domingo, 17 de outubro de 2010

O Diário de Zoey part. 15

I'm Zoey




Continuação de O Diário de Zoey!





Eu adoraria sair e dar uma volta com o meu ex-namorado, tipo pra me divertir. As vezes tenho saudades dele, e falando nele... Devo uma resposta, então comecei a caminhar em direção ao meu quarto. Chegando lá eu escuto o meu celular tocar, pelo visto cheguei na hora certa. Ao olhar o visor que coincidência, é o ex-mô.
- Alô?
- Oi! Que saudade.
- Eu também sinto saudades...
- Que bom saber.
- Mas não foi para dizer isso que você me ligou, não é?
- É. Antes de pensar bobagem escuta primeiro, OK?
- OK!
- Andrômeda quer falar com você.
- O que ela quer?
- Ela precisa te alertar sobre algumas coisas, precisa falar com você num local seguro.
- E aonde seria um local seguro?
- Na biblioteca da escola, amanhã depois do almoço. E você precisa encenar um pouco...
- Encenar?
- É; fingindo que ainda a odeia!
- Isso não vai ser muito difícil.
- Para de fazer essa pose toda de machona, eu e ela sabemos que você salvou a vida dela.
- Eu só fiz o que era certo!
- Sei... Olha; eu tenho que desligar. Amanhã a gente se fala... Boa noite mô!
- Boa noite mô! - Depois de desligar o telefone fui tomar um banho refrescante e relaxante, porque você a de concordar comigo que eu mereço relaxar. Mas pelo visto será algo impossível, porque a porta da Alice está no meu quarto me esperando para esclarecer algumas coisas, mas eu estou tão cansada... Que mania dessa galera de nunca bater na porta, eu tenho que criar o hábito de trancar essa porcaria. Mas pensando bem ainda bem que é Alice, porque eu estou apenas de toalha... Fui me vestir como desculpa para retardar o interrogatório, pois evitá-lo será impossível com a inquisidora Alice. Então sem mais como poder enrolar digo que comece A hora do horror estrelado por Alice Hale.
- Então? Me conte tuuuudo! - ela disse sem conseguir conter o entusiasmo
- Alice, nó somos amigas agora, certo? - ela acenou que sim com a cabeça com bastante paciência demonstrando que estava preparada para o que viesse, o que era muito bom - Eu preciso ter certeza de que posso confiar em você, você entende não é?
- Entendo!
- Que bom! Te peço que por favor não me julgue...
- Ok, mas conte logo. - disse sem sinal algum de irritação
- Eu ando tendo sonhos, sonhos que nem eu sei explicar. É algo paralelo entre a realidade e a fantasia, na verdade acontece praticamente simultâneamente, entende?
- É tipo visões?
- Sim, mas nem eu as entendo... Isso nunca havia acontecido comigo antes, só para ficar claro, eu tive esse sonho com Andrômeda e por isso sabia aonde ela estava.
- Deixa eu ver se eu entendi tudo. O Verner é louco por você mas cata outras garotas, ele é um psicopata que come e depois descarta menininhas, você é tipo a super heroína ( a única que pode detê-lo ) por causa desses poderes de advinha, é isso?
- É... - disse meio incerta, ela entendeu o que eu quiz dizer, mas do jeito dela e com a linguagem dela - mas que fique bem claro que só vejo coisas relacionadas a ele. - eu nem sei como ,mas ela entendeu muito bem o que eu disse, tanto que eu a vi se arrepiar, então eu não sou a única a entender que ele é perigoso!
- Eu quero te ajudar!
- O quê?
- Exatamente, e não pense que é só por você... Eu tinha uma amiga aqui do Campus, na verdade eu só vim pra cá por causa dela, sabe? Ela só vivia de papo com esse verme e depois desapareceu, ela me disse que eles estavam juntos, sabe? E ela como Andrômeda simplesmente evaporou e ninguém se deu conta. Primeiro ele isolou ela, tipo ela tava sem amigos e depois foi se aproximando dela, dando colo, como ele tentou fazer com você e aí ela sumiu... - Alice começou a soluçar, e a cascata que ela lutava para evitar desceu rio abaixo - ela nem sabia que eu vinha, era uma surpresa.
- Quem era essa sua amiga? Eu entrei no meio do ano passado mas posso tê-la conhecido.
- Rachel!
- Pensei que ela tinha voltado para casa.
- Você a conhecia?
- Claro! Ela era minha colega de quarto, ela deixou algumas coisas no quarto porque ela disse que voltaria com os pais para pegar, mas nunca voltou. Pensei que ela havia ficado sem tempo e deixou pra lá. Se quiser pode ficar com elas!
- Muito obrigada! Estou sem palavras para dizer o quanto isso é importante para mim.
- Relaxe... Eu bem sei o que sua amiga passou!
- É por isso que eu preciso te ajudar.
- Ok! Mas posso fazer uma pergunta indelicada?
- Hã?
- Sobre o Conrado.
- Ah! Pergunte o que quiser.
- Porque vocês terminaram?
- Porque nunca ía dar certo.
- Seja menos evasiva se puder.
- Para quê você quer saber?
- É importante que eu saiba caso eles tentem usar o Conrado de novo.
- Ok!... Ele me traíu com essas baba-ovo da Andrômeda, satisfeita?
- Sim. Falando no diabo... Andrômeda marcou de se encontrar comigo na biblioteca depois do almoço.
- Depois do almoço?
- Sim, nunca tem ninguém nesse horário.
- Isso é. Mas se a idéia é não parecer suspeito... Não vai conseguir não. A não ser que você entre pela porta dos fundos.
- Eu não sabia que a biblioteca tinha uma "porta dos fundos"
- Mas tem.
- Como você sabe?
- Você é muito curiosa.
- Olha só quem fala.
- Eu trabalhei lá no primeiro semestre e acabei descobrindo algumas coisas.
- Você fez isso pra descobrir o quê? Ou melhor, o que você descobriu?
- Eu posso te contar amanhã? Estou morrendo de sono e cansadíssima, eu prometo que conto amanhã. - Ela quase jurou de pé junto e eu ri e deixei por isso.
Eu achando que a criatura ía embora e devo dizer que na minha agonia eu nem percebi que tinha uma mala em frente a cama ao lado da minha, a mesma cama em que a Rachel dormia.
- De quem é essa mala?
- Dãã é minha né?
- Hã?
- Agora que eu encontrei uma nova melhor amiga, você acha que eu vou deixá-la dormir sozinha?
- Não tinha pensado por esse âmbito.
- Pode se acostumar em me ter como sombra, porque eu me transferi para o mesmo quarto que o seu e as mesmas aulas.
Sinceramente eu gostei dessa nova perspectiva, e eu tenho certeza que irei me acostumar, na verdade agradecer por essa nova tagarelice matinal, ou melhor diária, pelo menos não vou ficar só, eu sinto que com alguém como Alice do meu lado eu nunca mais vou ser abandonada, sinto que posso confiar nela.
- Fico feliz que você fique comigo, quem sabe assim param de invadir o meu quarto?
- Quer dizer que é só para isso que eu sirvo?
- Claro que não Alice...
- Claro que não? Você acabou de dizer isso.
- Alice?
- Não me venha com Alice... - E assim continuou as briguinhas que eu sempre contorno e que fazem da minha amizade com Alice forte, ela é ou não é uma figura? Adoro essa garota terrívelmente irritante!




