão à Deus mais tarde por isso - mas por hora me senti feliz em saber o nome do principe de olhos azuis...Nicholas, bonito, altivo e combinava com ele, foco, foco, foco Alice... Ele é o bandido.
- Estou surpreso - disse interrompendo os meus pensamentos - não vai pedir por você?
- Como se fosse adiantar pedir algo para mim, se sei que só me concederá o que quiser conceder.
- Tem razão, e digo que algumas coisas não irão mudar. Você continua no comando da fazenda, os empregados continuam como estão e eu preciso de um bom lugar para os meus amigos e claro, os nossos cavalos. Prepare também o nosso leito. - Emma ficou desesperada, estava atrás de mim e eu senti a sua tremedeira e palpitação, não conseguiu se segurar e desembuchou - A minha menina é moça direita e nunca deitou-se com homem algum. Não a quero mau falada. Sei que não será custo nenhum o padre vim aqui e dar a sua benção, assim a minha menina não estará em pecado. Lhe suplico milord misericórdia neste intento, Alice Jackson é moça de família, direita e não merece o pai que tem ou teve, nem sabemos de sua vivência há mais de cinco anos, seja benevolente. - ele pareceu pensar, virou-se para os rapazes e perguntou em voz alta - O que pensam a respeito do pedido desta senhora que clama pela virtude de sua menina? - o rapaz que apontou a arma para mim disse - Se essa garota possui virtudes, com certeza a sua arrogância já a corrompeu.
- Cala a boca, Skinner - disse um homenzarrão forte - eu concordo com o que a senhora disse, além do mais não vai custar nada ele vim aqui, abençoar e ir embora! - os outros pareceram concordar
- Então temos um consenso. Mande o padre vim. - e então tudo pareceu um borrão, os preparativos que organizei na casa principal - jamais habitada desde a partida de minha mãe - e a ajuda que prestei foram feitos sem a minha total presença, apenas uma parte de mim executava-os. O resto de mim perambulava a esmo, sem saber o que procederia da minha vida e com muito medo de descobrir!

Ass: Yasmin Oliveira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eu sou: Yasmin Oliveira



E para aqueles que não me entendem, deixo apenas o pesar da dúvida. A constante indignação do não saber, e sinto esclarecer uma única coisa: você jamais será capaz de me decifrar, pois até eu não conheço todo o código!
Ass: Yasmin Oliveira!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Casamento!


Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e
disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem
dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer
a ela o que estava pensando.Eu queria o divórcio. E abordei o assunto
calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou
em voz baixa: "Porquê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres
longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos
mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim
do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta
pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu
simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para
ela a casa, nosso carroe 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com
quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei
com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do
que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a
chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado
enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas
finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na
mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi
imediatamente,pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.


Quando acordei no meio danoite, ela ainda estava sentada à mesa,
escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria
nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu
que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma
mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria
seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para
prepar-se bem,sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus
pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do
momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos
casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para
fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava
completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos
dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito
e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim
vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar
o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo,
então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi
totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está
carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do
quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter
caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os
olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu
balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que
atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o
trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu
peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há
muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha
envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo
estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste
estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior
como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a
cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez
meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma
série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro,ela
disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi
que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em
carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega
tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o
braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de
você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as
manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho
e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de
perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala
para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a
segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu
asegurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas
pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando
estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o
tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro
endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi
as escadase bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a
ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com
febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não
vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos
valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor.
Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do
nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos
separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a
porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei
para ocarro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê
de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria
de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus
braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um
grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde
encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu
estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com
ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos
de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso
filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu
filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num
relacionamento.Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no
banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não
proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo
de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los
próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam
tão perto do sucesso e preferiram desistir.

Perfeição!


