quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O direito à diferença




Há uma margem desabitada
No preâmbulo da angústia
Sinal indefinido de evidências

Há uma réstia de um sabor
No âmago da discórdia
Contemporizando com a amargura

Há a proveniência
Das decisões discernidas
Na intenção da intocabilidade

Há o fragor
Implícito na abundância
Que aqui se torna de todo descabida

Há um tempo que morre
Na resolução do acabado
Na insanidade do desrespeito

Há outro tempo que ora nasce
No prelúdio da alvorada
Como tonificante para a busca do futuro

Tudo se transforma a preceito
Na evolução das vivências
Às vezes por mero defeito
Ou então nas consistências
Mas cada coisa tem seu jeito
Muito para além das aparências

António MR Martins



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