sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Diário de Zoey - part. 17

I'm Zoey!


Continuação de O Diário de Zoey


Quem sou eu? Há, fala sério! Vocês já se esqueceram de mim? Galera, eu sou Zoey... E peço desculpas pela interrupção, eu sei que sentiram a minha falta e garanto que o sentimento é mútuo. Eu estou hospitalizada no mesmo hospital que Andrômeda outrora esteve. Nem sei por onde começar. Que tal do fim?Ali estava eu (Zoey) petrificada pelo pânico e sem entender nada, ele era muito feio - eu nunca senti tanto medo na minha vida, eu quase fiz pipi na roupa, eu sei é mega constrangedor - aquela coisa era horrenda e fantasmagórica e... tão... tão... Familiar. Eu sabia que conhecia aquele monstro, parece loucura não é? Eu sei mas... Eu nunca minto! Nem que a minha vida dependesse disso eu não conseguiria, sou péssima atriz. Ele... Aquilo, vinha na minha direção com força total e era como se eu fosse o seu lanchinho, Andrômeda estava do meu lado chorando como um bebê, eu nunca a vi assim... Com tanto medo. Ela gritava e de repente percebi que não era ela e sim eu! Eu gritei de pavor e ela apenas me acompanhou. Estávamos aterrorizadas, e foi então que a minha mente funcionou com o jato de adrenalina que o meu corpo drenava do meu pânico, aquela coisa foi o que atacou Andrômeda e isso não poderia ser o Verner porque ele estava ao meu lado, ajoelhado (para ser exata) como se fizesse uma referência a um rei e ele parecia gostar, então como ato de sobrevivência fiz o mesmo e obriguei a andróidezinha a calar a boca e me imitar. Toda essa cena realmente o retardou, mas não seria para sempre. Ele se aproximou e olhou nos meus olhos, era como se me examinasse, tentasse ler meus pensamentos e descobrir os meus maiores segredos, e talvez, só talvez tenha conseguido (eu não sei da onde tirei forças para encará-lo com tanto desprezo e indiferença, Ei cara; eu como monstros piores do que você no café da manhã, otário) eu tenho certeza que ele entendeu o recado gentil. Ele logo se cansou do nosso joguinho-mental e foi até Andrômeda e refez o ritual, ela entrou numa espécie de transe e eu tive a impressâo de que era isso que deveria ter acontecido comigo (e quase senti alívio) mas ela estava em perigo, era como se ele sugasse a força vital dela... Ela ía morrer e eu tinha que fazer alguma coisa. Quando me dei conta fúria havia sido injetada nas minhas veias e eu gostei disso, me queimava por dentro. Me levantei e fui enfrentar aquela merda que estava tentando sugar a vida da garota que eu pretendia ser amiga. Em tom de desafio gritei surdamente
- Olá bonitão! - ele gargalhou da minha débil tentativa de chamar a sua atenção, mas eu sabia que ele havia adorado o insulto. Parece que não o desafiam a décadas e eu deveria sentir medo, na verdade deveria me cagar de medo, só que eu estava confiante demais eu jamais iria voltar atrás e deixá-lo tomar conta das minhas emoções, eu estava decidida a enfrentá-lo e não permitir que ela morresse. Mas ninguém vai morrer (já basta a Rachel) não quero que mais ninguém suma, nunca mais.
- Gostou de mim... Alteza - fiz o meu máximo para que ele se concentrasse apenas em mim, distorci a minha fala com o máximo de sarcasmo que pude e ele pareceu querer me enfrentar, ele ansiava por isso. E depois de tanto tempo ele resolveu olhar para mim com aquele sorrisinho macabro no canto da boca distorcida e costurada, eu me arrepiei dos pés a cabeça. Ele arremessou Andrômeda sem o menor interesse sobre o fato de ela sobreviver, ela voou uns 20 metros até colidir com a parede da biblioteca houve um baque surdo, acho que ela fraturou todas as costelas, e isso é sério. Qualquer um acharia que ela estava morta, mas apenas eu que a observava atentamente poderia ter visto o mínimo movimento que ela fez com o dedo, e foi incrível perceber a sintonia de nossos pensamentos, como se ela dissesse "eu estou bem, aguardo o seu sinal para podermos sair desta furada" ou seja a bomba relógio estava na minha mão.
Ele veio na minha direção lentamente e sem pressa e pela primeira vez ouvi a sua voz nítida e cortante.
- Camponesa, o jogo para você está só começando. - e
BUM! Eu não me lembro de mais nada porque tudo desapareceu e eu acordei neste maldito hospital e não tenho notícias de Andrômeda e é claro os adultos não falam nada, agem como se eu fosse louca e precisasse de tratamento, apesar de que eu acho a mesma coisa, ei... eu quero um psiquiátrica pra ontem! Eu ainda sinto aquele medo, e um arrepio forte na nuca só de lembrar daquela voz cortante perto de mim, dá uma vontade louca de gritar e dizer me internem ou melhor me matem. Eu não quero mais saber de monsros ou estupradores e pessoas que precisam de uma heroína como Alice disse a tempos atrás na parte 15 de O Diário de Zoey, que saudade da minha pequena cheia de piercings. Mas eu nunca me esqueço dele, ás vezes eu escuto o eco da voz dele na minha mente dizendo sempre a mesma coisa: "Camponesa, o jogo para você está só começando" a gargalhada fecha a paranóia. Que todos gravem em lápide o que vou dizer agora, eu não vou desistir, o sugador de vidas irá pagar pelas maldades que fez e ainda há de fazer, eu prometo!


Autoria: Yasmiin Oliveira

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