Autoria: Yasmin Oliveira

domingo, 3 de outubro de 2010

Brincando de artista...

I'm Mi (banda Glória)


Caricatura bem louca do Mi




I'm Lucas Silveira





Caricatura do Lucas




I'm Pitty




Galeraa essa eh a caricatura da Pitty, todas elas foram feitas por um blogueiro*










terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Diário de Zoey part. 14


I'm Zoey!



Continuação de O Diário de Zoey




Aquela comemoração toda estava muito linda mas... Sempre tem alguém para estragar a festa e esse alguém tinha que ser aquele vermezinho irritante.
- Oi!
- Oi... - minha mãe disse quase sem fôlego para o meu Apolo, concerteza não aguentou olhar para aquele monumento sem ceder aos seus encantos
- Vocês sãos os pais da Zoey?
- Sim - disse minha mãe ainda ludibriada com aquele deus grego que fascinava até mesmo os machos do campus, e isso é porque ela não o viu sem roupa em cima da Meggie ou era capaz de pedir para participar (eca)
- A senhora parece a irmã mais velha e não mãe! - disse ele com veemência exagerada, era impressão minha ou ele estava flertando com a minha mãe? Se é que as pessoas ainda usam esse termo ultrapassado, porque fala sério... Que criaturinha mais abominável.
- Professor Verner essa é a minha mãe Martha e este é o meu padrasto Henry. - apresentei de má vontade, acho que o Henry também não gostou muito dele e não pense que é porque o Verner só faltava agarrar a minha mãe, é porque ele percebeu que aquele serzinho insignificante não presta, até porque o meu padrasto está acostumado a minha mãe ser paquerada o tempo todo e ele só ri, pois sabe que a minha mãe é só dele. Apesar de sempre ficar lisonjeada com os elogios minha mãe nunca daria bola para ninguém que não fosse o maridinho dela! Eu sei que ela o ama, então vou frear essa cena com chave de ouro.
- Eu sou Jasper Verner muito prazer - disse ele beijando a mão da minha mãe com uma cadência proeminente a outra época - professor de biologia da sua filha. - acho que a palavra filha despertou a minha mãe para a realidade que consistia em que ela é uma mulher casada e tem uma filha. A compostura logo voltou. Ela recolheu a mão delicadamente que ainda estava nas garras do psicopata e posiciounou-se ao lado do marido.
- Minha mãe você sabia que existiam graves suspeitas da direção da escola de que o senhor Verner houvesse me estuprado? - falei na maior cara de pau, percebi um leve tremor no Verner, acho que foi raiva mas não me importa. A Martha arregalou os olhos como se a tivessem esbofeteado.
- Mas pelo visto houve um equívoco, já que o exame declara que não houve nada.
- Como você sabe Verner? Nós só ficamos sabendo agora. Além do mais o exame veio lacrado, será que subornaram a clínica que fez o exame para que o resultado fosse outro? Eu acho que isso lhe convém muito ou será que a sua amante, a Meg, está por trás disso tudo? - ele estava pocesso, ele me fuzilou com aquele olhar de ira, a cólera era apenas piada para o que aconteceu com ele. Depois de respirar fundo e tentar se acalmar ( o que ele não conseguiu) disse
- Eu só queria comprimentar, licença. - e se retirou. Estava todo mundo me olhando como se eu acabasse de gritar "os alieníginas estão invadindo o planeta terra", fala sério.
- O que foi? - consegui dizer.
- Foi muita coisa, explique-se? - foi só o que o Henry conseguiu dizer, porque minha mãe estava prendendo a respiração e por isso não conseguia falar.
- Bom... Eu tenho uma richa com esse professor e parece que ele teve um caso com uma aluna do colégio, e ela foi achada ensanguentada no bosque do campus com a minha ajuda, e eu descobri que ele tem um caso com a enfermeira do colégio e quem sabe com quem mais desse lugar.
- E o que você tem haver com tudo isso? - a minha mãe conseguiu recuperar o ar e perguntar, mas era uma pergunta retórica
- Ele quer que eu seja mais uma marionete dele, mas isso nunca vai colar. Você mesma viu o nível de persuasão que ele exerce nas pessoas. Eu não posso sair culpando-o pelas coisas sem provas então... Fica só na provocação! Ele sabe que eu não tenho nada de concreto contra ele.
- Minha filha... Ai meu Deus! Eu tenho que tirar você daqui... Eu tenho que...
- Não adianta mãe, seja para aonde eu for o fantasma do Verner vai me seguir, nem que seja em pensamento. Eu não posso deixar que ele continue propagando o mal aqui, eu não sou nenhum detetive mas vou ajudar como puder, eu sou a única imune ao poder dele de sedução.
- Isso é muito perigoso. - afirmou o Henry, que se pronunciou apenas agora na discussão.
- Eu sei! - é só o que eu podia dizer, nós conversamos um monte e eu contei tudo o que vinha acontecendo, esquecendo propositalmente a parte em que eu me sentia atraída pelo verme, mas isso não importa. Nos despedimos e eles foram embora promentendo não se omitirem mais da minha vida, pois iriam me ligar regularmente e enviar emails e quando pudessem viriam me ver! Eu amei essa nova perspectiva! Talvez haja aquela tal de luz que dizem ter no final do túnel, e é como dizem... A vida é mesmo uma caixinha de surpresas.



