sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Diário de Zoey - part.4


I'm Zoey


Continuação de O Diário de Zoey!


Eu acho que vou ficar com A volta dos que não foram porque sinceramente eu estou perdendo a coragem de falar com ele. Eu o avistei numa mesa com alguns atletas do último ano e fui até lá para não prolongar a minha penitência porque fala sério? Não foi pedra que eu atirei na cruz não, foi uma montanha inteira porque será possível que eu tenho que passar por essa humilhação em praça pública de me redimir com o egocêntrico do Verner? Me aproximei parando na sua frente, ele me olhou com estranheza e na hora, o papo que fluía como uma pluma escorregou que nem sabão, everybody (todo mundo) da mesa interrompeu a conversa (tradução falavam de mim). Eu juntei dignidade, não sei de que buraco e disse sem pestanejar
- Professor Verner, peço desculpas pela maneira com o tratei ontem - e sem esperar uma resposta saí do refeitório e começei a vagar no Campus sem destino ou direção, e quem eu encontro? Andromeda, ela estava lá mais uma vez com o meu ex-mô sem um pingo de vergonha na cara, e que eu faço com essa sem vergonha? Mato? Nãããão, simplesmente o mel que paira sobre a boca dela vai fazer-se amargo. Sem perder tempo coloquei meu plano em ação, andei em direção ao casal com um sorriso frio e gélido, que Andromeda deve ter classificado como puro ódio, porque não tirou o sorriso triunfante do rosto na certa achando que eu iria armar outro barraco, mas estava errada; e o meu ex-mô estava lá com cara de paisagem, quando me viu ficou meguenvergonhado, não sabia aonde enfiar a cara, rsrsrs. Todos que estavam ao redor; estavam ansiosos por uma nova fofoca, mas eu prometi dar a eles mais do que uma fofoca, e sim uma verdadeira lição de etiqueta.
- Oi Andromeda, ex-mô.- cumprimentei-os acenando com a cabeça - Vocês formam uma casal muito lindo, eu só vim p/ pedir desculpas pelo jeito como me comportei ontem, eu sei que foi imperdoável, mas se ainda assim puderem fazê-lo....Eu agradeço. - depois do que disse fui embora, a galera lá, esperando que eu não levasse desaforo p/ casa e eu ali, tranqüila dando uma de atriz, eu podia ganhar um prêmio de Hollywood como atriz revelação. O melhor de tudo foi ver a cara daquela garota exibida, estava tão surpresa que ficou boquiaberta quase entra mosca e o ex-mô então....Ficou sem acreditar me olhou como se fosse um alien, ninguém esperava que eu fosse ser tão gentil e ainda pedir desculpas, fazer o quê? Eu tenho classe. Mas lá estava eu andando de novo sem caminho e sem destino depois da minha triunfal vitória com um andróide imbatível, mas pelo visto não imbatível p/ mim.Foi nesse caminhar que do nada me veio um desejo louco e incontrolável de voltar ao lugar aonde repeli o professor Verner, eu queria e queria,e queria por que queria, é só o que sei, mas a sirene tocou avisando que está na hora de voltar para a sala de aula...Por mais que a minha mente dissesse que era incoerente tudo aquilo, o meu corpo não queria me obedecer era come se tivesse vida própria, e foi assim que acabei me deixando vencer e fui até aquele maldito lugar e foi chegando lá com esse conflito interno que me deparei com aquele mesmo banco, eu imaginei que ele fosse estar vazio, mas não estava, e advinha quem estava naquele maldito lugar? O senhor Verner; sentado naquele banco, imóvel como uma pedra, na verdade eu diria como uma estátua de um deus ou melhor como se o próprio Apolo tivesse sido congelado ou petrificado e ainda assim conseguisse irradiar a sua luz e vibração, e eu como uma mera mortal estivesse admirando aquele deus, na hora tive que reprimir um suspiro que ficou intalado na minha garganta, e antes que ele me visse começei a me afastar, pois o mesmo não havia se dado conta da minha presença, estava com a mão escondendo a sua face como se estivesse a chorar e era um choro amargo de arrependimento e ódio, eu precisava ir embora, só que não tinha forças o meu corpo me traíu, e me levou direto para o abatedouro. Eu não sabia que ele estava lá, eu juro, e não tinha como saber.Antes que ele me visse eu me virei e quando estava dando o primeiro passo para sair daquele tormento infindável escuto o meu nome.