Ando meio sem coragem de admitir os meus sentimentos, na verdade nem sei o que sinto, não quero ser tão racional, qual o problema em sentir mais? Eu quero isso, na verdade quero muito. Para quê pensar tanto se no final eu não vou estar com quem não me faz feliz? Quero um amor que me deixe sem coragem, me deixe de mãos atadas para desencorajar qualquer intuito de destruição que eu tenha, um amor que me desligue da minha frieza, da minha indiferença, não é pedir de mais é? Talvez o que esteja errado não sejam eles, talvez seja eu. Será que está na hora de me doar mais? De perdoar as mancadas e viver mais relaxada? Quem sabe essa resposta ainda não me respondeu, mas o erro deve estar em mim, em só ver os defeitos dos outros e esquecer que eu não sou o melhor exemplo de perfeição - na verdade estou bem longe disso. Quem disse que eu precisava me cobrar tanto? Ninguém, eu não preciso ser perfeita mas ninguém me contou isso também, me deixaram na ignorância, eles tem medo de me falar a verdade - e por isso tenho que aprender na marra como devo me comportar, como tomar decisões. Eu quero amar! E não acho que é pedir demais. É claro que não é.

Ass: Yasmin Oliveira!

Mágoa!


Detesto esse tipo de coisa, a pessoa vem na maior cara de pau e diz "vc se afastou de mim, ta acontecendo alguma coisa? Foi alguma coisa que eu fiz?" e nem se toca que elas é que nos afastaram e nos magoaram com suas atitudes medíocres, e eu na maior paciência reúno toda a minha força de vontade para não gritar e dizer na sua cara tudo que estava pensando sobre as suas atitudes mesquinhas e digo "não, ta td bem entre a gnte, não é nada não. Vai passar" mas não passa, vc não pede desculpas e continua forçando a barra na nossa amizade. Tem coisas em vc que eu não entendo e acho melhor nem entender! Só espero que vc cresça e não se aproxime de mim, pois não vou te deixar me magoar mais, não, nunca mais!

Ass: Yasmin Oliveira!

Vida!


Gosto muito de fazer coisas que normalmente não tenho tempo, gosto de acordar e apertar a função soneca - que me dão mais cinco minutos para continuar na cama, eu adoro comer chocolate quando estou nervosa, amo chegar em casa e encontar o silêncio do vazio - sem ninguém em casa, ela é toda minha. Fico livre para sentar, relaxar e descarregar todos os sentimentos negativos e frustrações do meu dia-a-dia! Tem coisa melhor do que uma rotina quebrada com coisas simples e que fazem toda a diferença no seu dia? Acho que não, eu apoio viver as coisas mais simples da vida. A ver o lado positivo até dos maiores absurdos! Eu apoio não desistir da vida, pois é a única coisa que vão tirar de mim e eu nunca vou poder ter de volta. Virgindade a gente perde mas pode continuar pura, dignidade a gente reconquista, confiança com trabalho árduo se reconstrói, mas a vida só pede uma coisa: Mais vida bem vivida!

Ass: Yasmin Oliveira!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Marcas


   Ás vezes sinto aquela vontade...Aquela vontade de controlar tudo, aquela vontade de fazer tudo, aquela vontade de ser tudo aquilo que almejo. E sim; são muitas vontades. Mas a maior vontade é simplesmenete ser. Sim, porque ser, viver, sentir... Entrelaçam a verdade da vida. É talvez o propósito do existir, então eu sou, eu vivo e eu sinto cada momento, cada respirar. Eu sinto. Não vou apenas passar pela vida, vou deixar as minhas marcas, mesmo que pequenas comparadas a outras, ainda assim terei as minhas. Farei o diferencial no pouco que tenho e que Deus me ajude a não me perder no meio do caminho, a não decair sem possibilidade de levantar e que ele me proteja de todo o mau que me cerca. E a minha marca começa aqui, no meu blog para os seguidores dO Diário de Yaa, esse é o meu legado para o mundo. Os meus pensamentos. As minhas verdades. O meu blog!

Ass: Yasmin Oliveira

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quem tem medo da vida real?