Autoria: Yasmin Oliveira

domingo, 19 de setembro de 2010

O Diário de Zoey part. 13


I'm Zoey





Continuação de O Diário de Zoey



Quando eles entraram o Verner saiu e eu como desculpa disse
- Ela está tomando banho mas já vai sair, se importam se eu der uma volta? Estou muito tensa com o resultado do exame, não precisam esperar por mim para abrir! Eu já volto. - dito isso saí sem esperar resposta, a enfermeira saiu no meu encalço me gritando - ZOEY! ESPERA!!! - Eu olhei para trás e a vi sem ar atrás de mim - O que você queria? - perguntou cabisbaixa
- Sim, o exame.
- Claro, toma. - ela retirou o envelope do laboratório do bolso da calça e após entregar se foi.
- E então Zo? - ele distorceu o apelido que me deu com tamanha ironia que gelou a minha espinha - você foi estuprada?
- Você é ridículo, nem acredito que tenho algum sentimento por você. Dá licença. - fui embora, as lágrimas cediam mas era de raiva, eu nunca senti tanto ódio. Foi por isso que ele estava estranho na lanchonete e depois ficou com ela, tudo porcausa do maldito exame. O que ele esperava? Eu estava com medo e tinha os meus motivos, quem é ele para me julgar? O senhor certinho é que não é. Quem não tiver teto de vidro que atire a primeira pedra! (Pitty). Parece que para ele tudo se resume numa única palavra, a vida se resume em uma única palavra para os homens: SEXO. É só no que pensam! Limpei as lágrimas com a mão utilizando de força exagerada e isso foi bom, pelo menos me levou direto a realidade. Eu voltei para a merda da enfermaria mas não entrei apenas os chamei, eles saíram e me acompanharam até um banco próximo dali aonde o Verner me consolou pela primeira vez. QUE DROGA, tudo me lembra ele! Tirei o envelope do bolso da bermuda e entreguei-o ao Henry, eu ía me sentir melhor se ele pudesse ler e me dizer o que havia nele. E que começe a inquisição porque a herege aguarda o veredicto com extrema impaciência, vamos descobrir se o professor Verner é ou não um predador sanguinário ou apenas um idiota, eu não me esqueci da minha vontade de confeccionar aquela maldita camisa com os seguintes dizeres: I'm idiot!
O meu pai ficou surpreso com a minha atitude nada peculiar, no geral eu já teria rasgado o envelope e visto mas... Dessa vez a coisa era séria e o resultado sendo positivo ou não iria mudar a minha vida independente do meu querer.
- Minha filha, eu quero que saiba que independente de qualquer coisa eu... Eu vou cotinuar te amando!
- Eu sei mamãe! Eu sei.
- Meninas... Não chorem a Zoey está bem, nada de estupros!
- O quê? Nada de estupro? - Eu nem podia acreditar \oo/ eu e a minha mãe demos as mãos e começamos a pular, a gritar, e fazer uma dança esquisita. O Henry gargalhou dessa comemoração nada sutil e concluíu
- Tal mãe, tal filha!

Autoria: Yasmin Oliveira!

O Diário de Zoey part. 12


I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey



Consegui sair do banheiro sem aquelas terríves teias de aranha que tomaram conta do meu cabelo, e a poeira do corpo... Que banho maravilhoso saí com o cabelo cheirando a morango, enrolada na toalha fui até a minha escrivaninha e liguei o meu aparelho de som para escutar The only exception de Paramore (vc eh a exceção), quando voltei a realidade do meu quarto impecavelmente limpo e arrumado encontrei o Phill me observando e que susto, não vou mentir não...EU GRITEI! rs. Ele se aproximou e levantou os braços na minha direção, eu não resisti e o abracei.
- Z?
- Z? Que bonitinho - Ele sorriu
- Não gosta?
- Claro que gosto, é muito fofo!
- Z; você está diferente... - disse fanzindo o cenho - está muito insegura...
- Eu sei, ando dependendo demais das pessoas, do que elas pensam... Mas é que eu estou sozinha nessa!
- Isso não é verdade... Penso em você com frequência... Na verdade o tempo todo!
- Porque não foi me ver?
- O Verner estava lá, eu não quis dividir você no meio - rimos muito dessa hipótese extraída da bíblia (o rei Salomão) - eu tenho que ir - ele me deu um beijo na testa e foi embora, me deixando naquele quarto ao som de Paramore!
Fui escolher uma roupa e optei por uma bermuda jeans; uma blusa de manga longa preta com dois botões na frente (também pretos); e um all star preto com o cadarço branco. Agora é só sair a caça do casal 20, por dedução pura e lógica os meus pés me levaram até a lanchonete e bingo! Eles estavam lá. Eu me sentei ao lado deles e os acompanhei no lanche pedidndo um suco de laranja e um sanduíche natural, casualmente começei uma conversa
- E o John? Porque não veio? - Eles se olharam por alguns segundos com cautela e depois me fitaram tentando encontrar a resposta certa, minha mãe pela primeira vez na vida estava sem fala (que conveniente) então o Henry foi o porta-voz e isso não é bom sinal, já que ele não é muito de falar, a notícia deve ser ruim.
- O seu pai está viajando com a noiva, ela está grávida, ele nem ficou sabendo do estupro nem nada! - ele terminou de falar torcindo um pouco.
- Ah tah! - disse não conseguindo disfarçar a decepção e frustração que me golpeou, minha mãe terminou de comer e começou a tagarelar como sempre fazia, o que de certa forma me consolou bastante, pois precisava escutar amenidades e esquecer coisas mais sérias do tipo: eu sempre fui muito ligada ao meu pai e nós sempre estudamos juntos, e tivemos dicussões acadêmicas, e falamos de namorados, e uma infinidade de coisas, mas ele se casou e nem fala mais comigo, nem me ligou desde essa maldita lua-de-mel e eu respeitei ele querer curtir a mulherzinha mas... A filha dele foi estuprada e ele não está nem aí, aposto que ele sabe de tudo e disse que estava ocupado, ele ultimamente anda muito ocupado, ele nunca foi um pai ruim e agora tem sido o pior, e eu nem posso culpar a minha madrasta ela sempre me tratou super bem... Eu tenho que para com isso ou vou chorar... Calma ZOEY segura a lágrima, segura garota. Você só está pensando besteira. Involutariamente disse
- Ele nem sequer ligou... - uma lágrima escorreu na minha face e eu me odiei por isso, estar chorando por ele... Minha mãe se comoveu e começou a chorar comigo e me abraçar e dizer "vai ficar td bem meu anjo, vai ficar", ou algo do tipo " nós estamos aqui" enquanto essa cena desastrosa se passava a galera ía passando e presenciando aquele momento constrangedor e eu vi o Verner... Ele me olhou de um jeito que eu não gostei, acho que vi ódio, amargura, e algo que não consegui decifrar, talvez decepção... Não sei. Depois ele vai ter q me explicar! Quantas emoções me rodeando, estou beirando o desespero! E esse mistério rondando esse misterioso professor de biologia está me levando a loucura. Minha mãe voltou a falar de amenidades do tipo: ela e o Henry vão fazer outro cruzeiro no final do ano e ela quer me levar com ela de qualquer jeito, falou que a minha prima engravidou aos 15 anos e que lá na casa da minha tia está a maior confusão, e completou todo o falatório dizendo que se eu ficasse grávida por causa do estupro eu poderia abortar, e ainda disse mais, que ía me apoiar no que eu precisasse e eu não precisava me preocupar com nada que se eu quisesse levar em frente a gravidez e depois entregar o meu filho para algum casal, ela conhecia um perfeito e que eu poderia continuar vendo o baby quando quisesse! Eu nem acreditei.
- O que aconteceu com a minha mãe e quem é você? - Ela sorriu e debochou
- Você é muito engraçadinha, eu só estou tentando ajudar...
- Eu sei mãe e agradeço, mas eu nem tenho certeza... Porque nós não vamos até a enfermaria e vemos se já chegou o exame? - O meu padrasto é que estava muito feliz com tudo aquilo (eu estava me dando bem com a minha mãe e nós estavamos uma escutando a outra, isso era encantador, mas sinceramente não sei até quando dura todo esse milagre, rs)
- Eu peço desculpas pelo ataque na efermaria
- Imagina meu anjo, sua mãe exagerou um bocado também! - ela nunca ía admitir que estava desesperada e que exagerou pra caramba (rs), o meu pai substituto só riu. Terminada a refeição fomos na enfermaria pegar o resultado e que surpresa! Quando abri a porta me deparei com uma cena de levantar qualquer defunto (ainda bem que o casal 20 ficou para trás vendo uma roseira incrível, eles tem um mega jardim lá em casa, daí o interesse) eu fiz a maior cara de paisagem como se aquilo fosse super normal, e deveria ser não é? Nos últimos dias estava comum a minha pessoa ser platéia daquele tipo de orgia, ela ficou completamente desconcertada, pediu desculpas e foi no banheiro tomar um banho, enquanto predador verme gigante ficou parado completamente a vontade com a sua nudez e com um sorriso irônico nos lábios carnudos e sensuais, que pernóstico.
- Dá para se cobrir? Os meus pais não vão demorar muito para me alcançar. - Disse com impaciência
- Não precisa se esconder atrás do pretexto dos seus pais estarem vindo... Você está na verdade incomodada porque não resisti a mim.
- Estou realmente incomodada, mas é com a sua cara de pau. Não vale nem o prato que come, e as suas promessas são fajutas como eu previ que eram, aquele papo de "vou ser só seu" - afinei a voz ao tentar imitar aquela voz perfeita - era tudo mentira, como eu sempre soube que era, aliás, como tudo em você é... Uma completa e irrevogavél mentira! - ele estava transtornado... A fúria era evidente em seu olhar, acho que se pudesse me matava ali sem nenhuma cerimônia mas eu fui salva pelas circunstâncias, os meus pais chegaram.
Graças a Deus ele já havia se vestido ou a minha mãe ía ter um ataque cardíaco com tanta beleza e euforia que emanva daquele corpo nu, que trazia consigo uma sensação de adrenalina. No meu ouvido ele disse
- Te espero lá fora - foi tão baixo e tão rápido que eu quase não notei, foi como se o ar sussurasse no meu ouvido algo qualquer que fizesse cócegas e me arrepiasse dos pés a cabeça... E que sensação divina!



