terça-feira, 1 de junho de 2010

O Diário de Zoey - part.2

I'm Zoey



Continuação de O Diário de Zoey


O tão esperado massacre da serra elétrica começou. Porque? O meu namorado estava na saída da escola conversando com a vaca da Andromeda, não me pergunte o porque uma mãe em sã consciência colocaria o nome de uma criatura assim, segundo ela tem alguma coisa haver com a mitologia grega e que Andromeda havia sido uma princesa, apesar de que ela merece esse nome p/ lá de esquisito (peço desculpas se alguém tiver esse nome, mais é que na raiva eu pensei isso mesmo) ela mais parece um andróide com aquela cara de robô, a senhorita perfeita e que está sempre sorrindo, com aquele impecável cabelo longo e escuro, aqueles arregalados olhos azuis. Tudo bem tenho que admitir que ela é até bonitinha, de uma forma estranha, mais bonitinha.Só que a pergunta que não quer calar é: Porque ela está conversando com o meu namorado?Aquele...Aquela...Argh! (pensamentos incoerentes surgiram na minha cabeça e foi mais ou menos isso que pensei) EU MATO ELA E ELE, andando de forma odiosa e com pisadas mais que firmes, fortes, me aproximei do casalzinho que se divertia com a minha miséria, fiquei lá parada esperando uma explicação que não vinha. Ele nem percebeu a minha presença, era como se ele estivesse hipnotizado por ela (Ps.: Ele nunca esteve assim por mim), aposto que Andromeda estava adorando aquela atenção que o meu "mô" me dá (Ps.: ele me chamava por aquele monossílabo parece cafona, eu sei, mas quando ele falava ganhava um sigificado nobre) e essa atenção está sendo transferida toda p/ ela...Snif!Snif!Snif...Ele não pode fazer isso comigo, tudo bem eu já sei o que você vai dizer: que eu estava me questionando sobre o fato de terminar, e eu ía, mas...É um sentimento de posse que me domina e ele tecnicamente ainda é meu.Aff'z eu mato qual dos dois primeiro? Que dúvida cruel, e então como se estivesse deixando de olhar para uma deusa do Olimpo para olhar uma simples mortal e demonstrando o esforço requerido para assim fazê-lo , o mô pela primeira vez olha pra mim ( e devo dizer que estava surpreso em me ver)
- Zoey, você demorou para sair da sala hoje! - Acredita que ele ainda fez cara de bravo, deve ser porque eu estou atrapalhando, quer saber de uma coisa? Eu não vou mais atrapalhar nada.
- Um pouco, você já tem companhia não é? Desculpe interromper. - e saí tentando reunir o máximo de dignidade possível, Andromeda estava com a maior cara de vencedora do miss Universo. Tinha que ser logo com ela? Mas nesse momento meus pensamentos foram interrompidos por um brusco puxão pelo braço, e quando eu vi quem tinha me puxado o sangue literalmente subiu a minha cabeça (tava mais vermelha do que quando se come pimenta malagueta)
- O que foi? - eu gritei em meio ao desespero
- o que deu em você? Andromeda é apenas uma amiga e nada mais.
- Então pega o seu nada mais e seja muito feliz.
- Mô? Você tá com ciúmes?
- É claro que não - rebati, mas ele fingiu que não me ouviu e continuou
- Isso quer dizer que você ainda gosta de mim, eu achei que você queria terminar comigo hoje a noite, mas pelo visto foi só impressão... - Com um olhar de fúria interrompi aquela fala agourenta e que concerteza não era verídica, ele era meu e quando o vi trocando flertes com outra garota eu fiquei furiosa, porque feriu o meu orgulho, só isso.
- Eu não te entendo mô, simplesmente desisto de entender.
-Ex-mô eu vou te explicar uma coisinha...Nuca mais eu quero te ver, simplesmente você feriu o meu orgulho, só isso. Acabou tudo, vá ficar com o seu andróide e me deixe em paz.
- Vou mesmo, ela pelo menos é doce e meiga enquanto você é seca por dentro, mais seca que o deserto que divide a África e mais parece uma velha. Andromeda pelo menos gosta de mim, e me dá o devido valor.
- É porque você é meu namorado, quando ela perceber que eu não quero mais nada com você, depois de desfilar por um mês ou até menos com você (porque é só pra isso que você vai servir pra ela, pra se exibir) ela vai te chutar e eu vou rir.
- Isso é despeito, porque ela é muito mais bonita do que você, só isso.