São tantos sentimentos, tantos desejos, tanto medo. Sim, muito medo. Medo de perder, medo de encontrar, medo de ter tudo, medo de não ter nada. Muito medo. Mas medo na sua forma mais real - quase paupável. Todavia ele não me vence, sou dura na queda, posso até cair mas eu levanto. Medo, medo, você não tem poder sobre mim!

sexta-feira, 16 de março de 2012

A sua - Marisa Monte


Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Amizade


Poderia escrever um livro sobre as qualidades de um verdadeiro amigo, mas prefiro falar do sentimento que sinto por você. Amor. Acho que não preciso dizer mais nada!

Ass: Yasmin Oliveira

Felicidade



Nunca estive tão desesperada e tão feliz, é tão bom se sentir útil e fazer o que gosta e o que te faz bem. Só posso descrever o que sinto em uma palavra: FELICIDADE. O resto não é nada!

Ass: Yasmin Oliveira

Livre!


Estou livre para viver, livre para continuar a minha vida sem me preocupar com a sua opinião, livre para me apaixonar quantas vezes quiser. Agora estou livre de você! A minha liberdade é o meu maior trunfo e não sei se quero dar a mais alguém, porque eu odeio ficar presa e da próxima vez eu posso não conseguir renascer e é tudo o que eu não quero. Eu estava um trapo, e agora estou inteira de novo, você deve estar mesmo desesperado; e eu só posso dizer: continue arrancando os seus cabelos porque eu estou pronta pra outra, me supere porque eu não quero mais você. Estou me apaixonando, estou feliz, estou próxima do meu criador e estou bem comigo mesma. Minha auto-estima nunca esteve melhor, obrigada. Pena que não posso falar o mesmo de você. Pena que você continua no seu mundinho, atolado no seu fracasso. Uma pena!

Ass: Yasmin Oliveira

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tendo a lua

"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim..."


"...Hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu lembro do que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim..."

Paralamas do Sucesso
Penso muito na vida, e penso se devo levá-la a sério - se vale a pena. E é quando lembro das coisas boas vividas junos. A dois. Só você e eu. É acho que valeu a pena.

Ass: Yasmin Oliveira
Eu quero que você chore, quem sabe assim não me esquece e me deixa ser feliz. Não me prende não, gosto de voar pra bem alto e nem eu sei se vou voltar. Mas me espere; porque talvez eu me lembre de vc.

Ass: Yasmin Oliveira

Tempo.



E de repente lembro que as melhores coisas da vida começaram aos poucos. A melhor conversa,o melhor amigo, o melhor primeiro beijo, o melhor namorado, o melhor marido...enfim, tudo começou aos puquinhos. Com o tempo toma conta da gente, e esse sentimento cresce e começa a se chamar: amor.

Ass: Yasmin Oliveira

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sentimentos!


Quando me dou por falta de sentimentos é que lembro que eu mesma os cauterizei para não sentir mais a dor da perda e principalmente a dor do amor. Sinto não possuí-los, mas não muito, só pouquinho. Vale a pena não sofrer!

Ass: Yasmin Oliveira

Recomeçar


Ás vezes parece que a gente não está sintonizado, acontece, simplesmente não formamos as metades da mesma laranja. É tão difícil entender, que não fomos feitos um para o outro? Eu repito, ás vezes acontece e não há nada que você possa fazer para evitar que entre a gente não existe mais eu e você. Sinto que esteja decepcionado, eu tentei mas o que mais posso dizer além de sinto muito? É... eu sinto muito, todavia não posso fazer mais nada além disso. Cicatrize sozinho as suas feridas, só você vai poder tratá-las porque conhece a profundidade dos seus sentimentos. Eu só vou até aqui e não estou disposta a nada mais sério, nada mais sufocante que isso. Exorcize por si próprio os demônios que te rodeiam, só você os conhece - então espante-os. Desculpe por não prosseguir o que começei, mas não tenho escrúpulos para continuar nesse joguinho de poder, eu só vou até aqui. Continue sua trajetória, porque no caminho tem uma bifurcação e eu vou para qualquer lugar que você não esteja, e não fique triste por parecer que eu estou te abandonando, é que o meu caminho é diferente do seu. E por fim eu me despeço de você com dor, dor por não ter coseguido o que procurava, e feliz, feliz por estar finalmente aonde eu sempre me senti tão confortável; com o meu tão sonhado vazio, estava sentindo falta dele. Depois de um tempo eu me acostumei com ele, e ele começou a fazer parte de mim. Eu o vejo, abraço e digo: "Bem vindo ao lar querido, senti saudades!"