Autoria: Yasmin Oliveira

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Do lado de cá!


Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá


A vida é agora, vê se não demora,
Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra
pular

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

Chimarruts

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O direito à diferença




Há uma margem desabitada
No preâmbulo da angústia
Sinal indefinido de evidências

Há uma réstia de um sabor
No âmago da discórdia
Contemporizando com a amargura

Há a proveniência
Das decisões discernidas
Na intenção da intocabilidade

Há o fragor
Implícito na abundância
Que aqui se torna de todo descabida

Há um tempo que morre
Na resolução do acabado
Na insanidade do desrespeito

Há outro tempo que ora nasce
No prelúdio da alvorada
Como tonificante para a busca do futuro

Tudo se transforma a preceito
Na evolução das vivências
Às vezes por mero defeito
Ou então nas consistências
Mas cada coisa tem seu jeito
Muito para além das aparências

António MR Martins



O sonhador




Hei! Vem para o meu sonho. Pensar em sonho é tão difícil quanto pensar no amor, chego a ficar em duvidas, quando as pessoas falam em sonhos. Quer sonhar? Vamos sonhar. Hummm! Como é bom sonhar que está correndo sob as árvores, chutando suas folhas caídas, correndo e gritando com toda a força, para aliviar os desejos da alma. Se querer e ter objetivos é sonhar, não quero sonhar. Meu sonho é voar como se tivesse asas, voar na imaginação com todos aqueles que sonham como eu. Agora vocês me dão licença que eu vou sonhar, vou atravessar a barreira da realidade, vou saltar na imaginação de corpo e alma para encontrar pessoas que jamais encontraria, meu sonho é tão real que sinto a presença deles, toco neles e escuto o que eles têm a me dizer, às vezes nem quero que vão embora, pois sei que jamais os verei de novo. No sonho abro o meu coração, sonho com a amada, escuto suas palavras de amor, sinto o seu corpo, seu beijo gostoso e sua felicidade de partilhar aquele sonho comigo, mas nem sempre é feliz, no sonho também sofro decepções e acabo abandonado. Não sei se sonhar é viajar ou vagar no inconsciente, só sei que é um mergulho no irreal, um passeio no imaginário. Nele eu chego a ver a minha deusa do meu lado, ela fala em meu ouvido, chega a contar os seus segredos, depois sorri e diz que também me ama. Ela está aqui, eu sei que está, pois pego na mão dela e corremos nas nuvens. Não quero mais voltar! Só quero sonhar! Como é bom sonhar, sonho que sou um beija a flor, sonho que sou um ursinho, chego a sonhar que sou um urubu só para voar bem alto, o mais alto que puder, quero ver tudo bem pequeno, se quiser posso até chegar ao céu, não tem limites o meu vôo. Como sonhar é gostoso! Por que existe a realidade? Por que não posso sonhar para sempre? Não quero a realidade vou voltar para o sonho! Encontro uma garota que também é sonhadora chegando com seu lindo vestido branco. Olho para ela. Dou um sorriso e digo: - Não quero branco e pinto o vestido e o cabelo dela de azul. Nós saímos correndo e riscando tudo de azul, corremos riscando a rua e começamos a voar riscando também o céu, seus cabelos compridos flutuam com o vento, nossos riscos têm o formato de um grande coração com uma flecha fincada no meio. Olho para ela e não quero mais azul, pinto o vestido e o cabelo dela de amarelo, saímos correndo entre as flores chegando até uma grande árvore perto do mar, dali vemos um lindo arco íris, corremos sobre o mar e subimos no arco íris, chegando lá em cima, nós damos um mergulho rasante e muito veloz querendo sentir a água fria. Nós saímos da água, eu olho para ela e não quero mais amarelo, pinto o vestido e o cabelo dela de vermelho. Saímos correndo nos amando como loucos, colorindo todo o caminho de vermelho e deixando o perfume do amor, onde passamos o cheiro do amor atrai amor e tudo e todos se transformam e só querem amor e amar. O dia está acabando, eu olho para ela e não quero mais vermelho, pinto o seu vestido e o seu cabelo de preto. Saímos correndo e assustando todo mundo num sonho assustador, chega a virar pesadelo, mas não paramos e continuamos correndo no escuro, iluminados pela lua cheia, num céu estrelado e lindo. Estou muito cansado e não consigo mais sonhar. Ela vai embora com seu lindo vestido preto e me deixa ali jogado na realidade. Eu não quero a realidade, eu quero sonhar e não volto mais... Paulo Ribeiro de Alvarenga

