quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Diário de Zoey - part.7


I'm Zoey


Continuação de O Diário de Zoey




Voltei para o meu quarto e fui ver se conseguia fazer alguma atividade escolar, comecei com matemática que sempre me distrai, ter que descobrir quem é X me faz parecer um detetive eu vou narrar pra você: o sistema de segurança falhou e temos dois elementos no prédio muito conhecidos por X e Y, eles são elementos perigosíssimos então muita atenção, para poder executar a prisão com mais facilidade vamos primeiro encurralar/isolar X na primeira equação, elemento X preso com sucesso, agora ele vai ter que delatar Y ou se não a coisa vai engrossar pro lado dele, Y se entregou sem dificuldades.
Então? Não parece mais fácil? Esse é o meu modo de resolver um sistema sem dificuldades. Agora eu tenho uma pilha de exercícios tediosos de português, que eu aprendo de outra forma, narrando jogo de futebol. Vou mostrar: O grande craque da seleção da Língua Portuguesa ( a crase) entrou no campo de futebol para arrasar com a outra seleção a Escrita, que por sua vez estão pouco a vontade. O jogo começa com o A preposição + o A artigo que tem a mesma função do craque, eles estão fazendo tabelinha e acabando com o adversário, A artigo dá um passe lindo para a crase, só que ela está cercada por locução adverbial e locução prepositiva mas ela dá um chapéu em toda a galera e continua correndo, ela passa a bola para A preposição que continua fazendo tabelinha com A artigo, a Escrita está com medo desse trio que vai se aproximando da zaga, A artigo passa a bola para a crase que está cara-a-cara com o zagueiro, e ele é uma barreira e tanto porque ele é o numeral só que ele não explica horas e o bandeirinha marcou o impedimento porque quando ele recebeu a bola estava depois do zagueiro, a vitória está um pouco apertada e não pense que o jogo termina por aí não... Eu é que vou parar um pouco porque estou cansada e vou dormir. Boa noite!
Zzz... Eu sei que só posso estar sonhando, porque? Porque eu estou lavando o rosto na beira de um rio, o vento acariciando o meu rosto suavemente, a minha roupa é tão bonita, é um vestido com um tom de verde familiar que caiu como uma luva no meu corpo e que ainda deixava uma brisa envolver as minhas pernas e os ombros, estava descalça mas não havia importância porque com aquela relva macia sob os meus pés, quem iria desejar estar calçada? Eu só não entendia o porque eu me encontrava naquele lugar, porque aquele sonho não parecia ser meu, parecia ter sido idealizado para mim. Que estranho! Se tivesse piscado naquele instante teria perdido a entrada teatral e pernóstica do senhor Verner. Ele aproximou-se de mim, ficando mais próximo do que eu realmente queria, ele estava usando nada mais nada a menos que uma bermuda preta, muito bem desenhada, com o peito nu que parecia ter sido esculpido pelo próprio Zeus se é que ele não era Apolo e irradiava testosterona agora mais do que nunca. Eu não consegui disfarçar o quanto estava impressionada com ele e o quanto ele me fazia vibrar com a sua figura máscula, ele concerteza percebeu, não tirava aquele sorriso de canto de boca simplesmente devastador e que faria o homem mais lindo da face da terra ter inveja dele se é que ele já não o era. De repente ele ficou sério, aquilo acabou comigo, foi como se tivesse recebido um soco no estômago, e caramba doeu. Parecia que o seu riso faceiro iluminava a noite como o sol ilumina a escuridão e a transforma em dia, só que no caso dele era uma iluminação pálida como a lua, mas não significava pior e sim mais segura e mais romântica, sedutora, eu estava ludibriada e bêbada da sua presença. Ele parecia confuso e começou a falar o nome de Andrômeda, eu fiquei agitada e ele segurou o meu braço querendo que eu ficasse só que ele não parava de conversar com ela, eu quis sair correndo mas ele não deixava, era muito forte... Eu fiquei angustiada e gritei:
- ME LARGA! - na hora eu acordei e foi um alívio. Estava transpirando e as lágrimas jorravam pelo meu rosto, a angústia havia se apossado da minha alma, estava assustada demais para dormir e quase que por instinto levantei da cama, tomei um banho; vesti uma calça jeans, uma regata branca e um tênis, quase me esqueci do casaco ( lá fora está congelando) e só para você saber são duas da manhã. Eu comecei a vagar pelo campus, sinceramente me arrependi de tê-lo feito porque estava de madrugada e estava congelando, por isso não pestanejei e vesti o casaco. Caminhei bastante até que parei em frente ao dormitório dos professores era como se meu inconsciente quisesse me provar algo, era como se ele quisesse ter certeza de que tudo foi um sonho, eu queria saber se ela estava lá, eu precisava e não ia dormir enquanto não soubesse, calma Zoey isso tudo é loucura relaxa volta pro seu quarto e vá ler um livro ou qualquer outra coisa só não entre aí, é contra os regulamentos, e na moral você está ficando louca, como você confunde um sonho com a realidade? Ufa! Solto um suspiro de resignação e começo o trajeto de volta ao meu quarto, mas toda desastrada eu bato o meu braço numa árvore e sufoco um grito agudo de dor. Tinha que ser logo o braço que o professor apertou? Que droga... Pera ai, tudo o que eu queria era uma prova de que aquele sonho era a mais pura realidade e ai está, meu braço estava vermelho e parecia até uma tatuagem das mãos terrivelmente impecáveis de simetria dele. Volto para a entrada do dormitório e começo a andar em direção a porta e que surpresa ela está aberta, pera ai ela está aberta? Acho melhor voltar( lembra daquele papo de medrosa? Pois é não nego, estou quase me mijando de medo) e se ele for um vampiro e só está me esperando para a sobremesa, sobremesa sim! Porque o prato principal já era. Tudo bem eu tenho muita imaginação mais é que recentemente assisti a um filme de vampiros que só de lembrar gela a espinha ( você deve estar se perguntando, como uma pessoa tão medrosa assisti um filme do qual fica se tremendo toda só de lembrar? Porque nessa época eu namorava um idiota que amava filme de terror e por isso eu fui obrigada a ver aquela porcaria com ele, só de pensar daqueles caninos perfurando o meu pescoço, e me fazendo delirar de pura dor, sugando a minha força vital... Argh! Não é real, não é real) voltando para a fatídica realidade e tentando sem sucesso deixar de lado aqueles pensamentos satânicos de minha morte de maneira infernal, eu estou tomando coragem e entrando na toca do lobo. Só tem um probleminha, qual é o quarto dele? De repente eu escuto um som que veio da última porta do corredor ( eu só percebi porque a porta estava entreaberta) quando me aproximei e observei o que estava acontecendo ali o meu rosto perdeu a cor, eu teria desmaiado ou até tido um ataque de epilepsia, pena que eu estava em estado de choque para essas duas opções, porque só assim para não ver o que eu vi, mas ainda bem que eu fiquei quietinha, porque se não me descobririam. OK eu vou dizer o que aconteceu. O professor Verner estava acariciando o corpo nu de Andrômeda com sensualidade e massageando para aumentar o prazer, ela gemia de contentamento, ele parecia satisfeito consigo mesmo e sempre muito arrogante com aquele risinho convencido nos lábios, outra coisa que notei foi que ele queria que aquilo terminasse logo, ele queria satisfazê-la o mais rápido possível, ele queria que ela fosse embora e eu que ele não a tivesse possuído. As lágrimas ameaçavam ceder, era uma dor aguda que vinha do meu peito, o meu coração parecia estar no ritmo errado a depressão tomou conta de mim, eu queria desabar no chão, sumir, que simplesmente abrissem um buraco na terra e me jogassem dentro porque eu sozinha não tinha forças para fazer nem metade. De repente ele mudou de expressão, foi do escárnio para a surpresa. Por um segundo os nossos olhos se encontraram e agora eu sabia de onde conhecia aquele tom de verde (o vestido do sonho) era o mesmo tom daqueles olhos que eu amava, ele ficou paralisado, olhando nos meus olhos. Ele não conseguiu manter o olhar por muito tempo, baixou a cabeça como se tivesse envergonhado do que fazia, mas é claro que Andrômeda tinha que atrapalhar aquele momento, com os murmúrios de irritação dela. E ficou enfurecido com ela, e ele por sua vez demonstrou repúdio por ela. Eu saí correndo dali o mais rápido que pude e me esbarrei com um homem. Não tive coragem de levantar a cabeça e ver quem era só o abracei e chorei horrores.


Autoria: Yasmin Oliveira

3 comentários:

  1. nossssaaaaa!!!Tenso
    muito tenso!♥
    Bjão.linda...

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  2. elemento X preso com sucesso, agora ele vai ter que delatar Y ou se não a coisa vai engrossar pro lado dele, Y se entregou sem dificuldades.kkkkkkkk ' Eu rir \õ '
    beeijo garota do blog ;*
    (L '

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  3. Gostou não foi?
    rsrsrs
    Eh beem legal, coisas...
    Da garota do blog*

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