Ass: Yasmin Oliveira

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

“Tenho pena dos que não se arriscam,
dos que não pulam e gostam do morno,
dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina,
dos que pensam mil vezes antes de falar.”
— Verônica H.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Se foi um erro, eu quero errar sempre assim" - Capital Incial

“O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa.”
— Tati Bernardi

domingo, 22 de janeiro de 2012

Covardia

E talvez você me ache covarde por não falar na cara o que só consigo dizer quando estou escrevendo, mesmo que nem esteja pensando em você.
Eu falo de sentimentos, da minha bagunça emocional, gosto de pensar que ainda gosto de você para não me sentir obrigada a gostar de outro porque eu odiaria me desfazer da minha ilusão de te amar; se o fizesse estaria me obrigando a tentar ser feliz com alguém. Eu não quero. Parece insano não é? Mas eu não quero me desfazer dessa fachada para ter que viver, prefiro continuar mentindo pra mim mesma e não admitir que já te superei. Não que eu ainda não sinta aquele aperto no peito quando te vejo, não que de vez em quando não lembre do teu sorriso lindo, não que não tenha uma pontadinha de ciúmes quando penso em você com outra... Mas eu não me sinto mais presa a você, a ponto de não conseguir ficar com outra pessoa ou ler um romance e ficar em depressão. Com o tempo; eu entendi que eu te fazia mal e que você também não me fez tão bem, entendo que foi melhor. Todavia; ainda lembro do teu gosto e sinto que ninguém mais o tem e é por isso que luto, para não te esquecer.

Ass: Yasmin Oliveira

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Um grande amor"


A tendência a achar que as pessoas não entendem é um fato, porque se elas se importassem não agiriam com indiferença, não seriam tão mesquinhas a esse ponto. Então sim, eu afirmo que elas não se importam com as pessoas. Afirmo que quem sente demonstra que sente, não que não se faça de durão, mas que no fundo sinta e demonstre; mesmo que seja com pequenas demonstrações de afeto, que com pequenas atitudes demonstram o seu amor. As pessoas querem fingir que o mundo é feito de grandes coisas, grandes pessoas, grandes verdades universais, grandes demonstrações de amor, um grande amor absoluto que sobrevive a qualquer coisa... Desculpe se estraguei o conto de fada alguém, mas não existe nada disso. O amor se revela nas pequenas coisas do dia a dia e se revela para cada um de uma forma, não adianta rotular o amor como o sentimento mais lindo e absoluto do mundo, porque amor é um sentimento que nunca morre e etc... Não caía nessa mentira desgraçada, porque até o mais nobre dos sentimentos desvanece sem alguém que concerte as pequenas rachaduras que o tempo causa.

Ass: Yasmin Oliveira

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A minha oração

"Me desculpe, por não acreditar em você algumas vezes, perdoe -me por ter uma fé tão abalada. Me perdoe por rezar sem muito crer nas palavras que saiam da minha boca, me desculpe por só pedir quando precisei. Me desculpe, eu sei que errei. Me desculpe por não agradecer todos os dias por ter a vida que o Senhor me deu, minha familia, amigos, minha casa, meus pensamentos, meus amores, e até meus erros ! Me desculpe por não aceitar ou perceber o quanto o Senhor foi maravilhoso comigo, me desculpe por ser simplesmente eu."