O Diário de Zoey - part. 11


I'm Zoey

Continuação de O Diário de Zoey

Despertei com o som de uma conversa nervosa e tensa, distingui de imediato a voz da minha mãe e a julgar pelo tom de voz ela estava prestes a entrar em ebulição.
- Henry! Quem essa Meggie pensa que é? Eu estou quase perdendo a paciência - disse ela aos gritos, ele bufou
- O que foi? Está querendo dizer que eu sou desequilibrada? - melhor interromper essa conversa antes que as coisas piorem
- Mãe... - consegui dizer com a voz fraca, ela ficou perplexa
- Minha filha! - ela sussurou na minha orelha cheia de emoção - Está tudo bem com você?
- Sim mãe.Tudo bem. - Espero que sim, acrescentei mentalmente - Henry?
- Oi meu amor! - meu pai é um homem de poucas palavras, ao contrário da minha mãe que tem pavio curtissimo (rs)
- Oi - disse com um sorriso fraco, que saudade daquele homem! Há quanto tempo não os vejo? Acho que desde o cruzeiro que fizemos nas minhas férias. Tentei me levantar, mas foi inútil não tenho forças nem pra levantar uma palha, então o Henry me ajudou (ele é como um pai pra mim), minha mãe estava silenciosa demais e de costas, eu nem sei o que se passa na cabeça dela, tem algo nisso tudo que não me agrada! Eu podia sentir a tensão que emanava dela, podia quase tocar no desconforto que ela sentia, podia ouvir o som desconcertante da sua respiração que falhava nos momentos que ofegava, ela estava arrasada, eu sabia que chorava. Mas porque? Abruptamente ela virou-se e pude ver a angústia que consumia todo o seu ser (pode parecer drama, mas só digo o que vi) ela me fitou com uma urgência descomunal e verbalizou de forma confusa o que tanto a afligia
- Minha filha?! Me diga... Não nos poupe a verdade... Alguém abusou de você? - Enquanto ela falava eu franzi o cenho - Eu sei que é um assunto complicado, mas... Eu não aguento mais essa tensão. Eu preciso saber! - Eu levei um minuto para entender o que ela queria dizer, e quando percebi fiquei chocada, eles não vieram me ver porque eu estava mau, mas porque achavam que eu havia sido estuprada? Quer dizer que se estivesse apenas doente eles não viriam? Que tipo de família é essa que eu tenho? Essas dúvidas me assombraram então eu estremeci diante daquele mar de incertezas, fundo demais para uma adolescente insignificante como eu. QUE DROGA. Minha mãe interpretou errado as minhas reações e começou a gritar como sempre faz quando tem uma ADP (ataque de pelanca) então os dizeres começaram com algo do tipo "eu sabia" seguido de "eu carreguei essa garota por nove meses para isso?", ela se descabelou, enfim, deu a louca na coroa, mas como sempre em nenhum momento ela me ouviu. Fingiu que eu nem existia, que é exatamente o que faz desde que ela e o meu verdadeiro pai se separaram... Pera aí! Cadê ele? Não importa, aliás ninguém se importa! Eu tentei chamá-la mas ela estava ocupada demais com o seu discurso sobre como a vida era cruel com ela, etc, e etc... Enquanto isso o Henry apenas me observava atentamente, para saber o que se passava dentro da minha cabeça, mas eu só estava irritada pelo fato deles não me ouvirem, era só isso! O Henry ainda me olhava, encontrei piedade naqueles lindos olhos azuis, aquilo era a gota d'água. As lamúrias começaram a ficar insuportáveis, e eu parecia uma bomba relógio que quando chega ao ápice cabum! Estoura...
- CHEGA! Dá para vocês pararem? - O Henry não entendeu muito bem a parte do vocês pela expressão de incredulidade, apesar do Henry não ser o meu pai de verdade é como se o fosse, eu o conheço muito e o admiro, porque cá entre nós qualquer um que consiga ficar mais de 5 minutos ao lado da minha mãe merece congratulações. Minha mãe ficou super ofendida e começou a tagarelar muito mais, eu fechei os olhos e a minha cabeça latejava. O monólogo da minha mãe prosseguia me irritando e dando nos nervos. Eu não sou nenhuma inválida e nem pretendo ser. Para sair dessa maca eu seria capaz de doar metade do meu cérebro e é isso o que eu vou fazer, levantar e não pensar em mais nada, não sou nenhuma patricinha mimada e nem uma senhora complexada. Me levantei (ignorando a vertigem que me acertou em cheio e que insistia em me derrubar) mas não desisti, fiquei de pé, peguei as minhas roupas e tomei um banho. Quando eu saí da enfermaria minha mãe tentou me impedir puxando meu braço, mas eu consegui me soltar e fui caminhando lentamente pelo caminho até o meu dormitório, enquanto o Henry conversava com a Martha.
- Ela precisa de ar puro!
-Mas...
- Deixe a menina ir, depois ela volta - Eu adorava isso nele, a liberdade regrada, ele sabia que eu precisava de tempo. Respirei fundo, e o ar puro do campus invadiu as minhas narinas em contentamento destas que vieram com um quê de liberdade, eu não suportava mais ficar presa naquela enfermaria. Foi então que encontrei Alice e para a surpresa geral ela veio falar comigo
- Olá, Bela Adormecida!
- Olá, amiga invisível! - ela gargalhou da minha ironia
- Achei que tinha superado essa fase. - disse risonha e de bom humor
- E eu que você não ía mais falar comigo!
- Fala sério! A garota está no hospital e eu e o Conrado terminamos...
- Oh! que pena... Mas falando em hospital e Andrômenda... Você sabe como ela vai? Estou muito preocupada com ela! - Completei meio constrangida, mais uma vez ela gargalhou com a incredulidade estampada na face, me deixando pior do que já estava.
- Você é a última pessoa que eu esperava que me perguntasse isso, a garota te infernizou e você me pergunta dela? Então é verdade o que me falaram? Oh meu Deus!
- Depende... O que te falaram?
- Você sabia aonde ela estava! - disse com veemência
- Eu tive um sonho, só isso... Apenas coincidência!
- Você é uma garota do tipo PA- RA- NOR- MAL? Eu nem acredito... Eu tenho uma amiga que vê o futuro?
- Hã? Amiga?
- Eu já disse que eu estou falando com você!
- E eu não tenho que aceitar ser sua amiga?
- Você não tem muitas opções de amizade sabia?
- Tá legal! Tá legal; você tem razão, mas fala baixo por favor!
- Eu tenho que ir agora, mas tarde eu passo no seu dormitório pra você me explicar essa história de novo, OK?
- OK! - E dito isso fui embora deixando para trás Alice com o seu entusiasmo frívolo. Chegando no meu quarto fui faxinar aquele ninho de cobra com filhote de cruz credo que apelidei carinhosamente de quarto. Ao terminar me encontrei em exaustão, peguei o meu celular para conferir as mensagens, chamadas e etc... Mas que surpresa tinha uma mensagem do ex-mô falando "precisamos conversar, quando puder me liga!" e outra surpresa já estamos na quinta-feira, ou seja, perdi dois dias de aula. Parece que hoje foi o dia das surpresas, mas ao meu ver nenhuma boa, algumas até razoavelmente boas, mas definitivamente nenhuma excelente, só sei que preciso de outro banho!