-Zoey?
-O-oi - consegui gaguejar, ele sorriu do meu desconforto, mas não ousou tirar a mão daquele lindo rosto, me privando assim de sua austera beleza, uma pergunta surge, como é que ele percebeu que tinha alguém aqui e pior; que esse alguém sou eu? Não perdi tempo e verbalizei a minha dúvida
- Zoey, eu só senti que não estava sozinho e não foi difícil saber que era você quem me observava
- Hã? - Enquanto conversávamos ele ía sentindo-se a vontade, e quando percebi estava a admirar aquele rosto, que me fazia vibrar, era como se ele tivesse iluminado todo o ambiente como a sua beleza divina e pura, mas os seus olhos estavam úmidos, e lágrimas escorriam em sua face, não consegui controlar a minha mão que coçava e queria enxugar aquele rosto manchado pelo desespero e eu o enchuguei, ele não se importou deixou que eu cuidasse dele, diferente de como o tratei, e o diálogo continuava.
- O aroma do seu perfume é inconfundível
-Ah! - disse desconcertada com as suas palavras que me envaideciam -
-Mas isso não importa Z! - Z?Eu ganhei um apelido novo tão bonitinho, eu amei mas não disse nada e nem podia se não ele ía ficar muito convencido e apesar de não ter dito nada ele reparou na minha satisfação, tradução: ficou um olhando p/ cara do outro sorrindo de maneira boba, e depois de um tempo que p/ mim pareceu uma eternidade , mais que concerteza duraram apenas segundos, subitamente acordei daquele pesadelo e prontamente me levantei e disse que tinha que ir, e em disparada corri p/ sala de aula sem nem esperar resposta. (Ps.: Eu estou perdendo aula de matemática, o professor deve estar uma fera comigo) cheguei a sala de aula sem ar, completamente esbaforida e ofegante, nunca corri tanto em minha vida. O professor me olhou com piedade. Piedade? É isso mesmo acredite se quiser com piedade; era um olhar amoroso quase fraternal, ele veio até mim e de forma preocupada e carinhosa me perguntou o motivo do atraso, se eu estava bem, e etc. Eu queria falar a verdade, mas a pergunta que não quer calar é, qual é a verdade? se é que existe verdade. Tentei me concentrar em coisas leves, que ele poderia absorver e sem mentir.
- Professor eu estava com o senhor Verner, me desculpe pelo atraso.
- Tudo bem minha filha, escolha uma carteira e sente. - Minha filha? Esse não é o professor que eu conheço, e ele detesta atraso...Eu sei disso porque no meu primeiro dia aqui, uma tal de Alice não sei de quê chegou atrasada na aula dele, e nooossa ele virou uma fera só faltou ser literalmente, porque ele ficou vermelho de raiva com a displicência da garota e roxo quando soube mais tarde por uns dedos-duro que foi porque ela estava paquerando o garoto mais popular e gato de todo o campus, Conrado, e parece que ele sentiu-se lisonjeado com a paquera dela, por causa de uns piercings que ela tem que deixam um garoto como ele fascinado. Resultado; até hoje ficam, mas o professor ligou para os pais dela e descascou todo o pepino, coitada. Agora sim; você entende o meu desconforto, não é porque eu quero que ele ligue para os meus pais, é porque tem algo de muito errado nessa escola e eu garanto que vou descobrir. Agora é uma questão de honra!


Autoria: Yasmin Oliveira

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