sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Diário de Zoey - part.8


I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey




Depois de ensopar a camisa de eu não tenho a mínima idéia de quem seja, eu comecei a me acalmar e pensar no que havia acontecido... Eu me lembro muito bem deles dois em cima da cama dele ou seja eu acertei, devia confiar em mim mesma e seguir meus instintos, até agora eu acertei tudo, mas eu preferia não ter visto eles dois juntos, eu não sei porque aquilo doeu demais, mais do que deveria, eu simplesmente não posso gostar dele, calma Zoey só lembre como respirar. Vou tentar me concentrar no que está acontecendo agora, por exemplo: esse completo estranho está me consolando como se me conhecesse e tivesse guardado para si um grande afeto por mim, mas sinceramente não dou a mínima para quem seja, só não quero sair de seus braços, ele fez menção de me afastar um pouco para poder ver o meu rosto, mas eu não autorizei com algum murmúrio baixo que o deteve, então ele me guiou para que sentássemos num banco próximo, mas eu só conseguia pensar nele. Como se já não houvesse acontecido desgraça demais para uma vida inteira nessa hora começou a chover. Acredite era tudo o que eu mais queria, levantei subitamente e comecei a pular e cantarolar The Scientist de Coldplay...
Come up to meet you, tell you I'm sorry. - Vim pra lhe encontrar,
Dizer que sinto muito,
You don't know how lovely you are - Você não sabe o quão amável você é
I had to find you, tell you I need you- Tenho que lhe achar,
Dizer que preciso de você,
And tell you I set you apart - Dizer que a abandonei
Tell me your secrets, and ask me your questions - Conte-me seus segredos
Faça-me suas perguntas
Oh let's go back to the start - Oh, vamos voltar pro começo
Running in circles, coming up tails - Correndo em círculos,
Perseguindo a cauda,
Heads on a science apart - Cabeças num separado silêncio
Nobody said it was easy - Ninguém disse que seria fácil,
It's such a shame for us to part -
É uma pena (nós) nos separarmos
Nobody said it was easy -
Ninguém disse que seria fácil,
No one ever said it would be this hard -
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh take me back to the start -
Oh, me leve de volta ao começo...

Eu estava me libertando daquele sentimento louco, a chuva limpava da minha mente os acontecimentos ruins daquela madrugada, era tudo o que eu precisava. Como na música eu queria que tudo voltasse a ser como era, eu quero a minha vida de volta, desde segunda-feira tudo mudou drasticamente e eu não sei o que fazer, a madrugada de hoje só provou que tem algo de muito errado, principalmente no fato de: uma aluna ter relações sexuais com o professor, eu nem sei o que eu vou fazer estou mais perdida que cego em tiroteio e só existem duas opções:

  1. Ou eu finjo que nada está acontecendo
  2. Ou eu entro nessa com tudo para descobrir o que de errado sucedeu nessa porcaria de campus
Ou será que sempre houve e era tudo por debaixo do pano? Nessa hora escutei alguém chamando a minha atenção com um pigarro, ah! é mesmo, nem me lembrava que tinha companhia, e agora é a hora da verdade quem estava me consolando era? Quando vi quem havia estado comigo a curiosidade estampada no meu rosto deu espaço para a decepção, era o Phil. Porque esse desmiolado para começo de conversa estava ainda aqui? O meu corpo ficou tenso por causa da pressão que a minha mente exercia sobre mim, estava tomada pela cólera maligna, queria arrancar o seu coração e despedaçá-lo assim como fez comigo nesta tarde, ops! Correção ontem... É que já é de madrugada para ser mais precisa é quarta-feira. Ele levantou os braços como se estivesse dizendo eu me rendo, ele concerteza percebeu que eu não o havia perdoado.

- Me desculpe!

- Agora é me desculpe, muito obrigada por ter ficado comigo quando eu mais precisei. Aliás você não me deve nada, eu nem te conheço direito.