Autoria: Yasmin Oliveira

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Diário de Zoey - part.10




I'm Zoey




Continuação de O Diário de Zoey



Aquela reza toda adiantou no início mas depois... Eu acordei subitamente como se a minha vida estivesse por um fio (e realmente estava) você deve estar se perguntando essa garota é louca? Também, mas que fique claro uma coisa... Quando eu acordei a Meg estava conversando com o predador verme gigante e parece que ele estava muito contrariado com a presença dela, será que ele gostaria de estar a sós comigo? Senti um calafrio na espinha. O diálogo continuava sem que eles dessem conta de que eu estava acordada.
- Verner meu amor; você tem que entender que eu não podia deixar Andrômeda morrer - disse ela se jogando nos braços dele, eu percebi isso pelo grunhido dele de reprovação e por tê-la empurrado mas isso não a parou de se jogar nos braços dele - Eles iriam me tirar do caso, você gostaria que o Monk entrasse no caso? Tenho certeza que não. - enquanto ela dizia isso provocava ele fazendo beicinho e passando a mão no corpo como a enfermeira fogosa que era (pronto ganhei outro predador: A enfermeira fogosa) mas como foi que eu descrevi tão bem aquela cena? Você deve estar se perguntando, simples, eu não aguentei a tensão e abri os olhos não perdendo assim o espetáculo que começou. Ele a JOGOU NA PAREDE você não tem noção de como aquilo me feriu, senti o meu coração desfalecer como se tivesse sido dilacerado (pela segunda vez) a lágrima desceu pela minha face e nesse momento ela havia tomado o lugar que inicialmente era dele, jogando-o na parede esfregando-se nele, provocando-o, mas ele parecia uma estátua de mármore, ele não reagiu as carícias petulantes dela, aquele verme ficou me observando observar. Parecia que me ver triste ainda mais sendo por ele o machucava também, de alguma forma. Eu não podia deixa-la possuí-lo... Ele é meu. Então fingindo que havia acabado de acordar eu chamei pelo nome dela.
- Meg... - Disse com a voz rouca e fraca - Eu preciso de você... - Ela saiu em disparada ao meu encontro
- Está tudo bem meu amor?
- O que ele está fazendo aqui? - Quando eu disse ela nem vacilou ou ficou desconcertada, agiu com uma naturalidade descomunal, como se fosse uma verdade absoluta, se eu não houvesse visto todo aquele espetáculo acreditaria nela sem pestanejar
- Ele veio te ver, queria saber se estava melhor.
- Eu poderia falar com ele a sós? Por favor. - Pela primeira vez vi surpresa no olhar dela, ela bem que tentou mas não conseguiu disfarçar a curiosidade. Concerteza estava se mordendo por dentro, mas foi coerente e se retirou fechando a porta, trocando olhares de mim até o predador.
- Eu peço desculpas pelo que viu, quanto mais eu tento concertar as coisas mais...
- Posso fazer uma pergunta pessoal? - disse interrompendo-o
- Pode, claro. - Ele disse desconcertado - O que você quiser.
- Existe alguma garota do campus que você não tenha... Você sabe! - Ele sorriu de forma descarada e com malícia, Epa! Ele está me interpretando errôneamente.
- Você. - ele esperava que eu ruborizasse ou algo assim, mas eu mantive o equilíbrio emocional, porque havia ficado fria depois do que vi, aquilo me gelou por dentro e por fora.
- Que piegas. - ele percebeu que aquela tática não ía colar, eu odeio cantada barata. Ele sorriu; dessa vez cauteloso.
- Zoey; o que exatamente você quer de mim? Queria deixa-la com ciúmes? Provavelmente conseguiu, quer me deixar mal pelo que estou fazendo? Concerteza conseguiu. Eu não te entendo, há segundos você chorou porque me viu com outra e agora fica me dando gelo, simplesmente não te entendo.
- Eu não quero estar com alguém que além de meu professor se deita com todas as garotas do campus. - Ele pareceu refletir por um tempo sobre aquilo e concluiu
- Você quer um compromisso é isso?
- Ah! Fala sério eu não...
- Me deixe terminar de falar, - Enquanto ele falava caminhava de um lado para o outro - Você quer que eu seja só seu não é isso?
- Eu não quero nada, só disse...
- Tudo bem, eu aceito.
- Eu não te pedi para aceitar nada.
- Se essa é a condição por mim tudo bem, não vou estar com mais ninguém além de você. - Depois de dizer isso ele se aproximou de mim e com carinho me beijou, foi de forma tão harmoniosa que senti a minha cabeça girar, ele havia quebrado todas as minhas resistências eu não tinha força para negar aquele beijo! E quando ele me olhou foi de maneira terna, fez o meu coração palpitar de amor. Mas e quando ele enjoasse de mim? Ele iria fazer comigo o que fez com Andrômeda? Ía me matar? Aquela palavra gelou o meu estômago e o medo tomou conta de mim. Ele pareceu perceber a minha angústia, era impressionante presenciar a sintonia que havia entre nós.
- Zo? O que foi? Você está me deixando preocupado.
- Quando você terminar de me usar vai me matar como fez com Andrômeda? - disse rudemente, confrontando-o. A sua expressão mudou e o meu estômago doeu ou seja pisei em terreno perigoso.
- Zo o que você pensa que eu sou?
- Vamos acabar com esses joguinhos, eu já disse o que eu acho que você é.
- Um verme?
- É. - ele riu sem humor, como se eu tivesse dito que Papai Noel existe ( sem noção)
- Zo, dá pra você se concentrar no agora? Eu não vou te matar tá legal?
- Pelo menos não enquanto eu for útil.
- Não dá mesmo pra conversar com você, não é? - Ele começou a marchar em direção a porta, com pisadas fortes que traduzindo significavam que ele estava irado, e concerteza é comigo.
- Você vai embora - a sensação de vê-lo me dar as costas me desesperou tanto que a minha voz subiu duas notas, ele parou e ficou pensando um bocado enquanto eu o observava sentada em cima da maca, ele voltou com relutância e com o ódio ainda claro em seus olhos exceto em sua face que era gélida. E disse:
- Você me confunde - ele disse com uma agonia tão triste em sua face que não resisti e o abracei, aquilo o desarmou. Eu estava tão enfurecida com o Verner que nem me dei conta de o quanto ele estava lindo ( como se fosse possível) ele estava com uma calça jeans escura e uma camisa de algodão com gola pólo toda listradinha, era tão impossivelmente possível tê-lo nos meus braços que corei. Ele percebeu e me abraçou com mais força, depois levantou o meu rosto com o dedo dizendo
- Você é a minha Vênus que inspira o amor no meu coração. - e depois começou a recitar uma linda poesia - Te encontro nas manhãs flutuando

pelas ruas ainda desertas da cidade.
No café, voando em liberdade, nua,
buscas um lugar, uma mesa vazia.

Vai amanhecendo o dia. Há fumaça no ar.
todos se agitam rumo ao trabalho
(mas, primeiro tomar um cafezinho),
corre, corre, vai correndo o dia.

Nessas manhãs te encontro voando,
a face revestida de felicidade, nua,
os gestos ingênuos de sensual carinho.

De manhã, Vênus Terrena, não pousas, flutuas.
Emociona relembrar tuas ancas desmaiadas,
nuas, redesenhadas contra a claridade... - E foi naquela harmonia que adormeci em paz, sem sonhos ou pesadelos rondando a minha mente.


