domingo, 17 de outubro de 2010

O Diário de Zoey part. 15

I'm Zoey




Continuação de O Diário de Zoey!





Eu adoraria sair e dar uma volta com o meu ex-namorado, tipo pra me divertir. As vezes tenho saudades dele, e falando nele... Devo uma resposta, então comecei a caminhar em direção ao meu quarto. Chegando lá eu escuto o meu celular tocar, pelo visto cheguei na hora certa. Ao olhar o visor que coincidência, é o ex-mô.
- Alô?
- Oi! Que saudade.
- Eu também sinto saudades...
- Que bom saber.
- Mas não foi para dizer isso que você me ligou, não é?
- É. Antes de pensar bobagem escuta primeiro, OK?
- OK!
- Andrômeda quer falar com você.
- O que ela quer?
- Ela precisa te alertar sobre algumas coisas, precisa falar com você num local seguro.
- E aonde seria um local seguro?
- Na biblioteca da escola, amanhã depois do almoço. E você precisa encenar um pouco...
- Encenar?
- É; fingindo que ainda a odeia!
- Isso não vai ser muito difícil.
- Para de fazer essa pose toda de machona, eu e ela sabemos que você salvou a vida dela.
- Eu só fiz o que era certo!
- Sei... Olha; eu tenho que desligar. Amanhã a gente se fala... Boa noite mô!
- Boa noite mô! - Depois de desligar o telefone fui tomar um banho refrescante e relaxante, porque você a de concordar comigo que eu mereço relaxar. Mas pelo visto será algo impossível, porque a porta da Alice está no meu quarto me esperando para esclarecer algumas coisas, mas eu estou tão cansada... Que mania dessa galera de nunca bater na porta, eu tenho que criar o hábito de trancar essa porcaria. Mas pensando bem ainda bem que é Alice, porque eu estou apenas de toalha... Fui me vestir como desculpa para retardar o interrogatório, pois evitá-lo será impossível com a inquisidora Alice. Então sem mais como poder enrolar digo que comece A hora do horror estrelado por Alice Hale.
- Então? Me conte tuuuudo! - ela disse sem conseguir conter o entusiasmo
- Alice, nó somos amigas agora, certo? - ela acenou que sim com a cabeça com bastante paciência demonstrando que estava preparada para o que viesse, o que era muito bom - Eu preciso ter certeza de que posso confiar em você, você entende não é?
- Entendo!
- Que bom! Te peço que por favor não me julgue...
- Ok, mas conte logo. - disse sem sinal algum de irritação
- Eu ando tendo sonhos, sonhos que nem eu sei explicar. É algo paralelo entre a realidade e a fantasia, na verdade acontece praticamente simultâneamente, entende?
- É tipo visões?
- Sim, mas nem eu as entendo... Isso nunca havia acontecido comigo antes, só para ficar claro, eu tive esse sonho com Andrômeda e por isso sabia aonde ela estava.
- Deixa eu ver se eu entendi tudo. O Verner é louco por você mas cata outras garotas, ele é um psicopata que come e depois descarta menininhas, você é tipo a super heroína ( a única que pode detê-lo ) por causa desses poderes de advinha, é isso?
- É... - disse meio incerta, ela entendeu o que eu quiz dizer, mas do jeito dela e com a linguagem dela - mas que fique bem claro que só vejo coisas relacionadas a ele. - eu nem sei como ,mas ela entendeu muito bem o que eu disse, tanto que eu a vi se arrepiar, então eu não sou a única a entender que ele é perigoso!
- Eu quero te ajudar!
- O quê?
- Exatamente, e não pense que é só por você... Eu tinha uma amiga aqui do Campus, na verdade eu só vim pra cá por causa dela, sabe? Ela só vivia de papo com esse verme e depois desapareceu, ela me disse que eles estavam juntos, sabe? E ela como Andrômeda simplesmente evaporou e ninguém se deu conta. Primeiro ele isolou ela, tipo ela tava sem amigos e depois foi se aproximando dela, dando colo, como ele tentou fazer com você e aí ela sumiu... - Alice começou a soluçar, e a cascata que ela lutava para evitar desceu rio abaixo - ela nem sabia que eu vinha, era uma surpresa.
- Quem era essa sua amiga? Eu entrei no meio do ano passado mas posso tê-la conhecido.
- Rachel!
- Pensei que ela tinha voltado para casa.
- Você a conhecia?
- Claro! Ela era minha colega de quarto, ela deixou algumas coisas no quarto porque ela disse que voltaria com os pais para pegar, mas nunca voltou. Pensei que ela havia ficado sem tempo e deixou pra lá. Se quiser pode ficar com elas!
- Muito obrigada! Estou sem palavras para dizer o quanto isso é importante para mim.
- Relaxe... Eu bem sei o que sua amiga passou!
- É por isso que eu preciso te ajudar.
- Ok! Mas posso fazer uma pergunta indelicada?
- Hã?
- Sobre o Conrado.
- Ah! Pergunte o que quiser.
- Porque vocês terminaram?
- Porque nunca ía dar certo.
- Seja menos evasiva se puder.
- Para quê você quer saber?
- É importante que eu saiba caso eles tentem usar o Conrado de novo.
- Ok!... Ele me traíu com essas baba-ovo da Andrômeda, satisfeita?
- Sim. Falando no diabo... Andrômeda marcou de se encontrar comigo na biblioteca depois do almoço.
- Depois do almoço?
- Sim, nunca tem ninguém nesse horário.
- Isso é. Mas se a idéia é não parecer suspeito... Não vai conseguir não. A não ser que você entre pela porta dos fundos.
- Eu não sabia que a biblioteca tinha uma "porta dos fundos"
- Mas tem.
- Como você sabe?
- Você é muito curiosa.
- Olha só quem fala.
- Eu trabalhei lá no primeiro semestre e acabei descobrindo algumas coisas.
- Você fez isso pra descobrir o quê? Ou melhor, o que você descobriu?
- Eu posso te contar amanhã? Estou morrendo de sono e cansadíssima, eu prometo que conto amanhã. - Ela quase jurou de pé junto e eu ri e deixei por isso.
Eu achando que a criatura ía embora e devo dizer que na minha agonia eu nem percebi que tinha uma mala em frente a cama ao lado da minha, a mesma cama em que a Rachel dormia.
- De quem é essa mala?
- Dãã é minha né?
- Hã?
- Agora que eu encontrei uma nova melhor amiga, você acha que eu vou deixá-la dormir sozinha?
- Não tinha pensado por esse âmbito.
- Pode se acostumar em me ter como sombra, porque eu me transferi para o mesmo quarto que o seu e as mesmas aulas.
Sinceramente eu gostei dessa nova perspectiva, e eu tenho certeza que irei me acostumar, na verdade agradecer por essa nova tagarelice matinal, ou melhor diária, pelo menos não vou ficar só, eu sinto que com alguém como Alice do meu lado eu nunca mais vou ser abandonada, sinto que posso confiar nela.
- Fico feliz que você fique comigo, quem sabe assim param de invadir o meu quarto?
- Quer dizer que é só para isso que eu sirvo?
- Claro que não Alice...
- Claro que não? Você acabou de dizer isso.
- Alice?
- Não me venha com Alice... - E assim continuou as briguinhas que eu sempre contorno e que fazem da minha amizade com Alice forte, ela é ou não é uma figura? Adoro essa garota terrívelmente irritante!




Autoria: Yasmin Oliveira

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