- Mas conhece mais do que a maioria, conhece mais até do que a minha mãe.

- Olha não envolva a sua mãe nisso porque ela não tem como se defender.

- Eu só quero que me desculpe, só isso.

- E porque eu deveria dar ouvidos a você, hein?

- Eu não posso falar, vai ter que confiar em mim.

- Ah tá! Eu vou ter que confiar em você, tarefa fácil não acha.

- Pára de gritar, se não podem nos ver juntos.

- Legal. Ninguém mais quer ser visto ao meu lado, eu devia andar com uma placa dizendo Tenho Amigos Invisíveis. - Ele riu, mas sem humor nenhum porque o sorriso não chegou até os seus olhos, ele estava azedo como se tivesse chupado limão.

- Eu estou indo para o seu quarto para conversarmos melhor lá. Tchaul. - Ele falava comigo sempre sussurrando para que não o ouvissem, será que alguém nos escutava? Tive a impressão que sim, de que alguém me observava de longe, claro que tonta! O senhor Verner devia estar nos vendo, acho que o Phillipe tinha medo dele, será que ele o havia ameaçado ontem? Sei lá mas eu não quero pagar para ver, eu tenho medo dele furioso, e é como ele deve estar. Eu saí correndo, não queria ficar lá sozinha, porque se ele aparecesse, aiaiai, o que ele faria comigo? Será que tentaria me convencer de que tudo aquilo que vi não era nada do que pensava ser? Ou será que tentaria me seduzir sordidamente para que fosse mais uma de suas amantes? Era isso que Andrômeda era?

Quando cheguei ao meu quarto estava completamente sem ar e um pouco suada, mas o Phil não estava lá. Será que aquele verme fez algo com ele? Eu o mato se ele fizer algum mal ao Phil eu juro, é uma promessa. Tirei a roupa molhada que já fazia uma poça, tomei outro banho (bem quentinho), e não aguentei mais o cansaço e desmaiei de sono.Tive um pesadelo terrível aonde o meu amigo me pedia para ajudá-lo mas eu estava com tanto medo que me borrei literalmente e pior depois entrei numa espécie de transe, caramba ele morreu na minha frente, não me lembro bem como ou o se alguém o havia matado, só me lembro que ele havia morrido porque eu não fui capaz de salvá-lo, acordei gritando o nome dele. Quando olhei o relógio ele ainda marcava 5 da manhã, eu só havia dormido duas horas de relógio, advinha quem estava sentado ao lado da minha cama? Era o senhor Verner, eu dei um pulo da cama, ele sorriu divinamente, e aquele sorriso me assombrou, ele se levantou e disse

- Calma, está tudo bem! O seu amigo está te esperando do lado de fora. Só entrei para saber se está bem. - a cada palavra pronunciada o meu rosto ía perdendo a cor, estava pálida de MEDO. Ele já estava fechando a porta para o meu alívio mas resolveu voltar o meu corpo voltou ao mesmo estado de tensão , ele pareceu perceber mas continuou fingindo que nada havia acontecido

- Você não quer falar com ele?

- Claro, claro - respondi rapidamente, ele sorriu de novo, mais dessa vez foi mais espontâneo, o sorriso quase alcançou os seus olhos

- Sobre o que você viu... - com um gesto eu o parei e disse

- O senhor não me deve explicações! - ele suspirou com resignação e pensou um pouco sobre o que eu disse, era como se ele quisesse dizer algo mas pareceu deixar essa conversa para mais tarde e saiu para o meu alívio. Então agora é a hora da verdade e eu tenho certeza que ele sofreu algum tipo de lavagem cerebral pelo verme, mas tudo bem eu estou psicologicamente preparada, que venham os trovões!



Autoria: Yasmin Oliveira


Um comentário:

  1. Nossa e eu achando que o HOMEM misterioso
    era "MÔ" que mancada!ahshashashahsa
    Bjão

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