Autoria: Yasmin Oliveira

Copa do Mundo 2010






Copa do Mundo 2010



E quando achardes que o período áureo é eterno?
O orgulho e a prepotência será a sua fraqueza
E quando pensardes que ainda é tempo de recuperação
e vitória? Ainda assim as trevas prevaleceram.

A infelicidade de uma nação é o sortilégio da outra
A falta de competência em um só aumenta a capacidade do outro
E quando quiserdes mesmo que em pensamento atentar com
a vida do seu próximo; independente dele ter mérito
ou não por tal punição...
Ainda assim não serás digno do paraíso.

Numa guerra só um vence
mas mesmo assim o vencedor não é melhor que o vencido em nada
se ele utiliza da falta de caráter para ter vantagem
mesmo que indigna sobre o adversário,
o vencedor sobre o vencido só demonstra fraqueza
estrutural; simulando teatros mesquinhos e degradantes.

O mal cheiro deflora no campo de batalha
da falta de coragem e avidez daquele que se esconde
atrás de juízes falhos e humanos que não são
onicientes; os falsos e fingidos não herdaram
a graça eterna.

E aqueles que não lutaram por aquilo que desejavam
vão agora arrepender-se pelo resto de suas vidas por
não terem lutado o suficiente;
um lutador sozinho num campo de batalha não
consegue vencer um exército; é preciso todos
participarem para vencer.

Não adianta desertar porque os desertores
quando retornam as suas casas
recebem os indignos justiceiros que atentam
contra a sua vida; sendo que esses mesmos
desertores em campo ainda conseguem favorecer
o adversário sendo o ponta pé para o inevitável destino.

E como parte dessa nação que gostaria de ter
obtido a deferência necessária para
uma vitória justa... Choro de amargura e pezar
como somente um poeta pode sentir
E me acho poeta porque assumi o papel de
porta-voz de uma nação que chora no leito de morte
e dor.



Autoria: Yasmin Oliveira

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Diário de Zoey - part.9



I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey



A hora da verdade já começou, começou desde o momento em que eu o vi. Nunca havia o visto tão bem e sóbrio, mas isso lhe proporcionou marcas roxas debaixo dos olhos como se fossem hematomas (eram olheiras), ele estava com uma camiseta preta em V e calça Jeans nunca o vi tão bem e tão mal ao mesmo tempo, a angústia estava presa em seus olhos era como se ele quisesse me abraçar e me dizer algo mas não podia e ao mesmo tempo não queria, eu não sabia se corria e abraçava ele ou se mandava ele ir embora, mas aquele olhar era perturbador eu não aguentei, e tomei uma decisão... Mesmo que ele me renegue e rejeite-me preciso abraçá-lo e é isso que eu vou fazer. Eu corri até ele e o agarrei, ele ficou surpreso e desarmado com a minha atitude totalmente espontânea afinal nem eu mesma esperava aquela repentina vontade. Mas logo a consciência recobrou-me os sentidos e o larguei e pedi desculpas pelo ímpeto com algo do tipo:

- Desculpe; não sei o que deu em mim!

- Tudo bem.

- Você não tem nada para me dizer? - Parecia que ele queria prolongar muito aquele momento - Se você não vai dizer nada pode ir embora. - Ele achou graça de alguma coisa que fugiu a minha pessoa, pois riu de forma descarada - Zomba de mim?

- Não, não. É que quando eu cheguei você me abraçou e agora me expulsa? Não compreendo.

- Você pode dizer logo o que deseja eu quero dormir, e estou impossivelmente cansada.

- Você tem razão são 5 da manhã e concerteza você está cansada. Olha...Eu só queria te dizer que...

- Que...

- Que... Eu gosto muito de você e que... Desculpas por toda essa maluquice.

- OK, agora vá embora eu ainda tenho pelo menos uma hora de sono.

- OK, Good Night* - Ele fez menção para que me deitasse e depois beijou a minha testa (eu corei, mas acho que ele nem percebeu) e foi embora me deixando finalmente em paz. O sono me espera e dessa vez sem pesadelos, por favor!

Eu queria muito não ter tido pesadelos, mas foi algo impossível dessa vez (como das últimas) tudo o que eu via era Andrômeda gritando, apavorada. Ela queria a minha ajuda, que estranho eu não entendia nada eu nem conseguia vê-la, mas sabia que era ela... O desespero tomou conta de mim. Eu acordei gritando ou pelo menos acho que gritei, pois não saiu nenhum som da minha boca seca, consegui acordada me lembrar de tudo com uma nitidez apavorante. Eu agora entendo porque eu não conseguia vê-la, porque simplesmente eu estava observando tudo com o ponto de vista dela, e por isso as emoções eram tão reais... Eu não pronunciei nenhuma palavra desde que acordei, parecia que estava muda, a minha garganta doía muito, ah! Eu acho que sei o porquê disso tudo... Eu estou rouca e sem voz por causa do banho de chuva, ou seja, estou megagripada. Quem está do meu lado? Você deve conhecer aquele filme Predadores, eu estava me sentindo justamente nesta porcaria porque predador verme gigante estava lá de novo aguardando que eu acordasse.

- Bom dia Zoey!

- Bo-bom dia – disse com dificuldades e muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito rouca, ele logo ficou preocupado e veio ver se eu estava com febre, ele começou a fazer umas caretas e a listar os meus sintomas.

- Febre concerteza alta, olhos vermelhos, rouca... Você está sentindo a garganta inflamada?

- Sim, sim. – Ele sempre sorri quando me vê desconcertada e zonza com a sua aproximação. Quando ele tocou a minha testa febril foi tão... Tão... Indescritível. Ele é tão indescritível.

- Zo? Você não está nada bem não é?

- Tomei chuva, fiquei um tempão com a roupa molhada, além de dormir com o cabelo ensopado e ter tido a pior noite de sono da minha vida.

- Espero que eu não tenha tido alguma influência no seu sono e na sua gripe.

- Claro que tem, não venha dar uma de desentendido, a culpa é toda sua. Se não fosse aquela merda de sonho... – Eu explodi, porque era isso que eu era... Uma bomba relógio pronta para explodir. Me controlei, respirei fundo. O que aquela merda de sonho tinha haver com ele? Eu não estou insinuando que... Oh não! Sem chance, então ele é o quê? Um feiticeiro? Aff’z isso está ficando macabro e eu estou pisando em terreno perigoso, ele não pode achar que eu sei que tudo isso é real ou se não as coisas podem ficar como para Andrômeda, será que era isso? Ela sabia demais. Mas era só um sonho e na noite passada também foi só um sonho e que sonho, de certa forma era megarreal. Ela precisa de mim, mas aquilo já deve ter acontecido porque se eu estou usando como base o sonho anterior... Foi algo do presente, não esse sonho é diferente. Eu tenho que achar aquele predador (andróide infernal). Ele percebeu que eu estava confusa e decidiu mudar de tática.

- Conte-me sobre esse sonho que você teve...

- Esquece; é muito piegas... Vai ficar parecendo que eu sou um daqueles tipos que é apaixonada pelo professor.

