domingo, 19 de setembro de 2010

O Diário de Zoey part. 12


I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey



Consegui sair do banheiro sem aquelas terríves teias de aranha que tomaram conta do meu cabelo, e a poeira do corpo... Que banho maravilhoso saí com o cabelo cheirando a morango, enrolada na toalha fui até a minha escrivaninha e liguei o meu aparelho de som para escutar The only exception de Paramore (vc eh a exceção), quando voltei a realidade do meu quarto impecavelmente limpo e arrumado encontrei o Phill me observando e que susto, não vou mentir não...EU GRITEI! rs. Ele se aproximou e levantou os braços na minha direção, eu não resisti e o abracei.
- Z?
- Z? Que bonitinho - Ele sorriu
- Não gosta?
- Claro que gosto, é muito fofo!
- Z; você está diferente... - disse fanzindo o cenho - está muito insegura...
- Eu sei, ando dependendo demais das pessoas, do que elas pensam... Mas é que eu estou sozinha nessa!
- Isso não é verdade... Penso em você com frequência... Na verdade o tempo todo!
- Porque não foi me ver?
- O Verner estava lá, eu não quis dividir você no meio - rimos muito dessa hipótese extraída da bíblia (o rei Salomão) - eu tenho que ir - ele me deu um beijo na testa e foi embora, me deixando naquele quarto ao som de Paramore!
Fui escolher uma roupa e optei por uma bermuda jeans; uma blusa de manga longa preta com dois botões na frente (também pretos); e um all star preto com o cadarço branco. Agora é só sair a caça do casal 20, por dedução pura e lógica os meus pés me levaram até a lanchonete e bingo! Eles estavam lá. Eu me sentei ao lado deles e os acompanhei no lanche pedidndo um suco de laranja e um sanduíche natural, casualmente começei uma conversa
- E o John? Porque não veio? - Eles se olharam por alguns segundos com cautela e depois me fitaram tentando encontrar a resposta certa, minha mãe pela primeira vez na vida estava sem fala (que conveniente) então o Henry foi o porta-voz e isso não é bom sinal, já que ele não é muito de falar, a notícia deve ser ruim.
- O seu pai está viajando com a noiva, ela está grávida, ele nem ficou sabendo do estupro nem nada! - ele terminou de falar torcindo um pouco.
- Ah tah! - disse não conseguindo disfarçar a decepção e frustração que me golpeou, minha mãe terminou de comer e começou a tagarelar como sempre fazia, o que de certa forma me consolou bastante, pois precisava escutar amenidades e esquecer coisas mais sérias do tipo: eu sempre fui muito ligada ao meu pai e nós sempre estudamos juntos, e tivemos dicussões acadêmicas, e falamos de namorados, e uma infinidade de coisas, mas ele se casou e nem fala mais comigo, nem me ligou desde essa maldita lua-de-mel e eu respeitei ele querer curtir a mulherzinha mas... A filha dele foi estuprada e ele não está nem aí, aposto que ele sabe de tudo e disse que estava ocupado, ele ultimamente anda muito ocupado, ele nunca foi um pai ruim e agora tem sido o pior, e eu nem posso culpar a minha madrasta ela sempre me tratou super bem... Eu tenho que para com isso ou vou chorar... Calma ZOEY segura a lágrima, segura garota. Você só está pensando besteira. Involutariamente disse
- Ele nem sequer ligou... - uma lágrima escorreu na minha face e eu me odiei por isso, estar chorando por ele... Minha mãe se comoveu e começou a chorar comigo e me abraçar e dizer "vai ficar td bem meu anjo, vai ficar", ou algo do tipo " nós estamos aqui" enquanto essa cena desastrosa se passava a galera ía passando e presenciando aquele momento constrangedor e eu vi o Verner... Ele me olhou de um jeito que eu não gostei, acho que vi ódio, amargura, e algo que não consegui decifrar, talvez decepção... Não sei. Depois ele vai ter q me explicar! Quantas emoções me rodeando, estou beirando o desespero! E esse mistério rondando esse misterioso professor de biologia está me levando a loucura. Minha mãe voltou a falar de amenidades do tipo: ela e o Henry vão fazer outro cruzeiro no final do ano e ela quer me levar com ela de qualquer jeito, falou que a minha prima engravidou aos 15 anos e que lá na casa da minha tia está a maior confusão, e completou todo o falatório dizendo que se eu ficasse grávida por causa do estupro eu poderia abortar, e ainda disse mais, que ía me apoiar no que eu precisasse e eu não precisava me preocupar com nada que se eu quisesse levar em frente a gravidez e depois entregar o meu filho para algum casal, ela conhecia um perfeito e que eu poderia continuar vendo o baby quando quisesse! Eu nem acreditei.
- O que aconteceu com a minha mãe e quem é você? - Ela sorriu e debochou
- Você é muito engraçadinha, eu só estou tentando ajudar...
- Eu sei mãe e agradeço, mas eu nem tenho certeza... Porque nós não vamos até a enfermaria e vemos se já chegou o exame? - O meu padrasto é que estava muito feliz com tudo aquilo (eu estava me dando bem com a minha mãe e nós estavamos uma escutando a outra, isso era encantador, mas sinceramente não sei até quando dura todo esse milagre, rs)
- Eu peço desculpas pelo ataque na efermaria
- Imagina meu anjo, sua mãe exagerou um bocado também! - ela nunca ía admitir que estava desesperada e que exagerou pra caramba (rs), o meu pai substituto só riu. Terminada a refeição fomos na enfermaria pegar o resultado e que surpresa! Quando abri a porta me deparei com uma cena de levantar qualquer defunto (ainda bem que o casal 20 ficou para trás vendo uma roseira incrível, eles tem um mega jardim lá em casa, daí o interesse) eu fiz a maior cara de paisagem como se aquilo fosse super normal, e deveria ser não é? Nos últimos dias estava comum a minha pessoa ser platéia daquele tipo de orgia, ela ficou completamente desconcertada, pediu desculpas e foi no banheiro tomar um banho, enquanto predador verme gigante ficou parado completamente a vontade com a sua nudez e com um sorriso irônico nos lábios carnudos e sensuais, que pernóstico.
- Dá para se cobrir? Os meus pais não vão demorar muito para me alcançar. - Disse com impaciência
- Não precisa se esconder atrás do pretexto dos seus pais estarem vindo... Você está na verdade incomodada porque não resisti a mim.
- Estou realmente incomodada, mas é com a sua cara de pau. Não vale nem o prato que come, e as suas promessas são fajutas como eu previ que eram, aquele papo de "vou ser só seu" - afinei a voz ao tentar imitar aquela voz perfeita - era tudo mentira, como eu sempre soube que era, aliás, como tudo em você é... Uma completa e irrevogavél mentira! - ele estava transtornado... A fúria era evidente em seu olhar, acho que se pudesse me matava ali sem nenhuma cerimônia mas eu fui salva pelas circunstâncias, os meus pais chegaram.
Graças a Deus ele já havia se vestido ou a minha mãe ía ter um ataque cardíaco com tanta beleza e euforia que emanva daquele corpo nu, que trazia consigo uma sensação de adrenalina. No meu ouvido ele disse
- Te espero lá fora - foi tão baixo e tão rápido que eu quase não notei, foi como se o ar sussurasse no meu ouvido algo qualquer que fizesse cócegas e me arrepiasse dos pés a cabeça... E que sensação divina!



Autoria: Yasmin Oliveira

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