- Quer saber de uma dá licença porque essa conversa é perda de tempo. - e saí deixando ele sozinho, p/ voltar p/ ela, estou arrasada ( e garanto que não é por ele) porque ele tinha que vir atrás de mim? Agora ela vai ter motivo de sobra p/ cuspir e escarrar em cima de mim, todo o campus parou p/ ver a seção humilhation* , e p/ piorar (como se fosse possível) o verme, ele mesmo o senhor Varner estava lá. Eu não o o humilhei como ele fez comigo, eu não disse de quando ele falava abobrinha e eu só sorria p/ incentivá-lo a não ficar sem graça, ou quando contava aquela piada terrível e eu simplesmente lhe roubava um beijo, porque não podia mais escutar aquela droga de piada - rsrsrs - ou até quando a mãe dele estava doente (só p/ constar ela é muito gente boa) eu fui p/ lá ajudei ele a cuidar dela, ele é muito ingrato, isso sim. Fala sério eu não sei como saí de lá de queixo erguido, estou até vendo o campus todo não deve falar de outra coisa e o pior é Andromeda que deve estar dando coletiva porque foi o pivô da separação, eu preferia a morte a esse mar de...Os soluços deram espaço ao vazio e o vácuo que ocupava a minha mente e não me deixavam mais pensar, e com a mão no rosto abafando o mesmo rosto que a pouco presenciou o próprio declínio social, o meu rosto ardia, mas ardia de vergonha um calor sem tamanho tomou conta de mim, acho que se chama ódio. A minha vontade era de pular no pescoço daquela infeliz, e enquanto eu estava aqui andando sem rumo pelo campus e a mão no rosto para esconder o meu estado lastimável (eu estava corizando e com meleca até, e o rosto totalmente molhado de lágrimas que não paravam de descer e com as bochechas rosa de vergonha, além da dor de cabeça) em quanto tudo isso acontecia comigo ela estava lá aproveitando toda a glória e se sentindo uma deusa do Olimpo, e do nada uma mão me acariciou e me aninhou em seus braços, um pensamento subitamente veio a minha cabeça se o mô está pensando que vou perdoá-lo por causa disso está muito enganado (você deve estar pensando como ela sabe que é um homem? Porque esse corpo exala testosterona e estrutura máscula de um atleta), mas o meu corpo me dizia de alguma forma que não podia ser o meu mô, ops! ex-mô, porque ele era muito musculoso para o m...quer dizer ex-mô e muito grande o ex-mô ele não é assim tão grande e forte. O meu corpo de alguma forma sabia quem era que me alentava e me dava conforto, só que a minha mente não queria saber quem era, era como se houvesse um bloqueio, como se só o meu sub consciente soubesse e ele controlasse o meu corpo de alguma forma e o meu consciente não tinha noção de quem era. Então timidamente abri os olhos para saber o que o meu sub consciente e o o meu corpo tinha certeza. Foi uma surpresa para mim abrir os olhos e descobrir quem estava a me confortar, ao olhar em seus olhos não consegui disfarçar a surpresa; portando olhos arregalados, lágrimas que cessaram (o meu estoque uma hora tinha que acabar) e boquiaberta ele me olhou de forma que me senti nua, como se ele pudesse naquele instante ler a minha alma, e quando eu digo nua, não me refiro ao fato de estar literalmente nua, e sim no fato de figurativamente estar nua, porque quando me olhou não foi como um homem que olha para uma mulher que está sofrendo, e sim como um amigo olha para uma amiga que sofre e que está afogada num mar de desespero.Ele me conduziu a um banco próximo e me aninhou em seus braços para que pudesse ensopar a sua camisa branca, mas já estava melhor e o olhei mostrando a dúvida que em mim habitava, na verdade foi um olhar questionador e sem hesitar ele me respondeu, interpretando a minha expressão com facilidade.
- Eu odeio ver uma mulher chorando - eu fiquei surpresa não pelo fato de ele demonstrar fraqueza por ver uma mulher mau, mas por ele me considerar uma mulher, e não respondi nada, então ele se sentiu a vontade e continuou
- Ele te humilhou na frente de todo mundo, enquanto você só falou o que sentia e foi sincera.
- Não preciso que diga algo para me fazer sentir melhor.
- Você está sempre me interpretando de forma errônea, só estou falando o que penso de acordo com o que vi.
- OK! Já disse agora vá embora.
- Tudo bem, tchaul. - assim que ele foi embora, que você já deve ter imaginado quem era (isso mesmo, o senhor Varner) eu me levantei e fui pra casa.

Autoria:Yasmin Oliveira

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