- E você não é? – A pergunta dele me pegou de surpresa, foi como receber um soco no estômago. Ele mudou de estratégia de novo. Será que depois de tirar de mim a minha virgindade e pureza vai me jogar fora como se fosse um feto e fizesse parte de uma gravidez indesejada, como fez com Andrômeda? Sei lá.

- Oh não, claro que não!

- Olha Zo; não é nenhum pecado admitir seus sentimentos. – Aquela conversa estava tomando um rumo que eu não queria e ele falava tudo confortavelmente da sua cadeira que se encontrava a cabeceira da minha cama, e falava como se fosse o meu analista (não que eu tenha um, mais uma vez a minha mãe obrigou todo mundo de casa a ir ao analista porque segundo ela é algo que é essencial para uma vida saudável, ou seja sempre conversar com um profissional, eu não vi nada de diferente em mim ou qualquer outra pessoa daquela casa, principalmente no meu irmão mas voltemos a realidade).

- A real é que eu o odeio tanto que se não fosse meu professor eu já o teria matado e pra confirmar isso eu coloquei um apelido em você de...

- De Verme?

- É. Como sabia?

- Eu sei de tudo.

- OK, senhor onisciente.

- Você não me leva a sério não é? Mas tudo bem, vou mostrar que falo sério. – nesse momento tudo pareceu se transformar em pó. Ele me beijou e era tão doce a sua boca e o seu hálito tão frio e irresistivelmente incrível. Se tivesse piscado não ía perceber que ele se aproximava, foi tudo tão rápido. Foi um beijo que me deixou completamente sem ar, ele tentava incansavelmente quebrar barreiras que eu cuidadosamente coloquei para me proteger de situações como essa, quando percebi ele já estava em cima de mim e tentando tirar a minha roupa. Eu não sei da onde tirei forças (até porque eu não queria) para dar um pulo da cama. Eu explodi de novo e gritei com ele.

- SEU VERME DESPREZÍVEL E ABOMINÁVEL VÁ EMBORA DESSE QUARTO E DA MINHA VIDA. EU QUERO VOCÊ BEM LONGE DE MIM, E NUNCA MAIS ME TOQUE OU ME BEIJE, ENTENDEU? – Eu respirava de forma ofegante e fazia gestos desesperados e... Comecei a chorar e desabei no chão perdendo assim a consciência, acho que desmaiei. Quando acordei estava na enfermaria e apavorada gritei para chamar a enfermeira Ela apareceu sobressaltada e me observava tentando me examinar e seja lá o que viu quando sintonizou com os meus olhos a fez estremecer, ela me abraçou e começou a chorar (eu senti um cheiro estranho como o de sangue) comecei a ter vertigem aquele cheiro me deixa enjoada. Ela me segurou e recolocou na maca. Eu a chamei e disse com a voz rouca e fraca:

- Existe a possibilidade de que eu tenha sido estuprada? – Ela ficou perplexa com a minha pergunta.

- O professor Verner tocou em você?

- Eu não sei... Eu não me lembro eu juro. Alguém antes dele chegar pode ter tocado em mim eu não sei... Estou me sentindo suja... Argh! Me ajude! Faça o teste pra saber eu te suplico. – Ela fez o que eu pedi sem muitos questionamentos, concerteza percebeu a minha angústia, eu estava concerteza desesperada. Perguntei a ela da onde vinha aquele sangue, ela ficou surpresa com a minha pergunta. Meggie era o nome dela mas todos a chamavam de Meg, Ela começou a jogar água sanitária no chão e esfregar com murmúrios do tipo “Eu não sou paga para esfregar o chão” ou “Eu estudei tanto para trabalhar como uma doméstica?” eu ri baixo mas ela captou o meu humor e disse:

- Do que você está rindo? Nada disso é engraçado, uma garota da sua idade foi encontrada no bosque toda ensangüentada. – Na hora o assombro tomou conta de mim e um grito agudo escapou da minha boca

- Andrômeda? A culpa é toda minha eu devia... Devia ter ficado consciente e ter ido atrás dela, ela não merecia... Eu sei que ela era uma chata, mas... Ela não merecia! – As lágrimas jorravam da minha face como uma cachoeira eu senti o meu rosto incendiar de ódio, eu comecei a levantar da maca e andar, mas a Meg me parou a tempo

- Você sabe quem foi? – Eu revirei os olhos – Não tem certeza é isso? – Eu fiz que sim com a cabeça – Não adianta você sair daqui e tentar matar/estrangular o professor Verner.

- Como? ...

- Como eu sei?

- É.

- Todos sabem das coisas que o Verner faz, mas ninguém faz nada. São todos cúmplices, eu não quero que isso continue...

- E porque ninguém faz nada?Que droga.

- Eu sei. Só que não adianta você chamar a polícia, tem que ter provas, entendeu? Tem que provar que ele está fazendo muita coisa errada.

- Como?

- Ele tem alguns amigos policiais, promotores, juízes, advogados, embargadores e por aí vai, ele é um homem influente, inteligente e muito esperto. Tem um detalhe...

- E qual é?

- Ele está muito descuidado.

- Hã?

- Exatamente, ele gosta de você. De um jeito doentio mais gosta. Andrômeda me fez algumas confissões antes de ir ao hospital.

- Ela está viva?

- Claro que sim. Eu a encontrei a tempo!

- Graças a Deus!

- A Deus não a você.

- Como assim?

- Você delirava enquanto dormia e descreveu onde estava Andrômeda e disse salvem-na.

- Eu disse isso? Impossível.

- Foi sim. Eu fiquei preocupada e bisbilhotei para saber dela e parece que não estava nem na sala de aula e nem no dormitório matando aula...

- Mas ela podia ter fugido do campus, ou sei lá...

- Eu só fui mesmo porque você acordou e segurou a minha mão com força, me olhou nos olhos (e devo dizer que você estava devastadoramente angustiada) e falou no meu ouvido “Salve-a ou leve para o túmulo esse peso por não tê-la salvado”, devo dizer que fiquei apavorada...

- E o que eu disse depois?

- Nada de significante.

- Como assim nada de significante?

- Desmaiou de novo e depois voltou a delirar. Você está sob muita pressão não é? – Acenei com a cabeça que sim, ela continuou – Você sabe o porque uma pessoa tem como suor sangue?

- Sim, é quando ela está sob grande pressão. Um exemplo clássico foi Jesus.

- Exatamente, foi isso que aconteceu com você.

- Hã?

- O que aconteceu com Jesus.

- Eu não queria que ela morresse, eu a odeio sei disso, mas gostaria que alguém velasse por mim, que fizesse o mesmo. – disse cabisbaixa - Mas ela não o faria se estivesse no meu lugar e eu no dela, concerteza.

- E isso tem importância? – dei de ombros, pois eu não tinha noção da resposta. Voltei para a maca, estava cansada e precisava dormir. Sabe aquela música de Nxzero – Só rezo? Que ele canta que só reza pra ficar bem? Pois é, eu só rezo para dormir sem pesadelos e sonhos, e é claro: eu só rezo pra ficar bem!



Autoria: Yasmin Oliveira